Conhecidas as vicissitudes na formação do actual plantel, claramente inferior ao que o Vitória tinha um ano antes, e constatada a evidente má forma de alguns jogadores fruto de estarem a fazer agora a pré temporada que deviam ter feito dois meses atrás é evidente que a expectativa racional para este jogo nunca poderia ser muito alta porque do outro lado estava um adversário forte e que soube fazer o que lhe competia atempadamente.
E por isso a derrota foi natural face a um adversário com quem nunca tinha sido natural perder ao longo de muitas décadas.
Individualmente:
Douglas: Sem culpa nos golos. No resto fez o que tinha a fazer.
Vítor Garcia: Aguentou-se a defender mas não existiu a atacar.
Jubal: Com responsabilidades no segundo golo teve ainda outros momentos de insegurança. Perto do fim podia ter feito o empate mas o remate saiu à figura.
Pedro Henrique: O mais regular de todos os vitorianos.Pelo seu lado nunca houve problemas.
Konan: Mal fisicamente está uma sombra do Konan da época passada.
Wakaso: Enquanto teve "pulmão" cumpriu na batalha do meio campo. Mas é dos que está em pré época e foi naturalmente substituído.
Célis: Muita entrega mas pouco discernimento. Ele e Wakaso são demasiado iguais para a dupla fincionar na vertente defender/atacar.
Hurtado: Excelente abertura para o golo de Raphinha mas foi o que fez de melhor. De resto os habituais "eclipses". É uma posição em que a equipa precisa de uma alternativa.
Rincón: Passou al lado do jogo e foi naturalmente substituído ao intervalo.
Estupinán: Na roleta dos pontas de lança a sorte saiu-lhe a ele desta vez. Com o mesmo "sucesso" dos colegas porque em seis jogos os três pontas de lança ainda não marcaram um golo que fosse.
Raphinha: Fez o golo numa excelente iniciativa,teve mais duas ou três jogadas interessantes, mas é manifestamente exagerado pedir-lhe que ande com a equipa às costas.
Foram suplentes utilizados:
Heldon: Está em pré temporada, longe da forma física e técnica, pelo que da sua entrada nada resultou.
Kiko: Rendeu Wakaso na tentativa de dar um cariz mais ofensivo ao meio campo mas não teve grandes hipóteses de o fazer. Melhorou a circulação de bola e já não foi mau.
Rafael Martins: Uma substituição ridícula porque a três minutos do fim mete-se um jogador para queimar tempo, quebrar o ritmo ao adversário, dar tempo à equipa para respirar e não para tentar dar a volta a um jogo que se está a perder desde o intervalo. Nada fez porque nada podia fazer.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, João Aurélio, Marcos Valente e Rafael Miranda.
Melhor em campo: Pedro Henrique
Que a equipa não está bem nota-se à vista desarmada.
E por isso não se entendem algumas opções de Pedro Martins.
Hélder Ferreira começou bem a época, fez exibições prometedoras,sendo consistentemente dos melhores jogadores da equipa. De repente até das convocatórias desapareceu. Para dar lugar a jogadores como Rincon,Sturgeon e Heldon que em nada tem sido melhores do que ele.
Está a pagar o ter vindo da formação e ser de fácil substituição quando as coisas correm mal?
Rafael Martins e Texeira não desaprenderam de jogar nem Estupiñán deixa de ser um jogador prometedor. A verdade é que ainda não fizeram um golo que fosse.
Razão para perguntar se não seria melhor em vez de os andar a desgastar animícamente numa roleta constante no que toca à titularidade mudar o sistema de jogo e utilizar dois em simultâneo?
Creio que com um mais fixo e outro a jogar nas suas costas os golos apareceriam com naturalidade.
Domingo com o Marítimo muita coisa terá de mudar para que não cheguemos ao final de Setembro a vermos os lugares europeus por um...canudo!
Depois Falamos.
"E por isso a derrota foi natural face a um adversário com quem nunca tinha sido natural perder ao longo de muitas décadas."
ResponderEliminarEsta frase encerra um erro de facto. É um mito urbano que o VSC ganha muitas mais vezes ao SCB, que o contrário! SCB e VSC estão tecnicamente empatados no que aos jogos oficiais entre eles diz respeito.
Para o campeonato nacional (1.ª divisão), o saldo é ligeiramente favorável ao VSC:
117J 48VSC-25E-44SCB golos: 156-147
Se olharmos para as Taças (Portugal, Liga), o saldo e favorável ao SCB:
13J 3VSC-3E-7SCB golos 13-27
No total:
130J 51VSC-28E-51SCB, golos 169-174
ou seja, pelos golos marcados/sofridos, o SCB até vai à frente.
65 jogos em Braga e outros tantos em Guimarães.
Caro jj:
ResponderEliminarPara um vitoriano nunca será natural perder com o Braga.
E isso relva mais no campo das emoções que a estatistica propriamente dita.
Essa estatística apresentada pelo jj, como muitas outras estatísticas, é enganadora. A chave está na leitura que se faz da parte final da frase "E por isso a derrota foi natural face a um adversário com quem nunca tinha sido natural perder ao longo de muitas décadas."
ResponderEliminarÉ que ao longo de muitas décadas (até ao inicio deste século) essa estatística era mesmo bastante favorável ao VSC.
Pode não ser natural, mas, nos últimos tempos, tem sido mais habitual, nomeadamente em Guimarães (4 derrotas nas últimas 5 épocas).
ResponderEliminarJá agora, mais umas estatísticas: o máximo de temporadas consecutivas que o VSC esteve sem perder (i.e., em que só ganhou ou empatou) com o SCB foram 2 épocas.
Se nos reportarmos apenas ao campeonato, há um período de 4 anos (65/66 a 68/69), em que o VSC ganhou 7 vezes e empatou 1. Mas nesse período (em 1966/67), o SCB ganhou 2 vezes para a Taça de Portugal (2-1 em Guimarães e 5-0 em casa; eliminatória a duas mãos).
Saudações desportivas
É deprimente que, nas equipas do Vitória dos últimos anos, tenham de ser os defesas a distribuir jogo e a tentar marcar golos. Exceptuando algumas épocas em que os jogadores emprestados, na frente, fazem o trabalho que lhes compete... É natural gastar alguns milhões num avançado; são caros mas investir é a única hipótese! Gestão desastrosa num clube que tem condições para fazer muito melhor...
ResponderEliminarMiguel Leite
Caro Francisco Guimarães:
ResponderEliminarExactamente.
e o JJ nem menciona os campeonatos distritais que dantes davam acesso aos nacionais. Porque aí a vantagem do Vitória ainda era maior. Mas tudo isso é História. O presente mostra-nos que,infelizmente, o Braga tem estado à nossa frente na ultima dúzia de anos de forma consistente e atingindo patamares e posições a que nós nunca chegamos. E é isso que me preocupa.
Caro jj:
Espero que o futuro seja como o passado nessa matéria. Não será difícil se no Vitória se derem os passos certos.
Caro Miguel Leite:
É difícil perceber tanto erro numa época com tanta responsabilidade. Nunca vi coisa igual!
Boa tarde,
ResponderEliminarSr. Luis Cirilo será que me podia disponibilizar as estatísticas dos campeonatos distritais dos anos 20 e 30 ou dizer onde posso encontrar essa informação?
Cumprimentos.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarProcure no Google ou noutras motores de busca. Vai ver que encontra coisas giras.Como aquela dos anos cinquenta em que o Braga num jogo decisivo para subir de divisão veio a Guimarães pedir o apoio dos adeptos do Vitória.