Este post não é sobre a cuidadosa escolha das fotografias colocadas no site do clube a retratarem a visita, nem sobre os presentes e os ausentes, muito menos sobre a "informalidade" com que alguns recebem o senhor arcebispo.
Seria chover no molhado embora proporcionasse uns comentários bem interessantes!
O post é mesmo sobre essa figura de referência que é D. Jorge Ortiga, por quem tenho uma profunda admiração, e a sua relação antiga com o Vitória Sport Clube.
Conheço D.Jorge há muitos anos.
Precisamente desde a sua participação nas comemorações dos 75 anos do Vitória cuja comissão de honra aceitou integrar e à qual acrescentou o inegável prestigio de que já então desfrutava.
Esteve presente na inauguração do complexo desportivo e foi figura marcante das cerimónias tendo procedido à benção das instalações.
Da sede e do pavilhão onde assistiu á sessão solene.
Com ele tive o prazer de estar outras vezes, quer enquanto deputado quer como governador civil do distrito, tendo sido até uma visita ao Paço Episcopal para apresentação de cumprimentos ao senhor Arcebispo o meu primeiro acto oficial enquanto governador.
Ao longo dos anos D. Jorge tem sido uma figura atenta á realidade do Vitória e dos outros clubes desportivos fruto de um conhecimento profundo da importância que o desporto tem na formação dos jovens e na manutenção de hábitos saudáveis de vida.
Não sendo um espectador assiduo de espectáculos desportivos (porque tem uma vida assoberbada de trabalho) não é invulgar vê-lo a assistir a jogos nos principais estádios da área da sua diocese com o interesse normal de quem gosta de futebol.
E é precisamente essa atenção ao desporto, e aos clubes que fomentam a sua prática, que me apraz registar num Arcebispo que ao contrário de tanta gente que lança anátemas sobre o futebol faz questão de estar atento a essa realidade e de a conhecer o melhor possível.
Provavelmente porque D. Jorge Ortiga percebe bem a importância do futebol.
E sabe que ele é uma valvula de escape especialmente nos tempos de crise que se vivem.
Depois Falamos
P.S: D. Jorge Ortiga é sócio do Vitória desde 1997.
A comissão que organizou as celebrações dos 75 anos do clube, a que tive a honra de presidir, convidou-o a integrar a família vitoriana e o senhor Arcebispo prontamente acedeu com todo o gosto a tornar-se nosso associado.
Seguramente que essa condição terá sido lembrada na visita que nos fez.
Estamos a precisar de mais sócios desta fibra e de mais água benta, Sr. Luís Cirilo!
ResponderEliminarNão é à toa que nos últimos tempos o Sporting CB está sempre um passo à frente do Vitória...
Quim Rolhas
Caro Quim Rolhas:
ResponderEliminarSócios como D. Jorge dão dimensão ao clube. Por isso foi convidado em 1997
Rectificação: D. Jorge Ortiga já não é, há muito, sócio do Vitória. Tornou-se sócio quando alguém lhe propôs a filiação ao Sp. Braga. Nessa altura, ele, por deferência politicamente correcta, disse que também teria de ser do Vitória e assim foi. Entretanto, com o surgimento de outros clubes da diocese ao mais alto nível no futebol português - Gil Vicente, Moreirense, Aves e Rio Ave (sim, não há engano nestes dois últimos) - D. Jorge Ortiga entendeu que não podia andar a pagar quotas de seis clubes e decidiu desvincular-se, quer de Sp. Braga quer de Vitória.
ResponderEliminarP.S.: não é que para o caso interesse muito, mas D. Jorge Ortiga, natural de Famalicão, é um confesso adepto do FC Porto...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarAgradeço a informação.
O Papa João Paulo II era sócio do Barcelona e Ayrton Senna do Belenenses. Alguém acredita que eram elas a pagarem as cotas? Há determinadas personalidades que os clubes devem ter gosto em preservar na sua família associativa. Desconheço essa desfiliação de D.Jorge Ortiga e a época em que terá acontecido : mas fosse quando fosse, e fosse com quem fosse, a obrigação da direcção dessa altura era tê-lo convidado a continuar nem que fosse coo sócio honorário.
Sr. Luís Cirilo, também não pode ser assim. Nem tudo o que cai na rede é peixe. Saber escolher é uma virtude. Nem toda a celebridade pode ser sócia do Vitória. No dia e hora que a Sra. José Castelo Branco, por exemplo, fosse convidada para ser sócia do Vitória a título honorário, eu recusava a sentar-me no mesmo estádio que ele. Eu não estou para aturar manias de gajos como ele, nem ele está para aturar manias de gajos idóneos e sérios como eu. Não aceito, repito, NÃO ACEITO, que uma direcção, seja do Vitória ou da Irmandade da Oliveira, venha pagar cotas em nome de fulanos, cicranos, beltranos e voltranos, sobetudo, indivíduos famosos que apresentem um curriculo duvidoso como esse Castelo Branco ou Bento Kamgamba.
ResponderEliminarHá que saber destrinçar!
misturar os nomes de uma personalidade respeitada como D.Jorge Ortiga com os cromos como J.C. Branco ou BK, é um exercício de puro exibicionismo pessoal
ResponderEliminarAo anónimo das 3:20 e 6:47 ( presumo que se trate do mesmo ) :
ResponderEliminaro Rio Ave pertence a Vila do Conde e portanto não pertence à diocese de Braga ( a ignorância è mesmo atrevida... ).
Comparar D.Jorge Ortiga ao josé castelo breanco jà não é só ignorância ... é ESTUPIDEZ TOTAL.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarTem toda a razão.
E que tal dar o exemplo e destrinçar entre D. Jorge Ortiga e as figuras que citou. Especialmente o criminoso angolano Bento Kangamba?
Caro Anónimo:
É uma mistura que não tem razão de ser.
Caro Anónimo:
Vila do Conde e Póvoa de Varzim não pertencem ao distrito de Braga mas pertencem á diocese.
Numa divisão religiosa bem mais sensata que a politica.
Quando eu era governador civil D.Jorge dizia-me, na brincadeira, que a diocese "dele" era maior que o "meu" distrito. E é!
Sei que desde a entrada dos animais da arca de Noé a bênção fez parte da ortodoxia. E que o Cristo talvez tenha benzido os barcos dos pescadores da Galileia. Mas fico sempre algo confuso quando vejo prelados benzer instalações desportivas e mesmo as equipas antes das lutas, por vezes corpo a corpo, no terreno.
ResponderEliminarNão sei até que ponto, mesmo os dignitários da Igreja procuram obter popularidade através dos eventos desportivos e das respectivas equipas. Como os políticos. Só que, ao contrário dos políticos, que "devem puxar o manto" para o seu partido, e são por conseguinte sectários, os dignitários da Igreja devem cobrir do mesmo manto todos os correligionários, sem distinção! E, eventualmente, benzer as equipas adversas.
Na realidade, creio que todas as religiões se valem e são igualmente boas se as pessoas que as professam são pessoas honestas.
Freitas Pereira
Oh my god. Exibicionismo pessoal? Nada disso! Jamais! O seguro morreu de velho. Antes que alguém do Vitória comece a ter ideias de natureza duvidosa e caia na tentação de pensar em soluções aberrantes, é melhor deixar aqui o aviso claro. Quem vai buscar o Bento Kamgamba, que tem nome de cagador por entre as giestas do mato como fazia o Jonas Savimbi, pode muito bem ser capaz de tudo. Espera-se tudo desta direcção.
ResponderEliminarPelo menos, que prevaleça o bom senso, que do resto não vejo jeito.
Caro Freitas Pereira.
ResponderEliminarÉ verdade quem mesmo entre os sacerdotes existem alguns que levam um bocadinho longe o seu fervor clubistico. Em Guimarães tivemos casos conhecidos e que foram durante muitos anos alvo de animadas e bem dispostas conversas.
Evidentemente que para quem acredita só há um Deus.
EMbora tenha vários nomes conforme as religiões.
E para esse Deus todos tem de ser iguais.
Pelo que benzer instalações não me parece nada de estranho mas benzer uma equipa que vai jogar com outra é um absurdo.
De resto estamos totalmente de acordo no conceito de as boas religiões são feitas por boas pessoas.
Nem mais!
Caro Anónimo:
Sobre isso só lhe digo que vejo com profunda preocupação a presença de BK no Vitória. Seja sobre que forma for.