Para quem vai tendo a paciência de me ler não é novidade que abomino o personagem Donald Trump, as suas ideias e valores e a galeria de horrores que escolheu para o acompanharem no governo dos Estados Unidos e que são cada um pior que o anterior.
De igual forma considero que o sistema eleitoral americano é caduco e injusto porque permite que seja eleito um candidato que teve menos de três milhões de votos do que o seu opositor face a um conjunto de regras que vem do século 19 e que hoje não fazem qualquer sentido.
Finalmente considero que as primeiras decisões de Trump enquanto presidente apenas confirmam os piores receios que a sua histriónica campanha eleitoral já tinha despertado quanto a recuos tremendos no ambiente, na saúde, no livre comércio entre outras.
E só tomou posse há cinco dias...
Mas chegados aqui é tempo de separar águas .
Começando pelo sistema eleitoral que é o mesmo há dois séculos, que permitiu eleger grandes presidentes como Obama, Clinton, Reagan, Kennedy, Roosevelt entre outros e que é igual para todos os candidatos que ao concorrerem aceitam as regras do jogo por mais injustas que às vezes se tornem como Hillary Clinton e Al Gore bem podem testemunhar.
É o sistema que os americanos tem como seu e por mais discordâncias e objecções que desperte continuará a ser até que um dia resolvam adequá-lo ao século 21.
E por isso a eleição de Trump foi democrática, foi legítima e ele é por direito próprio presidente dos Estados Unidos até ao final do seu mandato ou até que um "impeachement" lhe dê o mesmo destino de Richard Nixon.
Daí o achar ridículas, patéticas e sem qualquer sentido as manifestações que se andam por aí a fazer contra a sua eleição e contra o seu direito a ser presidente como se os estados de alma e as convicções dos manifestantes europeus em geral ,e dos manifestantes portugueses em particular, contasse alguma coisa para a livre decisão dos americanos em elegerem Trump.
Preocupemos-nos com o que temos de nos preocupar que já não nos faltam, na Europa e em Portugal, motivos para manifestarmos as nossas discordâncias!
Depois Falamos
Concordo em absoluto.
ResponderEliminarEstavam todos contra, primeiro nos Conservadores e mais tarde na recta final com a Clinton (que também não me parece que se tornasse em grande presidente) e ele é que ganhou as eleições!
Quem não votou nele, fui eu! lol
Os Portugueses podiam era ter feito manifestações quando os Sócrates deste país ganharam eleições!
Caro Luís Cirilo,
ResponderEliminarnão podia estar mais de acordo consigo!
se o homem ganhou as eleições, tem todo o direito de ser o presidente dos EUA. Principalmente porque foi eleito democraticamente, e em democracia há que saber respeitar os resultados de um acto democrático!
Claro que ao nível de eleições, não pode ser em todo o lado como em Portugal, onde quem ganha as eleições não governa, mas enfim, isso são contas de outro rosário!
Um abraço
Miguel
Caro Mr Karvalhovsky:
ResponderEliminarEu nunca votaria nele.
E embora discorde da esmagadora maioria da suas ideias e do sistema eleitoral que lhe permite ser presidente sem ser o mais votado reconheço a legitimidade da sua eleição.
Quanto aos portugueses não faltarão oportunidades de se manifestarem em coisas que lhes dizem respeito.
Como o desgoverno da geringonça
Caro Miguel:
ResponderEliminarÉ como diz.
Pelo sistema eleitoral deles ganhou e por isso tem o direito de ser presidente.
Por cá...são mesmo contas de outro rosário
Caro Cirilo:
ResponderEliminarO sistema 'esquisito' tem como lógica que os Estados Unidos SÃO e não os Estados Unidos É. A federalidade obriga a que haja uma representatividade mínima. Há, em Portugal, um exemplo no caso da ilha do Corvo.
O Trump é ... a América -nós é que pensamos nos politicamente correctos dos 'liberais', que não aceitaram os resultados eleitorais. O homem é um grunho, mas pelo menos não engana -os outros são falinhas mansas, mas no fundo fizeram o mesmo que este diz (America first).
Sabe não acredito no impeachment, ou no assassinato, que histéricos pedem que se realize. É que o Vice Presidente é um conservador assumido e os liberais ficariam mais «mal servidos».
Assim sendo e dado o tal controlo dos poderes, não acredito que haja nada de especial. Mesmo o aumento da inflação (e dos n/ juros)já começou e o Trump não era presidente. Quem é que disse que o comércio livre é bom para Portugal?
Cara il:
ResponderEliminarEu acredito que um dos fundamentos da democracia é o princípio de "um homem/mulher um voto".
E quem tem mais votos ganha.
E não há federalismo que me desvie dessa forma de pensar.
Aceitando que com esse sistema já foram eleitos grandes presidentes com a nuance de terem sido os mais votados no voto popular.
Nos últimos 10o anos os unicos que foram presidentes sem a maioria do voto popular foram George W. Bush e Donald Trump.
Conviremos que são duas excepções que desqualificam por completo qualquer sistema.
Caro Cirilo:
ResponderEliminarEm teoria tem razão -uma pessoa, um voto. Mas, o diabo está nos mas. Sendo os EU's duas margens civilizadas e um centro terceiro mundista; estados super povoados e semi desérticos, há que haver um modo de todos sentirem que a sua comunidade tem peso. Veja-se o Alasca, que com meio milhão de bicos tem dois senadores como a Califórnia, ou Nova Iorque com dezenas de milhões.
Sendo Portugal um país bastante homogéneo, ainda não se pôs o problema, mas há zonas do país desertificadas, que começam a ser sub representadas e que se sentem longe do "Terreiro do Paço».
Por ex: em Israel, só há um círculo eleitoral -todos votam para o 'molho'. Mas Israel tem o tamanho do Alentejo e aí a melee é feita desse modo. Se houvesse circulos e mínimos, haveria quem se sentisse discriminado.
Por vezes temos de pensar nos casos e de como evoluiram politicamente
Cara il:
ResponderEliminarPor isso há Senado, com igual representatividade para todos os Estados, e a Câmara dos Representantes em função do número de eleitores de cada Estado.
E quanto a isso nada a dizer.
As presidenciais, até pelo seu carácter "universal" em relação ao país é que deviam ter um sistema diferente.
Que era muito simplesmente o ser eleito quem tive mais votos populares.