Pela primeira vez na história das competições europeias uma equipa iniciou um jogo sem nenhum europeu no onze inicial.
Um facto descoberto pelo jornal inglês Daily Mirror e rapidamente reproduzido por imprensa europeia e mundial tal o insólito do sucedido.
Uma triste estreia que calhou em azar ao Vitória, um clube que vem fazendo da formação e do aproveitamento dos talentos das suas camadas jovens uma "bandeira", mas que na noite de ontem contradisse por completo essa "bandeira" alinhando onze afro-americanos (e depois entrariam mais dois) mais parecendo estar a disputar a Copa América ou a CAN do que a Liga Europa.
Embora tenhamos de compreender que depois de nos últimos anos terem sido vendidos tantos jovens portugueses da nossa formação (Ricardo, Paulo Oliveira, João Pedro, Tiago Rodrigues,Josué, etc) a "árvore dos talentos" não consiga repôr ao mesmo ritmo as baixas sofridas como, aliás, sempre escrevi desde 2013.
Embora tenhamos de compreender que depois de nos últimos anos terem sido vendidos tantos jovens portugueses da nossa formação (Ricardo, Paulo Oliveira, João Pedro, Tiago Rodrigues,Josué, etc) a "árvore dos talentos" não consiga repôr ao mesmo ritmo as baixas sofridas como, aliás, sempre escrevi desde 2013.
E se isso, a utilização simultânea de onze afro-americanos, já é mau por várias razões pior se torna quando constatamos que toda essa aposta em jogadores importados rendeu bem pouco em termos exibicionais e de resultados.
Como infelizmente vem sendo norma esta época.
Individualmente:
Douglas: Fica ligado ao resultado pelas enormes responsabilidades que tem no golo com uma saída dos postes em que ficou a meio do caminho. No resto teve pouco que fazer também graças à fraca pontaria dos adversários.
Vitor Garcia: Aguentou-se bem não comprometendo a defender e integrando-se no ataque sempre que possível.
Jubal: Não comprometeu mas evidenciou dificuldades quando a bola era metida nas suas costas.
Pedro Henrique: Fez o golo e partilhou das dificuldades do colega de sector.
Konan: Francamente mal. Um inicio de jogo a agarrar-se à bola, a querer driblar e tudo a sair-lhe mal com a equipa a ser apanhada em contra pé. Condição fisíca deficiente,especialmente perceptível quando precisava de recuperar a posição e o fazia a ritmo de "jogging", está longe do jogador da época passada. Muito trabalho pela frente.
Wakaso: Boa exibição a dar agressividade à intermediária e a recuperar bolas. Até agora a mais acertada das contratações.
Célis: O mais inconformado dos vitorianos sempre a empurrar a equipa para o ataque e com boa colaboração defensiva. Um bom jogo.
Hurtado: Uma exibição muito discreta num dia em que a equipa precisava do melhor Hurtado. Fez o cruzamento para o golo e pouco mais. Lamentável a forma como saiu, a passo, aquando da substituição dando ares de vedeta que a exibição infelizmente não confirmou.
Rincón: Um dos que está a fazer a pré temporada e em processos de adaptação a uma nova realidade. E isso reflectiu-se numa exibição esforçada mas nada mais.
Texeira: Uma exibição esforçada em que se fartou de ganhar lances aos centrais mas depois nunca teve a ajuda necessária dos colegas na segunda bola. Sem cruzamentos e últimos passes eficazes não teve ensejo de rematar. Creio que rende mais jogando num esquema de dois pontas de lança jogando ligeiramente atrás do colega.
Raphinha: Um jogo discreto.
Foram suplentes utilizados:
Kiko: A um jovem de 20 anos a fazer a sua terceira aparição na equipa A não era justo pedir-lhe que pusesse "ordem" numa "casa" em alguma desordem e num meio campo que não conseguia ligar jogadas.Não comprometeu mas também não pôde ter a influência que o treinador gostaria.
Heldon: Trouxe algum,pouco, irrequietismo mas sem qualquer influência no desenrolas do jogo.
Rafael Miranda: Entrou nos instantes finais para ajudar a segurar o empate o que de alguma forma diz tudo sobre como o jogo correu para o Vitória.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, João Aurélio, Marcos Valente e Sturgeon
Melhor em campo: Célis
Depois deste arranque a meio gás na Liga Europa a equipa tem de se concentrar no campeonato e em especial na difícil deslocação a Braga onde vai encontrar o velho rival moralizadissimo pelo triunfo na Alemanha face a um adversário que vinha de derrotar o Bayern de Munique.
O Vitória entra com um ponto de avanço na classificação e é de desejar que no mínimo saia com o mesmo ponto para que a equipa ( e os adeptos) aí encontrem um facto de moralização para os difíceis compromissos que se avizinham.
Depois Falamos
Boas Sr Cirilo.
ResponderEliminarAntes de mais dizer que concordo consigo em tudo, menos num ponto. Hurtado, ele saiu a passo não por "ares de vedeta" mas sim por um toque que teve e que até foi isso que lhe fez sair de campo. Pouca gente reparou mas foi ele que pediu para sair pois não conseguia mais. No banco, inclusive esteve a fazer gelo.
De resto concordo a 100%. E inclusive ambos os pontas-de-lança que temos são melhores a jogar num esquema de 2 avançados... E dos 5 que temos o melhor de todos é mesmo o Jacques Haman sem dúvida alguma aquele que mais se encaixa no estilo do Vitória.
Cumprimentos.
Tem toda a razão, no entanto será que o dayle mirror se preocupa com o campeonato inglês?! É que já vi chelsea e arsenal a alinharem sem nenhum inglês. Mas é mau...
ResponderEliminarCumprimentos
FF
Caro Anónimo:
ResponderEliminarNão sabia desse detalhe. Mas mesmo assim podia ter sido mais lesto. O Haman não conheço mas sei que na equipa B tem mostrado qualidade. Pode ser que tenha uma oportunidade.
Caro FF:
Sem ingleses sim mas sem europeus não. Mas a questão fundamental é que mesmo com essa "anormalidade" de onze afro americanos a equipa não rende nada do que se esperava. E para fazer o que ela tem feito não eram preciso estrangeiros.