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segunda-feira, setembro 24, 2012

Bairrismo do séc. 21


Bem a propósito da fotografia que encima este post fará algum sentido reflectir sobre aquilo que deve ser o bairrismo nos tempos presentes ainda que, por ironia, deva ser algo quase antagónico do entendimento que normalmente se dava ao conceito.
Tradicionalmente bairrismo entendia-se como a exaltação dos valores da “terra”, fossem materiais ou imateriais, como a glorificação dos seus naturais (quase numa perspectiva da pequena aldeia gaulesa de Astérix) como a depreciação natural do que vinha de fora em detrimento do que era nosso.
Hoje temos de ter do bairrismo uma percepção diferente.
Numa sociedade global como aquela em que vivemos seria verdadeiramente suicidário pretendermos fechar-nos em volta de nós próprios, ostracizar o mundo que nos rodeia, e alimentarmo-nos do mito da autosuficiência.
Pelo contrário.
Do antigo bairrismo temos de saber aproveitar o amor à terra, o orgulho de sermos de Guimarães, o papel único que esta comunidade tem na História de Portugal.
E depois competir.
Competir com outras realidades, com outras marcas e produtos, com outros destinos turísticos e de negócios, com outros municípios de tamanho equivalente ao nosso.
Sabendo que umas vezes vamos ganhar e outras perder.
Intuindo que perderemos mais vezes do que ganharemos antes de ganharmos mais do que perdermos.
Mas perdendo ou ganhando o essencial é sermos capazes de competir.
Com os nossos argumentos, o nosso sentimento muito próprio, a mais-valia extraordinária que é o sabermos que em nós começou esta aventura única chamada Portugal.
É por isso que é bom ser de Guimarães.
E essa é uma naturalidade que não trocava por nenhuma outra.
Depois Falamos

2 comentários:

  1. Nesta vida, tive algumas coisas que me foram dadas e muitas outras que conquistei.
    Das que me foram dadas, ser Vimaranense é seguramente uma das de que mais me orgulho...

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