Passado o Natal, passado o Ano Novo, passadas as Festas o país volta à
sua realidade e tem pela frente um ano de de muitas e importantes decisões em
que os portugueses serão chamados a votar por três vezes num espaço de cinco
meses.
Duas eleições de âmbito nacional e umas regionais, na Madeira, que
poderão ou não por termo ao actual ciclo político de um governo saído de uma
maioria que não ganhou eleições mas tem uma maioria aritmética que lhe permite
governar no respeito pela Constituição mas com uma falta de coerência e de
princípios que noutro país seriam severamente punidos pelo eleitorado.
Em 26 de Maio os portugueses serão chamado a escolher os vinte e um
eurodeputados que nos próximos cinco anos representarão o país no Parlamento
Europeu num tempo em que pela Europa fora são muitas as convulsões políticas e
sociais que permitem supor uma grande transformação no quadro parlamentar de
Bruxelas e Estrasburgo com o advento de novas forças partidárias e o enfraquecimento
daquelas que tradicionalmente eram mais fortes.
Em Portugal o primeiro desafio que se põe a todos os partidos, quer
aos que cá andam há muito tempo quer aos que agora disputam a sua primeira
eleição, é o de combaterem eficazmente a abstençao ( que neste tipo de eleição
passa dos 60%) e levarem às urnas muitos portugueses normalmente
desinteressados das questões europeias.
E isso faz-se pelo menos de três maneiras: Discutindo os problemas,
fazendo-o com urbanidade e interesse em esclarecer e não com “peixeiradas” que
apenas afastam os leitores do voto e apresentando candidatos cuja qualidade
prestigie as eleições e entusiasme as pessoas a sentirem-se representadas por
eles.
No momento em que escrevo o quadro de cabeças de lista vai-se
definindo, embora os restantes membros apenas venham a ser conhecidos algo mais
tarde como é tradicional, e aponta para um novidade e três repetições naqueles
que já estão anunciados.
A CDU recandidata João Ferreira, tal como o CDS o faz com Nuno Melo e
o BE com Marisa Matias, todos eles caras repetidas ficando a novidade para a
Aliança que candidata Paulo Almeida Sande um especialista em assuntos europeus
nos quais trabalha há mais de trinta anos o que o coloca como um profundo
conhecedor das matérias que vai vai tratar bem como das instâncias comunitárias
onde se moverá.
Os dois maiores partidos ainda não anunciaram os seus candidatos mas
as apostas parecem inclinar-se para o ainda ministro Pedro Marques pelos
socialistas enquanto nos social democratas as apostas se dividem entre o
comissário europeu em fim de mandato Carlos Moedas e o ainda eurodeputado Paulo
Rangel entre outros nomes com menos hipóteses de virem a encabeçar a lista.
De destacar que no caso do PS, cada vez mais incapaz de participar no
jogo democrático com lisura , transparência e ética as “suspeitas” sobre a
candidatura do ministro começaram quando este de forma inusitada desatou a
percorrer o país ao lado do primeiro-ministro numa onda de inaugurações e anúncios
de obras futuras que manifestamente para mais não serviam do que para lhe dar
protagonismo mediático e lhe permitirem fazer campanha eleitoral oculta sob a
capa de assuntos de Estado.
Lamentável mas habitual no “modus operando” socialista.
E não apenas neste tipo de eleição.
Com o anúncio dos programas eleitorais, dos restantes membros das
listas e dos tipos de campanha que cada partido pretende fazer perceber-se-ão
então os intuitos de cada força política, os seus objectivos e a forma como
pretendem levar o maior número possível de portugueses a participarem num acto
eleitoral que embora não pareça é de extrema importância para Portugal.
Porque a Europa não é apenas “lá”, também é “cá” e essa é uma
realidade de que muitas vezes as pessoas se esquecem imbuídas daquela velha e
errónea ideia de que a União Europeia apenas serve para mandar para cá dinheiro
sem que da nossa parte exista a necessidade de também contribuir para a construção
de uma Europa mais forte.
Nada mais errado porque Portugal tem de ser um parceiro cada vez mais
activo na construção dessa Europa mais forte, mais solidária e mais
desenvolvida face a velhas dualidades e ao emergir de novas potências globais
com a China à cabeça.
Há que votar.
E votar bem!
PS vai estar forte nas europeias o candidato do PSD se for Rangel é uma boa escolha.
ResponderEliminarNão entendo é a Aliança que é um partido eurocético e vao eacolher para n1 da lista um federalista.
quantoa aos outros é mais do mesmo
ass Cards
Caro cards:
ResponderEliminar1) A Aliança não é eurocética nem sei onde foi buscar essa ideia.
2) Paulo Sande não é federalista. Também não sei onde foi buscar isso.