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quinta-feira, setembro 28, 2017

Egoísmo e Interesses

Devo dizer que não me incomodam, no que é substantivo, as afirmações de Nuno Morais Sarmento sobre a liderança de Pedro Passos Coelho e o estado em que  um dia entregará a liderança do partido a quem lhe suceder.
E não incomodam porque Morais Sarmento é um daqueles típicos protagonistas políticos, adepto do "agarrem-me senão faço e aconteço", que periodicamente sente a necessidade de fazer prova de vida porque interesses mediático/empresariais assim o exigem mas que nunca terá coragem superior à necessária para se candidatar a assembleia municipais, assembleias distritais, conselhos de jurisdição ou  vice presidente de um qualquer candidato a líder.
As coisas são o que são.
E com ele são assim desde o tempo da JSD!
É pena porque Nuno Morais Sarmento tem qualidade pessoais e políticas que lhe permitiriam, se a tal coragem existisse, assumir no PSD papeis bem mais relevantes e úteis do que este de andar a tentar fragilizar lideranças no intuito de provocar eleições e ter no partido alguém mais consentâneo com os tais interesses mediático/empresariais que o movem e a que pelos vistos Passos Coelho é imune.
Não quero com isto dizer que ele não tenha o direito de não gostar de Passos Coelho, de discordar da sua liderança, de desejar outro líder à frente do partido.
Tem. 
Ele e qualquer militante de um partido democrático como o PSD é.
Não tem é o direito (e então de moral é melhor nem falarmos...) de enquanto no país milhares de militantes e candidatos do PSD lutam para que o partido vença as autárquicas ele, arrogando-se de um estatuto que nem ele nem ninguém tem, ande a fragilizar a liderança e próprio partido com questões que não tem qualquer cabimento quando estamos em campanha eleitoral.
Nuno Morais Sarmento terá as suas prioridades.
Pena é que uma delas seja ser o Pacheco Pereira da sua geração...
Depois Falamos.

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