Assisti nas bancadas do estádio da Luz, com indisfarçável desencanto, ao empate de Portugal com a Ucrânia que nada pondo em causa quanto ao mais que previsível apuramento de Portugal para uma estranha fase final do Europeu (a disputar em doze países)não deixou ainda assim de confirmar que a justiça às vezes anda bem arredada dos resultados futebolísticos.
Durante 90 minutos a selecção portuguesa dominou por completo o jogo, criou várias oportunidades de golo que apenas alguma falta de pontaria e a excelente exibição do guarda redes ucraniano impediram que tivessem sucesso, mas não só não ganhou como ainda correu o risco de perder quando no único remate à baliza de Rui Patrício em toda a segunda parte os ucranianos quase faziam golo.
É futebol.
De resto há que referir que Portugal jogou bem especialmente pelos flancos onde Cancelo (excepto a centrar) e Raphael Guerreiro estiveram em bom plano, porque no jogo interior as coisas nem sempre saíram da melhor forma a Moutinho ,William e Rúben, mas na hora de concretizar a verdade é que Ronaldo e André Silva (depois Dyego Sousa) esbarraram no tal guardião em noite de grande acerto que tudo defendeu.
Na hora das substituições creio que Fernando Santos fez o que tinha a fazer metendo Rafa para dar profundidade, Dyego Sousa poderio físico na área e João Mário critério quando a equipa saía a jogar desde a sua defensiva.
Mas não era dia de Portugal vencer e por isso o 0-0 final demonstra isso mesmo.
Mas o desencanto teve também a ver com outro factor.
Estou habituado a um estádio onde vinte e tal mil adeptos dão à sua equipa um incitamento extraordinário transformando as bancadas num espectáculo dentro do espectáculo e fazendo com que para os adversários os jogos sejam mais difíceis tal o apoio que a equipa da casa recebe.
Na Luz neste jogo estavam quase sessenta mil espectadores mas o apoio à selecção foi espaçado, pouco entusiasta, e às vezes superado pelo de largas centenas de ucranianos presentes em várias bancadas do estádio.
Se a razão para haver tantos jogos na Luz é o apoio do público então é melhor os que tomam as decisões de escolha dos estádios para os jogos da selecção começarem a procurar melhor argumento porque esse já não serve.
É que já vi na Luz vários jogos da selecção e raramente vi um apoio como devia ser.
Depois Falamos.
O cúmulo do centralismo pacóvio é a selecção jogar duas vezes seguidas no mesmo estádio! E parece tudo normal, no País dos benfiquistas vale tudo!
ResponderEliminarCumpts.
J.M.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarÉ realmente estranha essa escolha.