Vivemos no país que vivemos e temos a SIC que temos !
É uma verdade que o senhor de La Palisse não enjeitaria mas tem uma explicação.
Na passada semana a SIC entrevistou em canal aberto(e bem) o primeiro ministro José Sócrates.
Nessa entrevista,(e mal mas sabe-se porquê) os jornalistas foram atentos,veneradores e obrigados.
Até desculpa pediam quando supunham que sua Excelência podia não gostar da pergunta.
Ontem na Sic Noticias,ou seja em canal codificado (e mal) foi entrevistado o lider da oposição.
A jornalista(e bem) foi frontal,directa e usando da agressividade própria deste tipo de entrevistas.
A SIC é um canal televisivo privado que se rege pelos critérios editoriais que muito bem entende.
Mas não é imune á critica.
E perante dois lideres a quem devia ter dado igualdade de tratamento optou pelo claro favorecimento daquele que está no poder.
Sócrates,em canal aberto,foi visto por muito mais telespectadores do que Luis Filipe Menezes num canal codificado.
Todos sabemos que os patrões das televisões andam nervosos com a televisão digital e a atribuição do quarto canal em sinal aberto.
Todos sabemos,hábitos do antigamente,que existe um temor reverencial perante o poder a quem se tem medo de desagradar.
Todos sabemos,também,que o poder exercido por este governo provoca medo em muitos sectores da sociedade portuguesa.
Sabemos isso tudo.
Mas nesta matéria creio que a SIC foi demasiado longe no tratamento desigual a uma situação equivalente.
Bem fariam alguns comentadores e "barões" do PSD em se pronunciarem contra este estado de coisas ao invés de continuamente aproveitarem todas as oportunidades para zurzirem o próprio partido.
Depois Falamos
"A comunicação de massa implica, geralmente, o fluxo em mão única de mensagens do produtor para o receptor. Diferentemente da situação dialógica de uma conversação, em que aquele que ouve é também um possível respondente, a comunicação de massas institui um corte fundamental entre o produtor e o receptor, de tal modo que os receptores têm relativamente pouca possibilidade de intervir no processo comunicativo e de contribuir para o seu curso e conteúdo".
ResponderEliminarTHOMPSON, John B (1995), Ideologia e Cultura Moderna, Petrópolis, Vozes.
Parece-me que esta citação é muito pertinente…
Um abraço,
Jaime Alves
RESENDE
....E o outro ainda diz que estamos numa democracia e que cada um faz e diz o que pensa.
ResponderEliminarCada vez mais, acho que estamos a ficar fechados a um regime que de democrata não tem nada.
...Até o Balsemão se anda a vender....
A orientação da grelha de programas de informação de uma estação privada a ela diz respeito e a mais ninguém, já basta o controlo governamental da tão pública RTP!
ResponderEliminarA entrevista a Menezes foi o que teve de ser, uma oral forte que permitisse acreditar numa alternativa. Aos que viram o julgamento se pede.
A entrevista ao primeiro-ministro, e longe de mim defende-lo como o lider da bancada parlamentar do PSD o fez no fim de semana passado (aberrante mesmo), foi uma passagem pelos seus três anos de governo e não um teste (um passeio).
Devemos levantar a tónica aos que "among us", com pele de cordeiro vestida, sem oportunidade nenhuma (o lider do partido ia ser entrevistado na semana seguinte) dão entrevistas e têm tiradas patéticas de louvores à coragem de um fraquinho sem jeito que lhe caiu o poder nas mãos pela culpa do entrevistado.
Caro Dr.Cirilo,
ResponderEliminaro que relata é grave para a democracia em geral e para o PSD em particular, mas o Dr.Marques Mendes, também sofreu na péle esse tratamento desigual dos média, e não vi muitas reacções dentro do partido a condenar esse comportamento!!
Quanto ao presente, cabe a todos nos militantes e simpatizantes do partido chamar a atenção para este estado de coisas.
Se houve coisa que sempre me desagradou no PSD foi a "baronite" de gente que quase nada fez pelo vosso partido e que tem esse estatuto sabe-se lá porquê...
ResponderEliminarNão fazem nem deixam fazer!!!
Há que os "limpar" do mapa!!!
Caro Cirilo, permita-me que discorde de si quando afirma que a subserviência da SIC é derivada do medo. Não o creio -é da conivência!
ResponderEliminarEm Portugal há um grupo que lentamente readquiriu o controlo do país -na política, nos tribunais, nas finanças e nos media. Qualquer um se se lhes oponha é:
1º achicalhado como idiota - a ver se pega;
2º acusado de qualquer coisa e mais uma -para que serve o sistema judicial se não é para perseguir o 'inimigo'. Depois descobre-se que nunca houve qualquer ilicito, mas a pessoa foi destruida;
3º fazer um golpe de estado de modo a retirar do poder quem foi eleito legitimamente. E quem tiver entendimento que entenda...
4º ASSASSINAR -e quem tiver entendimento que entenda...
Como se vê, os boys do sistema, ainda vão na fase um.
Quanto aos tipos que nunca fizeram nada de útil pela humanidade, e a quem chamam baróes, já não tenho paciência para ouvir tanto disparate. Se fossem apoiantes de Menezes já tinham chamado o 112, com colete de forças, mas como interessam ao 'sistema', continuam a debitar bitaites, como qualquer louco de aldeia. Temos de os aturar! É a nossa penitência.
Caro Jaime Alves:
ResponderEliminarOportuna citação de facto.
Caro Jotafundador:
Infelizmente a nossa democracia é mais imperfeita do que se pensa.
E o autoritarismo deste governo tem-no demonstrado.
Caro Jabreu:
Um aperspectiva interessante a sua.
Claro que a televisão é privada e tem os critérios que quiser.
Como nós telespectadores temos o direito de avaliar a isenção e independencia do canal.
Que neste caso só pode merecer uma avaliação negativa.
Caro Rei Dolce:
Tem razão.Mas se se der ao trabalho de pesquisar o arquivo deste blog verá que também me insurgi contra discriminações de que o Dr Marques Mendes foi alvo.
Caro Sic Gloria:
Uma das riquezas inrinsecas do PSD é a pluralidade de opiniões.
Claro que há pessoas cujos comportamentos revoltam.Mas mante-las no partido é uma prova da grandeza moral do PSD.
Caro Anónimo:
Não posso estar mais de acordo.
Espero que nas próximas autárquicas a direcçaõ do partido convide esses "barões" a serem uteis ao partido concorrendo a camaras dificeis.
E ai se vera se estão disponiveis para servir