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sábado, junho 30, 2018

Mau

Vi o França-Argentina com um duplo interesse.
Por um lado o de ver um jogo de futebol entre duas das melhores selecções do mundo, recheadas de jogadores de classe mundial e que certamente ofereceriam um grande espectáculo e um apuramento renhido para a que saísse vencedora.
E isso vi.
Não um grande jogo, porque não o foi, mas um jogo intensamente disputado e com alternâncias no marcador fruto de grande golos, grandes jogadas e um apuro final de sete golos o que nuns oitavos de final de um Mundial é fantástico.
O segundo interesse era ver a Argentina ganhar.
Porque estando definido que o vencedor deste jogo defrontará o vencedor do Portugal-Uruguai, e partindo do duvidoso princípio de que a nossa selecção sairá vencedora, eu preferia claramente um Portugal-Argentina nos quartos de final do que um terrível Portugal-França com o gauleses ansiosos pela desforra do Euro 2016.
Mas preferia a Argentina essencialmente porque a França é melhor.
Como se provou nos noventa minutos com os franceses a serem sempre melhores,a  dominarem o jogo e a desfrutarem do poder "de fogo" desse entusiasmante Mbappé e do consagrado Griezman dois jogadores que por si sós assustam qualquer defesa.
É claro que o treinador argentino ajudou à festa francesa.
Num jogo decisivo jogar com Messi a "quilómetros" da área e daqueles trinta metros finais em que ele é devastador, jogar com dois extremos clássivos junto às linhas (Di Maria e Pávon)e sem ponta de lança, deixar no banco talentos como Aguero (quando entrou, marcou...) Dybala e Higuain e só  recorrer ao primeiro deles quando perdia por dois golos  é de quem não sabe o que anda a fazer e se entretém a desperdiçar talentos que tem à sua disposição (e Icardi nem convocado foi) em quantidade e qualidade que lhe permitiam fazer bem melhor.
Passou a França.
Uma equipa poderosa, muito equilibrada entre todos os sectores e que se constitui como um dos principais candidatos a vencer o Mundial face ao que se tem visto até agora.
Esperemos que Portugal,uma vez mais,lhes troque as voltas.
Mas para isso é preciso ultrapassar o Uruguai...
Depois Falamos

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