O futebol português continua a perder espectadores ano após ano.
As razões são fáceis de perceber.
Por um lado as dificuldades económicas das pessoas e das famílias tornam a ida ao futebol algo de cada vez mais supérfluo face a outras necessidades bem mais urgentes.
E por isso a opção pela televisão, em casa ou no café, vem ganhando terreno às idas aos estádios e a alguns preços que neles se praticam.
Por outro lado a qualidade do jogo é abaixo do exigível, com muitos dos jogos a convidarem mais ao sono do que ao entusiasmo, com as equipas a praticarem um futebol excessivamente defensivo e o anti jogo a ser cada vez mais uma estratégia de ...jogo.
E as pessoas não gostam de comer gato por lebre.
Finalmente o futebol português não tem verdade desportiva fruto de estar enxameado de Xistras, Capelas, Paixões, Soares Dias e afins que deturpam a verdade dos jogos e inclinam os relvados a favor de Benfica,Porto e Sporting prejudicando sem qualquer rebuço todos os outros clubes em benefício dos três do "sistema" e muito em especial o Sport Lisboa e Colinho.
E pagar bilhete, cota, lugar anual para ser "roubado" é cada vez mais um acto de masoquismo que merece repúdio dos que gostam dos seus clubes e do futebol mas não gostam de aldrabices.
Em traços gerais é este o "retrato".
No caso específico do Vitória, clube sedeado numa Terra onde a paixão pelo clube da ...Terra é bem superior ao que se passa no resto do país, há mais algumas razões que contribuem para a perda de espectadores.
Ressalvando que ainda assim o Vitória foi o quarto clube em número de espectadores bem acima de alguns que se classificaram à nossa frente.
A verdade é que em números redondos perdemos cerca de 60.000 espectadores em relação à época transacta o que dá dois estádios D. Afonso Henriques cheios.
Penso que além das razões nacionais atrás referidas há algumas locais.
Uma época desportiva fracassada em que todos os objectivos falharam.
Duas escolhas de treinadores que se revelaram erradas e que dividiram os adeptos.
Uma politica de comunicação incompreensível optando por enigmáticos silêncios quando se exigia a denúncia frontal de quem nos prejudicava.
Uma gestão desportiva errática baseada na quantidade(em Janeiro foram 10 os supostos reforços para as equipas A e B) das contratações sem correspondência na qualidade da maioria dos contratados e sem resolver as lacunas realmente existentes.
Uma política de empréstimos junto dos chamados "grandes" difícil de entender, contrariando o prometido em campanha eleitoral, e de que o adeptos manifestamente não gostam.
Tudo isso afastou muitos vitorianos do nosso estádio.
Há que os recuperar, conquistar ainda mais adeptos, voltar a encher o estádio com alguma regularidade e , no mínimo, ultrapassar os 20.000 espectadores em todos os jogos.
Mas para isso há muita coisa que tem de mudar.
Muita mesmo,...
Depois Falamos
Estamos a precisar de um presidente vibrante que adore o Nosso Clube e coloque isso acima de tudo.
ResponderEliminarUm Treinador tipo Marinho Peres que saiba mexer na equipa,estimular,dar-lhe estética objectividade e combatividade - Uma equipa à Vimaranense e uma equipa à Vitória.
Vimaranense gosta de Dominar,exprimir-se,expandir-se e exteriozar se ja na nossa Cidade,ou onde quer que esteja.
Em suma queremos uma equipa em campo.Uma equipa "Torera".
Os Nossos Adeptos...São do mais Lindo que existe !
Como dizia uma vez o Carlos Daniel,antes do jogo já estão em grande número a saltar,e a empurrar a equipa de uma forma que os idolos sacam de telemoveis e camaras e nos filmam ficando rendidos a nós que passamos a idolos deles !
Por aqui não há razão para preocupação,nas horas certas ninguém se descarta e o Amor sai âs torrentes que se tem convertido em catapulta de entusiasmo e superação
Prova disso o ano em que estivemos na 2ª liga e se bateram record de assisyência e tivemos a melhor média de todo o País !
P.S. Venho procurando no YouTube o que presenciei e senti e quero rever outra vez: O final do jogo com o Estrela em que reagimos da forma que causou espanto e correu mundo,No ano seguinte no Jogo contra o Leiria em o Rabiola marcou o golo no último lance e despertou aquela explosão de paixão e loucura...Eu quase me lancei da bancada de tanto empolgamento !
Se alguém tiver esses videos eu agradecia que os postasse.
Acrescento que os 60.000 que nós perdemos no total de assistência aos 17 jogos em casa, são mais que o total de assistências desta época de clubes como o Rio Ave FC, o CD Tondela, o FC P.Ferreira, o GD Estoril Praia, o FC Arouca, o CD Nacional, o Moreirense FC e o CF União !
ResponderEliminarEsses sessenta mil, são quase a totalidade das assistências de clubes como o Vitória FC e o CF Os Belenenses e são dois terços ou quase da assistência TOTAL de clubes como a AA Coimbra e o Boavista FC!!!
Isto para dizer que os sessenta mil são uma grande preocupação nossa pois não somos nem de longe nem de perto iguais a todos os que referi, mas podem ser também o espelho dos dias que correm, de uma liga que tem 12 clubes com assistências de 5ª liga Inglesa!
E que teima em manter os 18 clubes quando deveria era ter baixado de 16 para 14 ou 12!
Eu sei que esta questão do numero de equipas na 1ª é muito discutível e toda a gente encontra bons argumentos para um lado ou para outro, mas para mim, NESTE MOMENTO da história do "Beautiful Game" em Portugal o ideal era cortar esse numero de equipas. Como é evidente para poder depois ir crescendo sustentadamente e ir alargando aos poucos.
Eu costumo usar como exemplo a MLS norte-americana, que eu sei bem que tem moldes completamente diferentes dos europeus, mas que, apesar de as equipas não descerem, apesar de no inicio muitas delas serem propriedade da propria Liga, é uma liga que desde 1996 foi crescendo, teve alguns recuos mas soube sempre moldar-se e agora, de ano para ano, crescem as assistências, cresce a espectacularidade, cresce o dinheiro ganho e investido e cresce, consequentemente, o numero de equipas que a disputam, prevêem-se mais franchises nos próximos anos fazendo a liga crescer para 22 ou até 24 equipas, em 1996 eram 10. (DEZ!)
Caro De Guimarães:
ResponderEliminarDe há muito que venho identificando como um dos principais problemas do Vitória a falta de liderança.
O actual presidente de tanto não querer desagradar a ninguém, especialmente aos presidentes dos chamados "grandes", acaba por também não agradar especialmente aos adeptos que tem dificuldade em se reverem numa liderança ausente e que deixa sem resposta aqueles que nos prejudicam.
Veja o que aconteceu com o Xistra e o Bruno Paixão por exemplo.
Silêncio e nada mais.
Caro Francisco Guimarães:
É realmente uma enorme preocupação a que urge dar resposta.
Quanto ao número de equipas não tenho posição definitiva. Tanto podiam ser 18 como 14 ou 20.
Deviam ser assumidos critérios para poder participar na 1ª Liga e era em função deles que se podiam admitir as equipas.
Estádios capazes, número de sócios, lugares anuais vendidos, média de assistências, situação financeira, etc.
Neste contexto, em que há jogos da liga principal que tem menos de 1000 espectadores, é que me parece insustentável continuar.
ResponderEliminarEstimado Luís Cirilo,
Se o senhor não se candidatar a líder da direcção do Vitória, gostaria que me dissesse, quem, na sua opinião, seria o vitoriano com capacidade para liderar o clube e transformá-lo num clube capaz de lutar por metas mais condizentes com a paixão dos associados e o potencial da instituição. É que, para mim, é do que se trata neste momento, projectar um candidato válido para as próximas eleições, no sentido de correr com a actual direcção e trazer paixão, ambição e espírito de luta, na defesa dos interesses do Vitória, tudo o que Júlio Mendes e seus pares não têm, nem de longe, nem de perto.
Saudações vitorianas!
Paulo Pinto
Caro Paulo Pinto:
ResponderEliminarHá várias pessoas no universo vitoriano com as qualidades e o vitorianismo necessários a desempenharem bem o cargo.
Dou-lhe dois exemplos sem fazer a mínima ideia se essas pessoas estão interessadas ou tem disponibilidade para isso.
Pedro Meireles e Pedro Guerreiro.
Homens do desporto com provas dadas, vitorianos , empresários de sucesso e com uma vida profissional que fala por eles.
São dois exemplos.
Mas certamente há mais.