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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Pão


Causou espanto,primeiro,indignação e revolta depois o facto de o responsável de uma associção ligada á panificação ter vindo defender que o pão devia aumentar 50 %.
O pão volta a ser,por força da situação do país,a base de alimentação de muitas familias portuguesas.
É um produto de primeirissima necessidade,consumido por pessoas de todas as idades e cujo preço actual já é pouco acessivel.
Um aumento brutal como esse,para além de obrigar muitos portugueses a apertar ainda mais o cinto,iria impedir que muitas cantinas escolares,por exemplo,pudessem continuar a vender pão aos alunos a preços minimamente acessiveis.
Bem fará a autoridade da concorrência em levar por diante o já anunciado inquérito a possiveis práticas de "cartelização" nesta matéria,porque é demasiado grave o que se anuncia.
Seja o aumento de 50%,30% ou 25%.
As pessoas não podem pagar.
E conviria,com a devida actualização histórica,que os governantes não se esquecessem de qual foi o rastilho da Revolução Francesa...
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Caro Dr.Cirilo,
    o aumento do preço do pão, das massas, dos ovos, das carnes,do leite, são tudo fruto de uma ausência de estratégia para a agricultura nacional,nas ultimas decadas à agricultura nacional não tem um rumo.
    70% do territorio nacional é agricola...e esta abandonado!!

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  2. Ou bem que somos liberais, ou bem que somos intervencionistas. É uma escolha:
    -se escolhemos o liberalismo, cada um que se amanhe!
    -se escolhemos o intervencionismo, temos pão tabelado, mas o preço é político, logo SUBSIDIADO PELO ESTADO.

    Não sei porque devemos intervir no pão -cuja materia prima aumentou- e não INTERVIMOS NO ESCÃNDALO DOS PRODUTOS PETROLÍFEROS.

    O PETRÓLEO TEM VINDO A BAIXAR O SEU PREÇO, FACE AO EURO, E NÓS CADA VEZ PAGAMOS OS COMBUSTÍVEIS MAIS CAROS!

    Concordo com o Rei Dolce quando diz que a destruição do nosso tecido produtivo agrícola (e não só) está-nos a 'tramar'. Pois, depois falmos...

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  3. "Ou bem que somos liberais, ou bem que somos intervencionistas."

    Na minha perspectiva o Estado deve ser sempre intervencionista mas só só quando necessário para evitar toda a escendaleiro que tem permitido "que os ricos estejam cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres".
    Veja-se o que se passa com os combustíveis; o Estado deixou de intervir, dizendo-se que com a liberalização de preços o consumidor sairia a ganhar... Vê-se. Mas isto é apenas uma conta do rosário.

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  4. Caro Rei Dolce:
    Tem razão.
    O drama do abandono do interior levado a cabo nos ultimos trinta anos vai-nos sair muito caro.
    Já está a sair aliás.
    Caro Anónimo:
    De acordo quanto aos combustiveis.É uma area em que a cartelização funciona em pleno.
    Quanto ao pão entendo que sendo um bem de primeirissima necessidade,especialmente para os de menos possibilidades,o Estado tem de ser muito rigoroso na fiscalização dos preços.
    E das tentativas artificiais de os fazerem subir

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