O debate de ideias, o confronto de programas, o exercício do contraditório estão no cerne da democracia e devem ser preocupação primeira de quem se quer sujeitar a qualquer tipo de sufrágio universal,secreto e livre.
Especialmente quando o debate se trava dentro da "família", entre pessoas conhecidas e que normalmente se entreajudam na conquista de objectivos comuns, pelo que desse debate deve estar arredado qualquer acinte ou animosidade entre candidatos e respectivos apoiantes.
O PSD tem em curso a eleição do seu próximo líder.
Entre dois militantes prestigiados, com currículo, de capacidades reconhecidas e ambos perfeitamente à altura de exercerem qualquer cargo no partido ou em representação dele.
A 14 de Janeiro um será o líder de todo o partido e todos os militantes deverão reunir esforços para o ajudarem nas duras tarefas que tem pela frente.
Dito isto é pena que a candidatura de Rui Rio tenha rejeitado a proposta de debates feita pela candidatura de Pedro Santana Lopes que, ao contrário do que alguns deturpadores convictos andam por aí a afirmar, nunca foi de fazer debates em todas as distritais mas sim de aceitar debates nas distritais que os quisessem promover o que é diferente.
Um "Não" rotundo, uma porta fechada sem qualquer contraproposta (como por exemplo fazer cinco debates distritais em cinco regiões tipo Vila Real, Coimbra.Santarém,Évora e Faro mais dois em Porto e Lisboa) , um absoluto desinteresse em debater ideias e programas perante os militantes que ambos se propõe representar.
As atitudes ficam com quem as toma e os militantes saberão reconhecer quem os quis valorizar, entendendo como essencial realizar debates na sua presença, em contraponto com quem deixou o seu lugar vazio e não mostrou nenhum interesse pelo esclarecimento resultante do confronto de ideias.
Uns pregam a militância enquanto outros a praticam.
Por mim a opção será sempre por quem ao longo de toda a vida política sempre soube (e gosta) de estar com os militantes, de os ouvir, de com eles participar em todas as "batalhas" que o PSD teve e tem de enfrentar.
Sempre com as bases e tantas vezes contra as pseudo "élites" partidárias.
Sem nunca fugir a debates.
Porque quem foge a debates internos que garantias de sucesso nos dá quando os debates tiverem de ser com os verdadeiros adversários?
Depois Falamos
Caro Cirilo:
ResponderEliminarDebates? reuniões? isso são coisas proibidas!
Olhe aqui na chafarica: nos últimos dois anos houve uma reunião de militantes, sem convocatória. Devia ter havia quatro, no mínimo.
Enquanto os responsáveis não forem punidos com suspensão de direitos -assim cinco anos- não vale a pena, fingir que é um partido num regime democrático. Os estatutos não são cumpridos -com total impunidade; as fraudes eleitorais são mais do que muitas -e não estamos a falar da JSD...; os inscritos até são comunistas... e votam em quem lhes paga (as quotas) e o «subsídio de deslocação». Ouvi dizer que com a crise já só eram 10€ -longe vão os tempos do Sócrates, cujos amigos/sócios davam (ao Preto) dinheiro em malas 8escutas da PJ) e sacos dos supermercados (vox populi dixit) para pagarem 25-30€.
Cara il:
ResponderEliminarO próximo líder do partido vai ter de olhar estatutos e regulamentos com olhos de ver.
O partido tem de se regenerar e modernizar sob pena de perder credibilidade e militância.
Para lá da que já perdeu é claro...
Caro Cirilo:
ResponderEliminarAi tem, tem!
Senão os poucos qua ainda se lembram de Sá Carneiro morrem de velhos e esta tralha que, em matilha, desgovernam em muitos sítios, fazem do N/ PPD um sítio muito mal frequentado.
O problema não são os estatutos, é o seu cumprimento, ou seja os Conselhos de Jurisdição, que só 'jurisdão' contra a claque inimiga. Sim, que neste momento, e por aqui, não há militantes com ideias diferentes, mas respeitáveis, há apenas 'ódios de estimação'; e também muita falta de autoconfiança, que eles transfiguram em arrogância.
Sabe, nunca vi construir o que quer que seja com ódio.
Claro que o fenómeno não é só no PSD, ou sequer em Portugal, mas é pavoroso.
Cara il:
ResponderEliminarDe facto quando na politica se introduzem factores não políticos, como os ódios pessoais, tudo se torna mais difícil. O que ainda consegue ser agravado pelo facto de para alguns a política ser a unica forma que tem de ganharem a vida. O que explica algumas coisas que se vêem por ai