A final da supertaça foi essencialmente decidida pelos graves erros de Soares Dias e do seu cúmplice Jorge Sousa (o video árbitro) que inclinaram decisivamente o relvado a favor do Benfica e permitiram a construção de um resultado falso como Judas.
É evidente que houve erros do Vitória, de que tratarei a seguir, mas sem os erros dos árbitros esses erros vitorianos, por si só, não seriam suficientes para termos perdido o jogo.
De Soares Dias e Jorge Sousa já falei noutro texto mas recordo aqui que o lance do primeiro golo do Benfica tem uma falta no inicio e um fora de jogo no final, que há um clarissimo penalti por marcar contra o Benfica, que ficaram cartões vermelhos por mostrar a Jonas e Jardel , que ficaram vários cartões amarelos por mostrar a jogadores benfiquistas por sucessivas faltas (de rasteiras a agarrões) a impedir saídas para o Vitória para o ataque.
É certo que na fase final do jogo também Rafael Martins e Vigário beneficiaram de alguma tolerância mas faltavam poucos minutos e o resultado estava feito.
Vamos então aos nosso erros.
Começando pelos menos graves que foram os dos jogadores.
E que essencialmente constaram de alguma tremideira inicial (que se...aceita face ao que adiante exporei) e depois,já na segunda parte, algumas perdas de bola e passes mal feitos de que resultaram o terceiro golo e algumas situações de perigo que Miguel Silva conseguiu resolver.
Foram alguns erros, um ou outro ostensivos, mas por eles não teríamos perdido o jogo.
Depois há os erros do treinador.
Que tem o plantel que lhe disponibilizaram ,sabendo-se que as omeletes são tão melhores consoante a qualidade/quantidade dos ovos, mas foi ele próprio quem deu aval à saída de jogadores que manifestamente teriam dado ontem bastante jeito.
João Afonso e Tyler Boyd por empréstimo Valente e Alex em definitivo.
Depois no escalonamento da equipa, correcto do meu ponto de vista, a estranheza de porque razão se deram tantos minutos a Moreno nos jogos de preparação para ontem jogar uma dupla de centrais sem quase nenhuma rotina.
É verdade que a ausência de Pedro Henrique pesou, como é verdade que Marcos Valente não comprometeu, mas foi visível a pouca rotina entre ambos. O que face a um Benfica que tem no ataque o seu melhor sector fez alguma diferença.
Mas nas substituições é que estiveram os erros maiores de Pedro Martins.
Desde logo na reiterada aposta em Sturgeon que ainda não convenceu ninguém (excepto o treinador) de que tem lugar neste plantel e que vem desperdiçando sucessivas oportunidades.
Ontem foi mais uma com a sua entrada, e saída de Hélder Ferreira,a corresponder a imediato decréscimo no balanceamento ofensivo do Vitória.
A entrada de Estupinám foi correcta mas demasiado tardia porque devia ter sido ele a primeira opção e não o referido Sturgeon.
Quanto a Alexandre Silva foi-lhe pedida uma tarefa a que não está habituado -fazer todo o corredor direito- o que para quem vem da equipa B e está a jogar contra o Benfica é manifestamente pedir-lhe demais.
Curiosamente ficando no banco Douglas, Sacko, Rafael Miranda e Moreno resta ainda a estranheza das ausências de Tozé e especialmente Texeira jogadores que à partida davam mais garantias do que alguns dos utilizados.
Mas se os erros dos jogadores se corrigem com treino e o dos treinadores com reflexão e estudo (e em casos limites com o que há de mais fácil no futebol que é trocar de treinador) já os erros da SAD são bem mais complexos de resolver.
Não me lembro de alguma vez o Vitória no seu primeiro jogo oficial de época, ainda por cima disputando um troféu, não ter no onze inicial um único reforço.
Como também não tenho ideia de em idênticas circunstâncias as únicas novidades em relação à época anterior serem três jogadores vindos da equipa B , cujas exibições até foram perfeitamente aceitáveis, mas que demonstram a falta de planeamento com que esta época foi encarada.
Desde a milagrosa defesa de Douglas em Chaves,num penálti que a ser transformado nos fecharia as portas do Jamor, que se sabia que no inicio de Agosto havia uma competição oficial para disputar, num único jogo, para o qual a equipa teria que estar devidamente apetrechada.
Houve quatro meses para planear isso.
Chegamos a 5 de Agosto e qual é o panorama?
Perdemos titulares indiscutíveis( Hernâni, Marega, Bruno Gaspar) ,suplentes com experiência (Prince, Bernard, Ruben Ferreira) e os reforços são um jovem colombiano de vinte anos sem nenhuma experiência de futebol europeu e outros dois jovens portugueses(Francisco Ramos e Ruben Oliveira) que tanto podem vir para a equipa A como para a B porque não se sabe o que valem exactamente com a nossa camisola vestida.
A eles se juntaram, até agora, jovens subidos da B mas o plantel está manifestamente curto em termos de quantidade versus qualidade.
E uma coisa é certa: Mesmo que ainda venham mais jogadores (mal estamos se não vem...) não virão a tempo de nos ajudarem a ganhar a supertaça que estava tão ao nosso alcance e que desperdiçamos ingloriamente.
Por erros dos árbitros, essencialmente, mas também porque a nossa equipa não estava suficientemente reforçada para ultrapassar esse previsível obstáculo.
As coisas são o que são!
Sabia-se que esta época será mais exigente, que há mais competições para disputar, que estaremos na Europa e portanto o plantel tem de ser qualitativamente melhor do que aquele que fez o quarto lugar e foi à final da taça.
Neste momento é claramente inferior.
E mesmo que ainda venham reforços (espero que não resultantes de qualquer "pedinchice" aos chamados "grandes") é inegável que esta época não foi preparada com a atenção, a exigência e o planeamento cuidado com que o devia ter sido.
E também por isso não ganhamos a competição menos difícil de ganhar das cinco que teremos pela frente.
Há erros de difícil recuperação.
E de difícil entendimento porque sucessivamente repetidos.
Esperar pelo fim do período de transferências, esperar pelos "restos" dos chamados "grandes", basear a construção do plantel numa política de empréstimos é um erro que se paga caro como ainda ontem ficou mais uma vez comprovado.
Mas parece sina nossa esta dos eternos recomeços.
É certo que estamos em 6 de Agosto e que ainda há muito tempo para reforçar o plantel até ao fim do mercado de transferências de molde a enfrentar as restantes quatro competições com ambição de tentar ganhar as taças, renovar o quarto lugar e ter uma participação europeia condigna.
Há tempo para tudo menos para ganhar a... supertaça.
Essa já foi.
Depois Falamos.
À e tal, somos os maiores nas bancadas... no fim a Taça vai para Lisboa. Jogamos como nunca (literalmente), perdemos como sempre. Ninguém estanca tanto erro ?!?!
ResponderEliminarCom tantos erros do Vitória com influência directa no resultado, a arbitragem não teve qualquer influência no resultado.
Começaram na pré-epoca, passaram para a Supertaça, pelo menos que nela se encerrem. Num clube com o calibre do Vitória, são erros a mais.
Boa noite Luis,
ResponderEliminarConfesso que, apos no pós jogo, não quis ler nenhum jornal. Não quis ouvir ninguém. Fui ouvindo, aqui e ali, coisas sobre o jogo, sem muita preocupação.
Luís, FOI UM ROUBO! Podemos, veradeiramente, pôr em causa este árbitro e o videoárbitro. Falo em corporativismo. Em falta de qualidade de uns e outros. Num ódio e desrespeito para com o Vitória. O Vitória e os seus adeptos concitam muita inveja por esse país fora. Principalmente no tal 'norte' que asfixia e controla o Minho.
Acredite que sei do que falo.
O Vitória e a sua direção tem responsabilidade no que se passou. Mas não misturemos as coisas.
Os erros de arbitragem foram esenciais para o desenrolar do jogo. Mais nada.
PS- num jogo entre os tres estarolas, naquele mesmo campo de pasto, teria havido tanta benevolência e incompetência daquele imenso exército de gratificados quanto à mistura de adeptos antes e depois do jogo? Não me parece... mais uma vez o Vitória...
José Vieira Castro
Caro Luis Cirilo
ResponderEliminarApesar de falar muito da arbitragem, acabo por concluir que, na sua visão, a maior responsabilidade cabe à direção, por não ter ainda conseguido fixar o plantel.
No entanto, existe algum clube do nosso campeonato com o plantel fixado em definitivo?
A resposta é óbvia, e abarca a totalidade dos clubes, nomeadamente os chamados grandes.
Por isso, é compreensível que o mesmo se passe connosco.
E, mais importante que muitos reforços, é a consolidação do plantel, facto quase impossível para um clube de passagem, como o nosso.
Este ano conseguiu-se (para já), uma consolidação inédita, com a manutenção de várias "joias da coroa", como o Pedrão, o Hurtado, Konan, Zungu, Josué, Miguel Silva, entre outros.
Caro Luís!
ResponderEliminarSou um Vitoriano de sempre e por favor, se queremos crescer não vamos entrar em coitadismo com esta questão da arbitragem, tantos erros foram, desde o falhanço do Zungu no segundo golo até ao do Rafinha no terceiro ou o incrível falhanço do Hurtado com a baliza escancarada, destes o Sr. não fala e na mesma nua visão são incríveis e não há direcção ou treinador que valham. Depois não creio que a direcção esteja a conseguir jogadores emprestados, veja-se o caso do Celis do Hurado ou do Pedro Henrique bem renegociados e agora do lado de cá a título financeiro (maioritário) e desportivo. Falta gente é verdade mas falhamos demais, o primeiro golo deles é discutível e o "nosso" pénalti claramente não existe. Numa final não se pode falhar assim, precisamos de jogos ao mais alto nível e precisamos de alguma sorte, sem ela nada feito também! Cumprimentos!
Caro Luis,
ResponderEliminarHa penalty, há fora de jogo num golo, há um golo precedido de falta, há faltas e faltinhas, há uma agressão, ...e houve videoarbitro...
Nada disto tem que ver com as questões que, nós vitorianos, temos a obrigacao de discutir internamente.
Porque, e não me vou enganar, quando a equipa estiver completa vai passar-se exactamente a mesmissima coisa.
FOI UM ROUBO!!!
José Vieira de Castro
Caro Anónimo:
ResponderEliminarDiscordo por completo. Sem os erros da arbitragem não teriam sido os nossos a impedir-nos de ganhar o jogo.
Caro José Vieira de Casto:
Creio que fui claro ao escrever que os erros dos árbitros foram essenciais no resultado e que sem eles teríamos provavelmente vencido.
Não fiz por isso misturas. Mas não seria intelectualmente sério falar dos erros dos outros e esconder os nossos.
Caro luso:
Em primeiro lugar fui claro ao dizer que a arbitragem foi a responsável pela derrota pelas más decisões que tomou. Por isso não vale a pena tirar do meu texto conclusões que não estão lá.
Manter a sjoisas da coroa ? Quais? Jogadores com contrato e clausulas de rescisão? Não vejo mérito nenhum disso embora a 23 dias do fecho do mercado, e face aos antecedentes, não vejo razão para nenhum optimismo. Onde a SAD tem mérito, isso sim, é nas contratações de Hurtado e Célis que passaram de emprestados a jogadores parcialmente nossos em termos de direitos económicos. Quanto a Pedro Henrique desconheço em que qualidade continua.
É verdade que nenhum clube tem já o seu plantel em definitivo mas não só com os problemas dos outros podemos nós bem como nenhum deles, excepto o Benfica, tinha um troféu para disputar no passado sábado. E com uma equipa mais apetrechada nem árbitro e video árbitro nos tiravam a supertaça. E para esse erro já não há remédio.
Caro Pedro Silva:
Vimos jogos diferentes.
E para vitoriano de sempre deixe que lhe diga que é de uma tolerância muito estranha com uma arbitragem miserável. AO ponto de dizer que o pénalti não existe o que deve ser para rir. COm um arbitragem digna e imparcial o primeiro golo não era golo, tínhamos um penalti a nosso favor que provavelmente daria golo e Jonas e Jardel tinham sido expulsos por conduta violenta.O que significa que toda a história do jogo tinha sido diferente. Mas você prefere achar que foram os erros dos nossos jogadores que causaram a derrota. QUal é o sei problema em reconhecer que o Vitória foi altamente prejudicado? branquear o silêncio da nossa SAD? Parece...
Caro José Vieira de Castro.
Foi um roubo sim. Mas só nós adeptos nos queixamos. Os que tinham o dever de se insurgirem ficaram calados. Mais uma vez
Caro Sr. Cirilo! Como eu não ponho o seu vitorianosmo em causa não ponha o meu também, é quase uma ofensa faze-lo. Acha que ser um vitoriano de sempre é ser adepto do Coitadismo? Claro que existiram erros na arbitragem a questão é que devemos centrar os discurso nos nossos que foram tantos que nunca poderíamos ganhar daquela forma. É desta forma que olhamos para erros dos outros e nunca o fazemos com critério para os nossos, a verdade é que temos um público de primeira para uma equipa que treme com a responsabilidade de nos presentear, precisamos de ser mais assíduos nesta responsabilidade assim como nas provas europeias em que ao primeiro Altach nos deixamos sucumbir! Cumprimentos!
EliminarCaro Pedro Silva:
ResponderEliminarConcordará, dado ser leitor regular deste blogue, que eu nunca tive qualquer problema em apontar os nossos erros o que gera algumas incompreensões e críticas naqueles que acham que é Deus no Céu e a nossa SAD na Terra. Desta vez, embora tenha apontado alguns erros e graves da SAD, como também apontei os erros do treinador e dos jogadores,entendo que a principal responsabilidade da derrota esteve numa arbitragem desgraçada de um árbitro que não tem condições para apitar o nosso clube.
Mas estou totalmente de acordo consigo quanto às tremideiras da equipa em determinados jogos que a levam a entrar mal e depois ter de correr atrás do prejuízo. Numas vez com alguma sorte, como com o Sporting na época passada, outras sem sorte nenhuma como na final da taça e agora na supertaça em que perdeu com um adversário perfeitamente ao seu alcance. O Benfica da final de 2013 era bem mais forte e nós mesmo sofrendo um golo tivemos a classe de saber dar a volta. Razões para isso? Não sei. Mas acredito que a absurda rotatividade do nosso plantel, todos os anos feito e quase desfeito, contribui largamente para isso. Depois haverá outras razões. Talvez bom tema para um próximo post.
Quando vi a constituição da equipa do Vitória pareceu-me logo que, para o Pedro Martins, era mais um jogo treino. Então nas substituições foi mesmo só para ver o que dão; ou para dar provas à SAD de que não servem... A constituição da equipa foi ridícula.
ResponderEliminarMiguel Silva
Caro Miguel:
ResponderEliminarNa constituição da equipa não me parece que tenha estado o erro. Até porque em boa verdade não havia muito mais opções. Nas substituições sim foram vários os erros. E Texeira e Tozé nem para o banco irem foi anedótico. Tal como a "milésima" aposta falhada em Sturgeon.
Como é possível João Afonso e Valente não terem lugar neste plantel?
Caro Luis Cirilo
ResponderEliminarSturgeon é um jogador de provas dadas no Belenenses.
Em Guimarães ainda não atingiu o fulgor que já lhe vi, é um facto.
Mas estarmos a queimar jogadores parece-me um erro, à imagem de outras situações anteriores, como foi o caso, por exemplo, de Ricardo Valente.
Se na altura não se apercebeu, pois fique ciente que enfrentava duras críticas de diversos setores de associados, e a sua saída para o Paços, na altura foi quase inevitável.
Caro luso:
ResponderEliminarTer provas dadas no Belenenses não significa automaticamente servir para o Vitória. São realidades muito diferentes. E a verdade é que ele cá tem sido de uma vulgaridade tremenda. Não houve um jogo em que mostrasse argumentos a justificarem a contratação. E não foi por falta de oportunidades. De resto ninguém o anda a queimar a não ser que constatar realidades seja uma forma de queimar alguém. E já que cita o Valente não deixo de dizer que quer ele, quer o Alex, quer o Tyler Boyd demonstraram ao longo dos anos mais argumentos para estarem no plantel do que o Sturgeon. E no caso do Valente se havia quem não gostasse também havia muitos adeptos que o apreciavam, e em especial, quando jogava no seu lugar. E outra coisa: O clube deve ser dirigido de dentro para fora e as dispensas em função das opções do treinador e não dos estados de alma dos adeptos em relação a este ou aquele jogador. Só uma direcção fraca dispensa jogadores porque alguns adeptos assobiam e implicam com ele. Não quero acreditar que tenha sido esse o caso