A personalidade de Francisco Franco, caudilho de Espanha, dividiu durante muitos anos o povo espanhol entre os que o admiravam e seguiam e os que o combateram por todas as formas e o odiavam de forma bem visível.
Fruto de uma sangrenta guerra civil, que vitimou centenas de milhares de espanhóis ( e não só) e que deixou profundas feridas na sociedade espanhola que perduraram por muitas décadas e marcaram muitas gerações.
Com a morte de Franco em 1975 e a transição para a democracia liderada pelo Rei Juan Carlos e por esse enormes estadista que foi Adolfo Suárez as feridas da guerra civil foram paulatinamente fechando ( e claro que a marcha inexorável do tempo também ajudou a isso) e a consolidação da democracia tornou residual a presença do "franquismo" na política espanhola pese embora haver muitos espanhóis das mais diversas áreas políticas que reconhecem, mas sem saudade, o que de positivo Franco realizou.
Nomeadamente a unidade do país.
Quase oitenta anos depois do fim da guerra civil e quarenta e três anos depois da morte de Francisco Franco supunha-se que o franquismo e as feridas da guerra civil estavam tão enterrados como o próprio Franco no seu mausoléu no Vale dos Caídos.
E é bom que para Espanha assim seja.
Mas, há sempre um mas quando há socialistas envolvidos, soube-se por estes dias que o maquiavélico personagem que lidera o actual governo espanhol ,depois de uma série de manobras que António Costa (por quem diz ter profunda admiração o que em nada surpreende...)e a geringonça não desdenhariam, tem como prioridade remover o restos mortais de Franco do seu túmulo e translada-los sabe-se lá para onde.
Até onde leva o sectarismo destes socialistas de nova geração...
Teve azar.
Porque a inumação que pretendia fazer carecia da autorização da família, que o mandou dar uma curva, e do próprio Vaticano dado que estando sepultado dentro de uma Basílica o direito canónico prevalece.
Claro que também o Vaticano o mandou bugiar.
E por isso o senhor Pedro Sanchez, é assim que o rapaz se chama, vai ter mesmo de fazer aquilo para que está mandatado que é governar para os vivos e deixar os mortos em paz por mais que lhe agradasse a ideia populista de fazer politiquice à custa deles.
Mesmo que para isso tivesse de reabrir feridas que tanto martirizaram Espanha durante décadas.
Mesmo que para isso tivesse de reabrir feridas que tanto martirizaram Espanha durante décadas.
É o novo socialismo.
Lá "trocaram" Felipe Gonzalez por este Sanchez.
Cá a Mário Soares ou a António Guterres sucederam os Sócrates e Costa (estando já em linha de montagem para o futuro os Pedro Nuno Santos, os Galambas e afins) tendo como características dominantes o populismo, a falta de vergonha, a ausência de valores e escrúpulos.
É a consagração do "vale tudo".
Depois Falamos
Caro Cirilo:
ResponderEliminarOs esquerdistas espanhóis são, como em todo o lado, um bando de m***osos -desculpe, mas não há palavras bonitas para tais bandalhos.
Aliás já há algum tempo que andavam em guerra com o Vale dos Caídos. Havia duas valas comuns: uma com militares do lado republicano e outra com elementos do lado nacionalista. Há alguns anos, os familiares dos republicanos, quiseram desenterrar os seus mortos, pois não os queriam em tal companhia, agora era o Franco. Ou seja, pelo seu facciosismo estão a desenterrar a guerra civil outra vez e a Espanha está, outra vez dividida ao meio!
Isto é igual pela Europa toda: os prenúncios de guerras civis.O ódio está ao rubro...
Cara il:
ResponderEliminarEmbora a capacidade dos socialistas me surpreenderem seja cada vez menor confesso que fiquei boquiaberto quando vi as notícias sobre este disparate do Costa espanhol.
Nada justifica reabrir feridas que tanto custaram a fechar e nalguns casos nem fecharam de todo.
Tendo a Espanha e o mundo tantos problemas só um demagogo sem valores nem escrupulos se lembradia disto.
Mas aposto que no PS de cá não falta quem concorde.