Já em publicação anterior tive oportunidade de me referir à apresentação dos candidatos aos orgãos autárquicos de Esposende que teve o privilégio de poder contar com a presença de Pedro Santana Lopes como orador principal.
Uma festa bonita, participada por 2500 pessoas, no decorrer da qual foram apresentados através da chamada ao palco todos os cabeças de lista às freguesias, os candidatos a deputados municipais e a vereadores para que todos os presentes pudessem ver quem integra as listas do PSD concorrentes ao município de Esposende.
Sendo uma candidatura a orgãos autárquicos naturalmente que todos os discursos incidiram nessa temática, incluindo o de PSL ele próprio antigo autarca, mas naturalmente que a referência que o ex líder do PSD fez ao processo de eleição de futuros lideres mereceu grande atenção da imprensa nacional.
Isto porque tendo sido Pedro Santana Lopes o "pai" das directas no PSD, na acepção de que foi o primeiro a propô-las e quem mais lutou por elas, tem enorme significado que seja ele quem agora propõe que o partido retorne à eleição do líder em congresso como se verificou durante muitos anos.
Pessoalmente sou, e sempre fui, a favor das directas.
Um método de eleição que permite que todos os militantes sem excepção, desde que com as cotas em dia e no pleno gozo dos seus direitos , participem na eleição do líder do partido dando-lhe a legitimidade acrescida resultante dessa participação universal.
Que no tempo em que foi aprovada (era líder Marques Mendes mas a proposta partiu de Luís Filipe Menezes) tinha como principal objectivo permitir a participação de todos os militantes na eleição mas também combater o efeito nefasto de eleições em congresso em que havia um número substancial de inerências que muitas vezes desvirtuavam a vontade das bases expressa através dos delegados eleitos.
Foi assim, por exemplo e para não ir mais longe nem aprofundar demasiado...o exemplo, que em 1995 Fernando Nogueira derrotou Durão Barroso e Santana Lopes no célebre congresso do Coliseu que foi provavelmente o mais mediático congresso partidário alguma vez realizado em Portugal.
As bases queriam Barroso mas as inerências inclinaram a balança para Nogueira.
Passados onze anos da instituição das directas, eleitos por esse método Luís Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho é tempo de reavaliar a sua utilidade e a sua adequação aos tempos presentes?
Creio que sim.
Porque embora defenda as directas como princípio também estou de acordo com PSL quando refere os malefícios que delas se apossaram através de sindicatos de voto, da sobreposição de interesses pessoais e/ou de facção aos interesses do partido, aos votos arranjados "à pressa" e de qualquer maneira que depois pesam nas eleições.
E até vou mais longe.
Creio que também para os orgãos distritais se devia repensar o método de eleição considerando a possibilidade de voltar a elege-los em assembleia distrital e abandonando a eleição directa que agora se utiliza.
Precisamente pelas mesmas razões que PSL evoca para o método de eleger o líder.
Seja como for creio que ao introduzir o tema, suscitando o seu debate e apontando alguns dos problemas que corroem o partido por dentro, Pedro Santana Lopes prestou um bom serviço aos PSD.
Mais um afinal.
Depois Falamos.
«... desde que com as cotas em dia e no pleno gozo dos seus direitos»
ResponderEliminarE se não tiver as quotas em dia, faz-se um acrescento a lápis, ou manda-se uma folha de nomes extra,em adenda -fora de prazo- ao caderno eleitoral.
Pior é se o presidente não pagou as quotas ... ;) e não vou contar mais anedotas tristes.
Caro Cirilo:
ResponderEliminarCom as 'anedotas' esqueci-me. Realmente os colégios eleitorais, que parecem pouco democráticos, filtram imenso. Tenho estado a estudar e a trocar impressões com americanos e muito do que eles têm nas leis constitucionais, funciona na prática.
Mas a nossa tradição jacobina e francesa não pode com anglo-saxonices, muito mais sensatas.
Cara il:
ResponderEliminarEssas anedotas tristes que refere são de um PSD que não devia existir. E de gente que anda à tona da agua (leia-se em cargos políticos)há muitos anos sem nunca lhe ter sido conhecida profissão.
Quanto aos colégios eleitorais não me parece que a minha amiga possa aprender muito com os americanos. Afinal eles tem um presidente eleito com menos dois ou três milhões de votos que a candidata com que disputou a eleição. Anglo-saxonices sim mas as da "Velha Albion" com a eleições uninominal dos deputados. Lá nunca seriam eleitos os figurões de que falavamos atrás
Caro Cirilo:
ResponderEliminarNo RU o partido mais votado não é o que tem mais representantes no parlamento. A ideia é a mesma, mesmo que funcione melhor.
Quanto aos figurões não terem hipóteses, no PSD-Mouraria iam a votos e perdiam todas as eleições. Em Lisboa há quem tenha sido eleito com o nome do PSD (1x) e nunca mais tenha ganho (2x) -e continua candidato; outro menos uma e continua. Há freguesias onde já perdemos 2/3 a metade dos votos e os responsáveis, continuam candidatos...
Profissão havia um que tinha: polidor de esquinas, que é um modo suave de dizer que estava no negócio dos amigos do alheio.
Caro Cirilo:
ResponderEliminarParece que os eleitores falsos estão a dar uma triste versão das eleições nos EUA. Além de que as máquinas de contagem também não são fiáveis -pertencem ao Soros (o financiador doa Antifa lá do sítio)
O escândalo judicial lá parece o do «menino de ouro», a «boa moeda», o Socas. Um regime podre
Cara il:
ResponderEliminarEm Lisboa a única coisa que pode "salvar" o PSD é depois das autárquicas fazerem uma refiliação a sério com critérios apertados quanto aos refiliados.
Se o partido perder metade dos militantes no concelho,ou mais até, não se perde grande coisa porque não são verdadeiros militantes mas apenas votantes dos respectivos controleiros.
Quanto aos Estados Unidos é evidente que tem problemas graves com o seu sistema eleitoral. Muito por força de se agarrarem a um tradicionalismo que nos tempos correntes não faz sentido nenhum. E que ,pelos vistos, nem a patética eleição daquela coisa chamada Trump serviu de vacina
Caro Cirilo:
ResponderEliminarEssa da refiliação com exame seria a estratégia lógica a seguir, mas duvido que no meio de uma luta pelo poder nacional alguém se preocupe com estas 'minudências'.
A ver vamos, se o 'rico' quiser ser presidente da CML não é com estes bandidos, falhados e incapazes -chega de adjetivos :)) sujam o teclado.
Cara il:
ResponderEliminarPelos vistos ser presidente da CML dá direito a um excelente ordenado.
Basta ver os andares que o rapaz que foi do Porto para aí tem comprado.
"Problema" que ninguém do PSD terá, infelizmente, nos próximos anos face ao que se vai passando por aí.
Caro cirilo:
ResponderEliminarEu penso que há um 'rapaz' que gostaria de vir para Lisboa e o Medina é o plano B dos xuxas, se Costa falhar. assim sendo; lisboa estaria ao alcance do PSD, mas completamente reformado.
Depois falamos...
Quanto aos andares isso são amendoins, parece que os milhões que o PS devia, já não deve. Milagres...
Cara il:
ResponderEliminarMuita coisa acontecerá depois de 1 de Outubro.
Depois Falamos...