Não sou,como é sabido,militante do CDS.
Não sei ,nem tenho que saber, o que se passa dentro do partido,qual a correlação de forças entre candidatos à liderança,qual a tendência de voto dos militantes.
Não sei sequer-nem eu nem ninguém-quantos vão ser os candidatos à sucessão de Paulo Portas.
Nem sequer o raciocínio que faço sobre este assunto tem a ver com aquele que será o interesse do meu partido na figura que venha a liderar o CDS.
Olho apenas como um observador interessado.
Que conhece pessoalmente alguns dos candidatos e não conhece outros.
Neste momento ,a meses do congresso onde tudo se decidirá (e os congressos do CDS são razoavelmente incertos quanto aos resultados), parece que há dois candidatos na "pole position- Nuno Melo e Assunção Cristas- e outros três -Mota Soares , Nuno Magalhães e João Almeida- que estarão mais atrás na linha de partida.
Não sendo para admirar que até ao congresso ainda apareça um ou outro enquanto destes atrás enunciados nem todos irão a votos.
Como observador vejo qualidades e defeitos em todas as candidaturas mas não deixo de considerar o seguinte:
Creio que João Almeida não irá até ao fim porque sendo um dos mais brilhantes novos quadros do CDS este ainda não é o tempo dele. É jovem e pode esperar.
Nuno Magalhães também não me parece que avance.
Porque sendo um excelente líder parlamentar não é certo que neste tempo fosse um bom líder do partido. Também tem tempo para esperar e não necessita agora de trocar o certo pelo incerto.
O mesmo se aplica a Mota Soares.
Que fez um bom lugar nos Assuntos Sociais mas não me parece que tenha a notoriedade e o carisma necessários a garantir com êxito uma sucessão tão difícil como a de Paulo Portas.
"Restam" (será?) os dois que estão na primeira linha dos vaticínios.
Melo e Cristas.
Como observador acho que Assunção Cristas é a que tem melhores condições para assegurar um novo ciclo depois dos 16 anos de Portas.
Jovem,inteligente, carismática e determinada pode ser uma líder de grande sucesso e bem capaz de manter o partido na dimensão eleitoral das melhores fases de Paulo Portas.
Nuno Melo será uma solução mais consensual em termos internos, e tem um mediatismo talvez superior ao da colega de partido por força das candidaturas ao parlamento europeu e ao seu trabalho na comissão de inquérito parlamentar ao BPN, mas é uma espécie de "Portismo" sem Portas tal a sua ligação umbilical ao líder cessante.
E substituir o original pela cópia raramente dá bom resultado.
A que acresce o problema de coerência:
É que Melo para ser hoje líder do CDS teria de fazer exactamente o mesmo que tanto criticou a Ribeiro e Castro num passado não muito distante.
Estar com um pé no "Caldas" e outro em Bruxelas.
Mas o novo líder é uma decisão que cabe exclusivamente aos militantes do CDS e não aos observadores e menos ainda a militantes de outros partidos.
A seu tempo resolverão.
Eu se fosse militante do CDS e pudesse escolher um novo líder não teria duvidas.
Telmo Correia.
O mais brilhante político,do meu ponto de vista, que o CDS sem Portas tem na actualidade.
Depois Falamos.
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