O Vitória a época passada foi vice campeão nacional de basquetebol atrás do Benfica que tinha um orçamento mais de dez vezes superior.
O Vitória duas época atrás foi vice campeão nacional de basquetebol atrás do Benfica que tinha um orçamento mais de dez vezes superior.
O Vitória três épocas atrás venceu a Taça de Portugal de basquetebol (pela segunda vez depois de em 2008 a ter ganho frente ao Porto) ao derrotar na final o Benfica que tinha um orçamento dez vezes superior.
São apenas três exemplos referentes à equipa sénior masculina (porque depois há a equipa feminina que acaba de subir à 1ª Liga e os escalões de formação masculinos e femininos com títulos e troféus)e que demonstram bem o quanto o basquetebol tem sido importante para o Vitória reforçar a sua dimensão eclética e enriquecer o seu palmarés.
É pois uma modalidade que, como todas as outras deve ser acarinhada, por adeptos e dirigentes porque só há um Vitória de que todas as modalidades fazem parte.
Incluindo o futebol que por ser a mais importante não merece mais nem menos respeito que as outras.
São todas Vitória.
Foi por isso com enorme tristeza, misturada com uma indignação em crescendo, que li ontem umas declarações de Pedro Guerreiro sobre a incerteza da continuidade do basquetebol masculino na Liga Profissional face à falta de apoios por parte de direcção do clube, Câmara e patrocinadores.
Deve dizer-se, antes de mais e por ser verdade, que Pedro Guerreiro é um excepcional dirigente e um dos "pais" (o outro é Fernando Sá) do milagre que tem sido as conquistas do basquetebol vitoriano.
Com o acréscimo de Pedro Guerreiro além de dirigente ser também o principal financiador do basquetebol através dos patrocínios e apoios que as suas empresas tem dado à modalidade ao longo dos últimos anos.
E por isso quando se chega a este ponto de se pôr a hipótese de nem inscrever a equipa por falta de apoios há que apurar responsabilidades e encontrar soluções no imediato.
A Câmara, ao que sei, já apoia as modalidades através de protocolos e portanto há é que perceber se o dinheiro chega realmente ao destino ou se se perde pelo caminho nalgum...relvado!
Quanto aos patrocinadores,de uma modalidade que conquista títulos e tem mercado televisivo, há que perceber se há falta de motivação das empresas vimaranenses para apoiarem o basquetebol ou se não foram adequadamente solicitadas nesse sentido pelo clube através nas necessárias acções e contactos para as sensibilizarem para o interesse e vantagem de apoiarem a modalidade.
Mas o que é totalmente inaceitável é o referido apoio por parte da própria direcção do clube!
Inaceitável!
Especialmente quando passamos os tempos recentes a ouvir falar de milhões por tudo e por nada.
Milhões do investidor Mário Ferreira, milhões do contrato com a MEO, milhões de um anunciado aumento de capital da SAD.
Milhões para tudo...menos para as modalidades e neste caso para o basquetebol.
Quem sem milhões de nenhuma espécie já conquistou títulos nacionais com um apoio de milhares certamente ainda conquistará mais titulos incluindo o de campeão nacional.
É inaceitável a que direcção do clube tenha deixado chegar o basquetebol do clube a este ponto.
Renegando a nossa dimensão eclética, ignorando o que o basquetebol tem dado ao Vitória, esquecendo que a nossa sala de troféus tem muito maior contributo do basquetebol, do voleibol e de outras modalidades do que do futebol.
O Vitória Sport Clube actualmente só tem modalidades ,porque o futebol está na SAD como é sabido, e portanto se a direcção do clube não se preocupa com elas garantindo-lhe as condições para competir preocupa-se com quê? Dirige o quê?
A direcção do Vitória não pode assobiar para o ar, fazer de conta que o problema é da secção e não do clube, deixar acabar o basquetebol.
Exige-se que esteja presente com soluções para o problema.
Como soube estar presente em Fafe, em 2013, quando havia uma Taça de Portugal para receber.
Esta modalidade, como as outras, tem de continuar.
O basquetebol "é" Vitória!
Depois Falamos.
P.S. Infelizmente desconfio que a situação no voleibol, a outra modalidade de equipa que tanto tem dado ao clube, não deve ser muito diferente.
Não vamos deixar acabar ;)
ResponderEliminarE se criassem uma secção de Futsal,e o regresso do Hoquei todos iam querer aderir.
Caro Luís Cirilo.
ResponderEliminarConcordo com a sua análise.
Como referiu o colega anterior, criar uma equipa de futsal é que era.
Aí acredito que lutávamos mais vezes para campeões e era mais "fácil" fazer frente aos outros "estarolas".
Basta pensar que recentemente tivemos a Fundação Jorge Antunes e os Piratas na primeira divisão.
Devia ser bonito ver o pavilhão do Vitória (não o multiusos) num jogo de futsal.
Se os vitorianos enchiam o pavilhão para ver o volei e nem percebiam bem o jogo que seria num jogo de futebol de pavilhão...
Continuamos a diminuir em vez de crescer.
O Sporting da cidade vizinha juntou-se à UMINHO para ter uma equipa de futsal. E o Vitória??? A UMINHO não de Guimarães também? Não temos aqui o pólo de Azurém e o de Couros? No mínimo devia bater o pé nessa parceria...
Fernandes
Caro De Guimarães:
ResponderEliminarNo actual contexto isso não me parece possível.
Por razões financeiras e logísticas o Vitória não comporta mais modalidades que precisem de pavilhões para treinar e jogar.
Além de que o Futsal está a ficar muito caro.
Caro Fernandes:
Não partilho desse entusiasmo pelo futsal.
Pelas razões que atrás escrevi.
Não temos espaços disponíveis, o futsal é caro e o Vitória a entrar no campeonato tinha de ser para fazer frente aos seus adversários do futebol e não para andar a jogar para não descer.
Não quero com isto dizer que um dia não possamos ter essa modalidade.
No presente é que me parece impossível