Até a Espada, Afonso...

Leio com a imutável placidez que dedico aos assuntos do Vitória,que a direcção do clube instituiu uns prémios (Espadas de Ouro,Prata e Bronze) para premiar personalidades ligadas ao clube.
É em teoria uma boa ideia,já tentada no passado sem continuidade,mas que pode funcionar como uma forma de premiar quem serviu bem o clube.
Se houver critério,periodicidade e justiça na sua atribuição.
Como era de prever,com esta direcção,já começam mal.
A´boleia do Mundial,e essencialmente da necessidade de distrair os sócios para a realidade do clube que atiraram para a II Liga,resolveram a correr atribuir a primeira dessas espadas a Fernando Meira.
A popularidade fácil, a que noutras areas se chama populismo,tem destas armadilhas e o juri (presumo que houve um juri mas sinceramente nem me interessa saber quem o constitui...) ignorando tantas e tantas personalidades,de jogadores a técnicos,de directores a associados,que honraram e prestigiaram o Vitória ao longo de 84 anos,resolveu iniciar a atribuição do prémio por um profissional,no activo,que saiu do Vitória de forma vergonhosa,rescindindo contrato com argumentação mentirosa,prejudicando gravemente o clube e que mereceu,nos anos em que cá veio com a camisola do Benfica,profundo repúdio dos sócios.
Claro que, para quem manda, o facto de ter saido dessa forma no tempo de Pimenta Machado,se calhar transforma o cavalheiro num heroi da luta anti pimentista.
Para mim,como o Vitória está muito acima de qualquer dirigente,jogador ou técnico,olho para Meira como alguém que se portou muito mal para com o clube.
Podem dar-lhe a Espada de Ouro (e talvez criarem uma de platina para o presidente) mas conheço boa gente,que serviu exemplarmente o clube de forma desinteressada,que jamais aceitará receber um prémio idêntico ao de quem fez o que fez.
Depois Falamos