Sou um dos muitos (não digo todos porque pelo menos um saberá porquê) militantes do PSD que não entenderam as razões pelas quais o primeiro ministro escolheu Rui Machete para MNE depois daquela remodelação provocada pelos amuos de Paulo Portas.
Tinha estado num governo pela ultima vez há quase trinta anos, fora episodicamente líder do PSD nos anos 80 durante uns meses, não tinha nem tem qualquer peso ou importância dentro do partido.
Publicamente estivera na FLAD de onde saiu "empurrado" pelos americanos descontentes com a sua gestão, andara pelos orgãos sociais da SLN sem dar por nada do que lá se passava (Aí com a atenuante daquele anjinho chamado Vítor Constâncio também não dera por nada e ocupava o cargo máximo na entidade supervisora da banca...), integrava um dos maiores escritórios de advogados do país por onde passavam e passam grandes negócios e enormes negociatas.
Nada o recomendava, aparentemente, para ser o rosto da politica externa portuguesa.
Nem a idade!
Mas foi a escolha de Passos Coelho.
Que se veio a revelar muito pior do que se supunha.
Porque desde a sua tomada de posse já se deram, que se saiba, dois casos gravíssimos em que ele é o protagonista.
Mentiu ao Parlamento quando ouvido na comissão de inquérito ao BPN negou alguma vez ter tido acções da SLN e afinal veio a apurar-se que teve uns milhares delas.
Mentir ao Parlamento é gravíssimo e por si só justificava uma demissão imediata.
Mas não contente com isso ainda resolveu pedir públicas desculpas a Angola por causa de uns figurões dessa "impoluta democracia" que a Justiça portuguesa andava a investigar devido a negócios pouco claros em Portugal.
Além de essa insólita atitude, que nos envergonhou a todos, ser uma clara violação do principio da separação de poderes que ele, ainda para mais sendo professor de direito, não pode ignorar.
Mas com Machete cada cavadela é uma minhoca.
E por isso já nem admirou ninguém que se viesse a descobrir que alguns desses figurões que motivaram o vergonhoso pedido de desculpas são clientes do escritório de advogados de que Machete faz parte.
Ou seja, sejamos claros, Machete usou o cargo de ministro para apaziguar os clientes do escritório!
O país,esse, que aguente com as vergonhas.
Mas, diz o povo com toda a razão, não há duas sem três.
E ontem, ouvido no Parlamento, Machete veio falar de "assassinatos políticos", de perseguições pessoais e mais uma série de disparates sem nexo e que são apenas e só a demonstração de uma irresponsabilidade que não pode passar em claro.
E por isso o primeiro ministro, em nome da credibilidade do governo, só tem uma solução:
Demiti-lo o mais depressa possível.
Antes que protagonize mais uma "barraca"!
Depois Falamos.
P.S. Algumas almas mais sensíveis chocam-se quando vêem pessoas do PSD a criticarem o governo.
Felizmente o autismo não faz parte do código genético dos militantes do partido.
Se quisesse ir pela via da infalibilidade, da negação das evidências, da não assumpção de responsabilidades tinha ido para o PS.
Esses nunca se enganam como é sabido...
Pena é sermos todos a pagar a "infalibilidade" deles!
«...não digo todos porque pelo menos um saberá porquê...» -quem? quem? quem? Diga! diga! diga! -aqui ninguém ouve (ihihihih!).
ResponderEliminarA sério: de onde aterrou a 'coisa'?
Penso que o Pedrinho quer manter as aventesmas sossegadas. Será? Se não for também não entendo.
Cara il:
ResponderEliminarPPC seguramente sabe porque o convidou. Mas as razões são tão dificeis de encontrar que devem ser segredo de Estado