Não é objectivo deste texto comentar de forma concordante ou discordante a estratégia com que Rui Rio ganhou a liderança do PSD.
Podemos discordar dela e eu discordo muito.
Porque não gosto de ver um líder ser eleito a falar em derrotas, a oferecer-se para ajudar o PS, a por-se à disposição para o que for preciso.
Menos ainda gosto de ver apoiantes seus, no suposto apoio à sua estratégia, fazerem declarações diabólicas sobre o que deve ser o posicionamento do PSD para afastar o PS dos seus actuais companheiros de percurso ao invés de se preocuparem com o PSD ganhar eleições e afastar o PS (e os tais companheiros) do poder.
Gostando-se ou não se gostando a verdade é que essa estratégia mereceu o apoio de 54% dos militantes que votaram e portanto passou a ser essa a estratégia do partido.
Para o bem e para o mal.
Acontece que sendo evidente, ao longo da campanha das directas, que Rui Rio era o candidato preferido dos socialistas (da Impresa aos comentadores próximos do PS tudo foi muito clarinho) mal o apanharam onde queriam logo a direcção do PS tratou de deixar ainda mais clarinho que nunca darão qualquer abertura a que essa estratégia possa ter qualquer sucesso.
Basta ver sucessivas declarações de dirigentes do PS, do grande empregador (de familiares) Carlos César ao "caloteiro" político (" não se paga a dívida") Pedro Nuno Santos, culminadas ontem por António Costa nas jornadas parlamentares reiterando que quer continuar aliado ao PCP e ao BE.
Não defendo a estratégia de Rio, porque não me passa pela cabeça que o PSD não jogue sempre para ganhar, mas reconheço-lhe a legitimidade de a ter especialmente depois de a maioria dos militantes a ter ratificado.
Acontece que essa estratégia, além de outros atrás referidos, enferma de um erro fundamental.
O PS ,hoje, não é dirigido por Mário Soares, Vítor Constâncio, António Guterres ou António José Seguro lideres socialistas com quem era possível uma negociação séria e que nunca abririam a porta do poder a partidos radicais de esquerda defensores de totalitarismos.
O PS é dirigido por António Costa.
Um individuo sem vergonha, sem escrúpulos ,sem pudor e sem coerência.
Capaz de tudo e do seu contrário para manter o poder.
E com esse não há entendimento possível para quem queira negociar, como estou certo que Rui Rio quer, na base da seriedade, do compromisso, de respeitar a palavra dada.
E por isso a Rui Rio resta lutar pela vitória nas legislativas de 2019 sabendo que se não a conseguir a sua liderança deixará de fazer qualquer sentido.
Porque se terá enganado na estratégia e avaliado mal os parceiros com quem a queria implementar.
E isso são erros a mais para um líder do PSD.
Depois Falamos.
Caro Cirilo:
ResponderEliminarRio é dos que "nunca tem dúvidas e nunca se engana", logo só sairá -e com ele as múmias- se houver um terramoto, ou seja os militantes -se ainda houver- os correrem a pontapé (político, pois claro)
Cara il:
ResponderEliminarO futuro a Deus pertence. Para já espero que Rio faça uma tentativa séria de unir o partido.
Duvido mas espero para ver
Cara il e caro cirilo
ResponderEliminarPor favor ... chega de menezismo ...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarQue é que não percebeu do que está escrito? Porque pelo que escreveu não percebeu nada!
Caro Cirilo:
ResponderEliminarEu estou como os apoiantes de Rio, quanto a Rio: não tenho dúvidas e neste caso, duvido que me engane :))). Se me enganar, é acontecimento maior que o terramoto de 1755, ai é, é!
Caro Anónimo:
Menezes não faz parte das contas políticas atuais. Nem sei se ainda é militante ativo -se não pagar as quotas, fica com direitos suspensos.
Eu estava a falar de RR e seus apoiantes: pessoas execráveis, birrentas e criadores de maus ambientes -já nem falo das "excursões de votantes". Só sabem criticar, sem nexo; só produzem ódio; e nunca, mas nunca construíram algo.
Veja-se Manuela Ferreira Leite -nunca morrerá, conservada no vinagre que destila; sempre venenosa, para quem não pertence ao seu clubezinho da Lapa (verdade que a Srª mora nas Torres do Restelo, mas passe a expressão), se fosse víbora e mordesse a língua, morria envenenada.
Sabe que durante uma dezena de anos nunca pagou quotas? Um dia a secção não lhas pagou e ela não pode concorrer a delegada ao Congresso -aqui d'el rei, que eram todos malandros. Até que um jornalista lhe perguntou se, como sócia de uma instituição, não sabia que tinha de pagar quotas. Ficou embatucada, pois ...
Se quiser mais exemplos de pessoas sem categoria cívica, que se meteram no PSD, e que só me envergonham, diga. Tenho muitas histórias de + de 35 anos. Ui, ui -como diria uma amiga minha :)
Excelente texto com que concordo em absoluto.
ResponderEliminarO nosso partido cometeu um erro terrível ao eleger Rui Rio tal como as eleições se encarregarão de demonstrar.
Mas agora o mal está feito e há que pensar no futuro
Cara il:
ResponderEliminarMas não se vai enganar.
Quanto às histórias espero que as vá contando porque anda por aí gente acerca de quem tem de se saber a verdade. Estou farto de mitos vivos.
Caro João Freitas:
Sim há que olhar em frente.
O partido já teve outros momentos maus e sempre deu a volta
20.000 militantes com quotas pagas.
ResponderEliminar50.000 apareceram de "para-quedas".
Um líder eleito que começou ainda em campanha interna a pedinchar encosto a António Costa porque não vê outra alternativa de se encostar ao poder, dado o enorme, colossal sucesso da governação da Geringonça.
Líder do parceiro natural CDS/PP a querer pôr-se em bicos de pés e a ocupar progressivamente o lugar do PSD no centrão.
Escreveu num post anterior que o PPD "morreu", mas olhe que o PSD também está muito malzinho. Acho que o risco de o PSD se esvaziar e desaparecer é muito real.
Talvez assim abra mesmo espaço para o PSL, novo partido que Pedro Santana Lopes tanto anseia criar e você como fiel seguidor com certeza apoiará.
Cumprimentos.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarO PSD nunca desaparecerá. E ter 70.000 militantes com cotas pagas não é nada mau. Desconfio que nenhum outro partido terá tantos.
Quanto ao resto, ou seja à mil vezes repetida mentira do tal partido PSL, nem vou comentar. Não tenho tempo para perder com disparates ainda por cima anónimos.