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quinta-feira, outubro 12, 2017

A Caminho da Rússia

Há uma velho ditado que afirma que não interessa como as coisas começam mas sim como acabam.
Na noite de terça feira Portugal e Suíça fizeram a prova provada disso em volta da questão do apuramento para o Mundial da Rússia.
A selecção suíça conseguiu nove vitórias consecutivas mas perdendo o último jogo ficou "condenada" ao play off enquanto a de  Portugal começou com uma derrota mas depois obtendo,também ela, nove vitórias consecutivas conseguiu o apuramento directo e estará no mundial sem ter de passar por um play off sempre imprevisível.
Há que dizer que Portugal fez uma notável fase de apuramento.
Perdeu o primeiro jogo, é certo, ainda na "ressaca" do titulo europeu e alinhando sem Ronaldo e André Silva (e analisando os nove restantes jogo percebe-se bem a falta que fizeram) mas depois fez uma fase de apuramento absolutamente impecável vencendo todos os jogos de molde a chegar ao "mata mata" da Luz a depender de si própria .
E aí, mais uma vez, não falhou e conseguiu o resultado que lhe interessava.
Portugal não é uma equipa que faça exibições brilhantes, o que não obsta a que tenha fases dos jogos em que...brilha, mas é uma equipa muito consistente, com os jogadores a interpretarem muito bem o que o treinador lhe pede, que sabe marcar o ritmo de jogo que mais lhe interessa e desferir os "golpes" fatais no adversário nas alturas certas como ainda na terça feira se constatou com o primeiro golo a quatro minutos do intervalo.
E depois é uma equipa moralizada pelos resultados e pelo facto de sendo campeã europeia isso dar aos seus jogadores um estatuto que os motiva e que os adversários, de forma mais ou menos consciente, reconhecem e lhes cria um sentimento de inevitável inferioridade.
Juntando a isso o facto, raro em selecções de Portugal, de ter na frente duas "máquinas" de fazer golos (Ronaldo e André Silva) tal torna a equipa num adversário extremamente difícil de bater como os seus rivais nesta fase de apuramento bem perceberam ao sofrerem trinta e dois golos nos dez jogos feitos contra a nossa selecção.
Sendo igualmente verdade que uma defesa que sofreu apenas quatro golos também esteve à altura da produtividade atacante.
Portugal estará na Rússia naquela que é a sua décima fase final consecutiva de grandes provas internacionais uma saga que começou em 2000 e promete continuar.
Transforma isso Portugal num candidato ao título mundial?
Dentro da lógica, que vem do Europeu de França, de sermos candidatos mas não favoritos sem dúvida que sim.
Assunto para próximos escritos todavia.
Depois Falamos

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