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segunda-feira, setembro 25, 2017

O Nosso 13

Quando se tem um plantel construído tarde e a "más horas", com jogadores a chegarem com as competições iniciadas e com a pré época por fazer, com lacunas que continuam a existir pese embora o tempo que houve para as colmatar é evidente que o treinador tem um bico de obra para resolver o que leva a que se veja na necessidade de fazer sucessivas experiências na tentativa de fazer o melhor conserto possível na manta de retalhos que lhe puseram à disposição.
Ontem, sem desta vez fazer funcionar a roleta dos pontas de lança, assim foi e Pedro Martins deu a titularidade a João Aurélio e Héldon com claros benefícios para a equipa que produziu a que terá sido a melhor exibição da corrente época.
Individualmente:
Douglas: Sempre bem no que foi chamado a fazer e salvando o triunfo com duas boas defesas nos instantes finais.
João Aurélio: Boa exibição com segurança defensiva e integrando-se bem no ataque.
Jubal: "Pagou" a necessidade de o árbitro ajudar o Benfica na deslocação da próxima semana à Madeira e foi expulso depois de um vulgar troca de palavras(o que há de mais comum no futebol) com o central maritimista Zainadine também  expulso pela razão atrás apontada. Até lá vinha fazendo uma exibição sem reparos.
Pedro Henrique: Uma exibição tranquila chegando sempre para o trabalho que os adversários "apresentaram" no seu sector.
Konan: Bem a atacar mas mal a defender. Nos lances ofensivos já esteve mais perto do seu normal mas a defender teve grande responsabilidade no golo ao não marcar Edgar Costa.
Wakaso: Uma boa exibição, até como central durante minutos, a recuperar muitas bolas e a cede-las da melhor forma.
Célis: Um jogo regular em que nem brilhou nem comprometeu.
Hurtado: Uma exibição de bom nível ligando meio campo e ataque.
Héldon: Uma aposta ganha. Deu profundidade ao futebol ofensivo, equilíbrio aos flancos que ficaram menos dependentes de Raphinha e esteve nos dois golos marcando um e assistindo para o outro.
Estupiñán: Voltou a ser aposta para ponta de lança mas embora voluntarioso não me recordo de um remate que fosse. Em nove jogos oficiais (Liga,Liga Europa e supertaça) os pontas de lança não marcaram um único golo. E não é com citações de Cristiano Ronaldo que o assunto se resolve. Preocupante.
Raphinha: Excelente jogo constituindo permanente dor de cabeça para os adversários. Está em grande forma e faz temer...Janeiro.
Foram suplentes utilizados:
Marcos Valente: Entrou para compor a defesa após a expulsão de Jubal e cumpriu sem problemas.
Hélder Ferreira: Entrou a três minutos do fim mas teve ainda tempo para um excelente passe a isolar Raphinha para um dos lances mais perigosos da segunda parte.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, Rafael Miranda, Francisco Ramos, Rincon e Rafael Martins.

Melhor em campo: Raphinha

Num jogo marcado por estreias (no onze e no banco) e pela continuidade na "seca" goleadora dos pontas de lança causou alguma estranheza que nos minutos finais de pressão maritimista o Vitória não tivesse recorrido a uma terceira substituição para queimar tempo e quebrar o ritmo adversário como é comum fazer-se nestas  ocasiões.
E no banco estava,por exemplo, Rafael Miranda que é um jogador talhado para a posse e circulação de bola.
Opções...
Três pontos face a um adversário directo, uma melhoria exibicional que se espera sustentada e para continuar, mas a continuidade de problemas que exigem engenho do treinador na sua solução dado que o mercado fechou e os desempregados dificilmente são solução.
No caso dos pontas de lança, por exemplo, se a utilização individual de Texeira, Estupiñán e Rafael Martins rendeu até agora zero golos não seria de tentar um modelo que contemplasse a utilização simultânea de dois deles?
Até porque Texeira me parece muito mais talhado para jogar dessa forma.
Depois Falamos.

P.S. Não deixa de ser sintomático que Daniel Ramos se tenha insurgido energicamente contra a expulsão de Zainadine enquanto Pedro Martins, placidamente, disse aceitar a de Jubal.
Há atitudes e exemplos, que vem de cima para baixo, que nem tem cabimento no ADN vitoriano  nem servem os interesses do clube.

2 comentários:

  1. Sobre o P.S., que nao o partido, já estamos habituados.
    Nada de novo.
    No que diz respeito à Direção do Vitória, concorre para o prémio fair play.
    Triste. Muito triste ninguém que defenda o Vitória.
    E isto para não falar do degradante discurso dos 95 anos.
    Fiquei contente quando li que Pedro Proença se demitiu. Fiquei muito triste quando li que afinal não era bem assim.

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  2. Caro não:
    Sobre o P.S. está realmente tudo dito. Já não mudam.
    Quanto ao Pedro Proença foi realmente pena não ir embora. Era menos um a estragar o futebol

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