De tão fartos que (quase) todos estamos de estar fechados em casa a vermos noticiários sobre o covid-19, a lermos notícias sobre o covid-19, a vermos o covid-19 a invadir as redes sociais, a vermos as "baratas" tontas que no mundo do futebol procuram contornar o covid-19, a constarmos nas parcas saídas à rua que nem toda a gente percebe o perigo do covid-19, achamos que é mais que tempo de orientar a atenção noutros sentidos sob o risco de ficarmos todos maníacos em volta do maldito vírus.
E aí a ficção científica é sempre uma forma de distrairmos atenções.
Imaginemos ,pois, que algures na Ásia em pleno século XXV existia um ditador cruel (todos os distadores são crueis não é verdade?) que tinha o sonho de dominar o mundo por razões ideológicas, económicas e de poder puro e simples.
Contudo, pese embora o seu país ser dos mais populosos do mundo o que lhe garantia o maior exército do planeta, ele sabia que em termos de armanento não tinha qualquer hipótese de ganhar uma guerra convencional, ou mais destrutiva ainda, face ao poder do arsenal americano complementado pelo de outros países europeus.
Em termos económicos, pese embora o enorme crescimento do seu país nas últimas décadas com base em trabalho escravo, em baixos salários, em contínuos crimes ambientais e em tudo o mais em que uma ditadura dá vantagem sobre uma democracia em questões produtivas ele sabia que não tinha como dominar as economias dos países mais ricos, mais prósperos, com uma economia de mercado a funcionar em pleno.
Depois de muito congeminar o ditador e os seus conselheiros chegaram a uma conclusão.
Tinha de ser de outra maneira. Se não podia ser pelas armas nem pela economia então na biologia estava a solução.
Através de um vírus, laboriosamente construído em laboratório mas que parecesse oriundo da natureza (consta que ele achou piada a uma tese de morcegos e cobras ou coisa do género), que atacasse com especial eficácia os Estados Unidos e os grandes países europeus como Itália, França, Inglaterra, Espanha, Alemanha, etc mas poupasse os países asiáticos, africanos, sul americanos (com excepção do Brasil), ou seja as grandes economias de mercado que sustentam o chamado modo de vida ocidental.
Entre os países cientificamente poupados aos efeitos do vírus desde logo a potência governada pelo ditador que teve "meia dúzia" de casos na região em torno do laboratório onde o vírus foi construído, apenas para disfarçar, e outros países imensamente povoados e com condições que à partida facilitariam a disseminação (da pobreza às más condições sanitárias passando pela informação) como India, Paquistão, Indonésia e os países africanos mas que escaparam aos efeitos massivos que seriam naturalmente de temer pela dimensão que seria suposto atingirem.
Objectivo?
Fragilizar as democracias através de graves problemas económicos e sociais oriundos das medidas necessárias a combater o vírus!
Pessoas em casa, hospitais no caos pela afluência de doentes, empresas encerradas devido às medidas de confinamento a abrirem falência em número astronómico, desemprego a subir assustadoramente, cotação em bolsa de grandes multinacionais a cairem a pique tornando-as vulneráveis a aquisições hostis da próspera economia do país do ditador, permaneente agitação social com efeitos na estabilidade das democracias, dependência económica e sanitária do país do ditador a quem não faltavam recursos de toda a espécie, todo um maquiavélico plano para conseguir pela biologia o que não seria possível pelas armas.
E assim o ditador conseguiria dominar o mundo tornando a generalidade dos países dependentes do seu.
Claro que isto é uma história de ficção científica que nada tem a ver com a realidade actual (recordo que se passa no século XXV) mas cujo fim não é fácil de prever dada a complexidade do enredo e as muitas variáveis possíveis a partir dele.
Afinal como tantas histórias do tempo presente...
Depois Falamos.
P.S, A imagem que encima o texto é a figura do "Imperador Ming" personagem da famosa banda desenhada de Flash Gordon.
Não foi escolhido por acaso.
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