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quarta-feira, julho 10, 2013

Penoso!

                            
Nunca fui um admirador, muito menos seguidor, de Mário Soares.
Embora muito jovem, ao tempo,acompanhei com expectativa o seu regresso a Portugal vindo de um exílio que embora não muito duro nem por isso deixava de ser exílio e a sua liderança do PS nos tempos conturbados de 1974/1975.
Onde tendo tido um papel importante na luta pela liberdade contra um totalitarismo de esquerda apoiado por grandes sectores do MFA começou a desiludir-me pela forma ziguezagueante em que se movia no palco politico.
Começou por se afirmar marxista, depois apenas socialista mas já não marxista, e quando percebeu que a social democracia era o que estava a dar na Europa tentou ocupar esse espaço então ocupado pelo PPD agora PSD.
Depois nos tempos da AD ainda me desiludiu mais.
Porque alinhou em miseráveis campanhas de calúnias contra a vida pessoal de Sá Carneiro, foi dos que andou a distribuir notas falsas de 500 escudos reforçando uma campanha então existente sobre uma alegada divida do líder do PSD ao BES, não olhou a meios para tentar atingir os seus fins.
Como aliás viria a fazer na campanha presidencial contra Freitas do Amaral.
Como presidente foi o que se sabe:
Um primeiro mandato a fingir-se de morto e o segundo a liderar a oposição contra um governo legitimamente eleito como se o país fosse alguma versão real do "jogos de guerra" das consolas electrónicas.
Tendo deixado Belém em 1996 foi para a Fundação com o seu nome, objecto de generosas doações do governo e da câmara de Lisboa (ao tempo liderada pelo...filho), e leva uma vida de luxo que nada tem a ver com aqueles que diz defender.
Sempre activo contra os governos liderados pelo PSD, sempre contemporizador com os governos socialistas (então com Sócrates...), geriu mal os seus ódios de estimação e não resistiu a nova candidatura presidencial contra o "inimigo dos inimigos" (Cavaco Silva) e foi por ele arrasado na hora de contar os votos.
E voltou ao mesmo.
Acinte contra o PSD, criticas violentas aos governos, ameaças de tragédias piores que o assassinato de D. Carlos, ódio visível a Cavaco, Durão Barroso e Santana Lopes (aqueles que mais o derrotaram a ele e á família...) e uma incontinência verbal cada vez maior e mais disparatada.
Agora contra D. Manuel Clemente.
Apenas porque na primeira missa do novo Patriarca de Lisboa as pessoas presentes nos Jerónimos tiveram a "ousadia" de aplaudir á chegada o Presidente da República e o Primeiro Ministro ao invés de os vaiarem como Soares tanto gostaria de ter visto quiçá em nome de um "direito á indignação" de que se acha paladino.
E não estando, sequer, o cardeal no templo sua excelência o fomentador de ódios e divisões acha que ele devia ter impedido essas manifestações de concórdia .
É demasiada patetice para um homem só.
Que se tivesse sabido gerir a sua carreira pós Belém podia ser um símbolo e uma referência agregadora dos portugueses.
Assim não passa de um triste que corre o risco de apenas ficar lembrado pela senilidade penosa dos seus últimos anos.
Depois Falamos

6 comentários:

  1. Mário Soares11:44 da tarde

    Aquel missa ao bom estilo do estado novo ? Revivalismo facho ? Não, obrigado. Que vão à volta.
    Mário Soares, no. 2 de Portugal, atrás de D. Afonso Henriques.

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  2. Caro Mario Soares:
    Acho que escolheu bem o nome para assinar. Adequa-se ao comentário

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  3. O Mário Soares já há muito ultrapassou o prazo de validade.
    Só que ainda não se deu conta disso.
    Depois dos exílios dourados em Paris e S.Tomé, depois do marfim do Savimbi, não se podia esperar muito de uma figura, que agora chega a "balhelhas" e é motivo de chacota em pelo país fora.
    Devia ter assimilado bem a lição das presidenciais em que levou uma banhada, mas coitado, tem-lhe faltado capacidade para isso.

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  4. Bandeirola11:25 da tarde

    O velho tá mais que velho.
    Tá mais que na hora, de comprar um terço e umas pantufas..
    E rezar, rezar,
    Amen.

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  5. Caro Anónimo:
    Tudo isso deve contribuir para o actual estado.

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  6. Caro Bandeirola:
    Rezar é um problema para ele...

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