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sábado, janeiro 02, 2016

Reflexões "TelePresidenciais"

Ontem tive oportunidade de assistir a quase todos os debates entre candidatos a Presidente da República.
Vi os "duelos" entre Edgar Silva e Henrique Neto, entre Paulo Morais e Maria de Belém e depois aquilo que devia ser um debate a quatro mas foi,isso sim, uma animada tertúlia a três entre Marcelo Rebelo de Sousa, Vitorino Silva (Tino de Rans) e Jorge Sequeira já que o outro participante-Cândido Ferreira- optou por ler um papel contra os critérios das televisões em termos de debates e ...foi embora.
Há duas coisas que devem,desde já, ser ditas.
Uma é que os dez candidatos merecem ser respeitados por igual.
Todos eles encontraram no mínimo 7500 cidadãos portugueses que entenderam dever subscrever as respectivas candidaturas e por isso não há candidatos de primeira e candidatos de segunda.
Há candidatos!
Diferentes em ideias, em capacidades, em preparação intelectual, em experiência política e em muitas outras coisas que o voto livre dos portugueses se encarregará de diferenciar no dia 24 de Janeiro escolhendo o que considera mais apto para o cargo e rejeitando os restantes.
A outra coisa é que percebe-se bem o problema das televisões perante um número recorde de candidaturas que impossibilita aquilo que noutras ocasiões tem sido possível e que são os debates a dois entre candidatos.
Porque isso nesta eleições representaria a necessidade de fazer dezenas e dezenas de debates.
E não há tempo para os fazer nem programação que resistisse a tanto debate.
Agora também não me parece nada justo serem as televisões a decidirem quem tem mais ou menos hipóteses de vencer e criarem dois patamares de candidaturas colocando no primeiro Marcelo,Sampaio da Nóvoa,Maria de Belém,Marisa Matias, Edgar Silva,Henrique Neto e Paulo Morais e no segundo Vitorino Silva,Jorge Sequeira e Cândido Ferreira sendo que os primeiros tem direito a debates a dois enquanto os do segundo patamar apenas tem direito a debates a quatro com os três candidatos do primeiro grupo que as televisões consideram susceptíveis de melhor resultado nas eleições.
Sendo igualmente certo que debates a dez pouco mais seriam do que ...ruído.
Não sei se não seria preferível cada candidato ter direito a uma entrevista individual, em simultâneo nas três televisões, suficientemente longa para se ter a possibilidade de avaliar bem a pessoa,o candidato e as ideias e depois em função dos shares televisivos das entrevistas definir os candidatos que participariam em debates entre eles.
No fundo as entrevistas individuais seriam uma espécie de "primárias" dos debates.
Talvez fosse mais justo para os candidatos e mais esclarecedor para os telespectadores.
Talvez...
Depois Falamos

2 comentários:

  1. Caro Luis Cirilo, concordo consigo se os candidatos têm 35 ou mais anos se conseguiram arranjar 7500 assinaturas válidas devem ser tratados de igual forma.
    Quantos aos debates a melhor forma para mim é como fazer os norte americanos nas primárias dos seus partidos.
    Geralmente existem mais de 10 candidatos por partido e então as tv jogam com as sondagens e os cinco primeiros da sondagem têm um debate entre si os restantes outro debate. e fazem isso para todos os canais de tv norte americanos.
    Certamente não é a melhor forma mas é melhor que o sistema das tv portuguesas.

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  2. Caro cards:
    Também estou de acordo com esse método.
    Tanto esse como o que referi são melhores que aquilo que se passa na actualidade

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