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terça-feira, janeiro 14, 2014

Diogo Lamelas

Foi com alguma tristeza que soube da saída de Diogo Lamelas do Vitória.
É o que há de mais normal no futebol a entrada e saída de jogadores, quer nos inícios de época quer na reabertura do mercado, fruto das necessidades dos clubes e da própria aspiração dos jogadores a jogarem com mais regularidade ou a conseguirem melhores contratos.
Esta época Diogo Lamelas foi pouco utilizado, as opções do treinador raramente passaram por ele, e naturalmente que prestes a completar 24 anos o jogador entendeu dar um novo rumo á sua carreira afim de poder jogar com outra regularidade.
Para o Vitória, dentro das restrições financeiras em que continua mergulhado, foi a oportunidade de emagrecer a folha salarial com um atleta que não estava no lotes dos indispensáveis do técnico da equipa B.
Normal portanto.
Tenho pena, contudo, por várias razões.
Desde logo porque Lamelas chegou ao Vitória, ainda menino, em 1999, e fez onze épocas consecutivas na formação antes de ser emprestado uma época ao Lousada e duas ao Amarante.
No regresso, para a equipa B, reassumiu a braçadeira que já tinha sido sua nos escalões de formação e foi um capitão verdadeiramente exemplar com o qual tive o gosto de trabalhar durante alguns meses e me habituei a admirar pelo respeito natural que os colegas lhe dedicavam.
Um verdadeiro líder de balneário!
Regularmente utilizado na época passada, fruto de um valor futebolistico que existe mas que nem sempre é reconhecido muito por força de quem confunde talento com tamanho, este ano deixou de contar e termina mais um ciclo no Vitória.
Para Diogo Lamelas a equipa B chegou tarde.
E compreendo que prestes a fazer 24 anos tenha , de comum acordo com o clube, decidido dar outro rumo á sua carreira.
Mas tenho pena.
Porque o Diogo é, da cabeça aos pés, um Homem com o ADN Vitória.
E esses nunca deviam partir.
Depois Falamos

2 comentários:

  1. grande cirilo

    uma vez mais aqui estou eu
    a apreciar os teus cozinhados literários avulso
    não me canso de o dizer
    parabéns amigo!
    és uma preciosidade
    neste tempo de mediocridade
    pela clareza, simplicidade e o lado emocional com que te relacionas com cada jogador
    eu por exemplo
    já não sou assim
    encaro-os como se fosse gado
    no verdadeiro sentido minhoto da palavra
    o gado é o tesouro do lavrador
    tal como os jogadores do treinador
    até rima
    são como peças de xadrez
    onde se usam
    como meios para atingir os fins
    não me gosto de afeiçoar
    a ninguém
    porque depois
    amigo
    em alturas como esta
    as lágrimas caem sem pedir licença
    e os lenços andam fora de moda
    como sabes
    é o que custa mais
    vê-los partir
    mas pronto
    vamos avançando
    snif, snif
    a coroa do vitória só cabe numa cabeça
    a tua
    é batidinho
    não canso de o dizer
    a verdade reluz tanto que
    teimas ignorar óbvio
    bem
    solidarizando-me com a tua causa
    percebo-te perfeitamente
    jogadores destes
    imbuídos do espírito vitoriano
    quando saem
    deixam um vazio
    como as bancadas vazias
    ao diogo e ao seu futuro
    aqui expresso o desejo dos maiores sucessos
    felicidades pessoais e longos e prósperos êxitos profissionais
    é a vida cirilo
    encerra-se o ciclo
    abre-se outro
    a vida continua
    o mundo não párá
    é uma roda viva
    ninguém é insubstituível
    podemos pensar
    o contrário
    insistir que não
    que é o fim do mundo
    ou que nada será como dantes
    mas no fim
    dá tudo certo
    como uma fénix renascida
    para este lugar de capitão
    há sempre um herdeiro
    à altura do desafio
    temos de pensar
    sendo positivos
    olhar e inpirar no futuro
    que o melhor está para vir
    é onde temos de ir buscar os melhores dias do clube
    porque
    do passado não vem nada
    só memorias
    imberbes
    é por isso
    que
    neste clube
    só se querem homens de barba rija
    como tu
    como eu
    principamente como tu
    é disto que o vitória precisa
    de força 3G
    G de Guimarães
    G de Grande
    G de Glorioso
    a futebol faz-se
    constroi-se
    contagia
    no momento de um golo
    de uma vitória
    de uma conquista
    fico sensibilizado com esse texto
    ao teu protegido diogo
    tens bom coração
    continua assim
    que vais longe
    (mais uma vez: a esperança é a última a morrer!)
    meu rei
    por agora é tudo
    fernando, fafe


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  2. Caro Fernando:
    Veia poética ninguém te pode negar!
    Quanto aos jogadores é evidente que a vida deles e dos clubes se faz de entradas e saídas e por isso nada a estranhar.
    No caso especifico do Diogo Lamelas tenho pena, é verdade, porque acho que podia ser muito util ao Vitória.
    Como jogador, como capitão de equipa, como vitoriano e como alguém que ajuda a personificar o nosso conceito de ADN.
    Mas se nenhum dos treinadores lhe dava oportunidades penso que ele e clube optaram pela melhor solução. Na certeza de que o Diogo terá sempre abertas as portas de um clube que é o dele.

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