Paços de Ferreira nunca foi, com raras excepções, uma deslocação fácil para o Vitória.
É verdade que já de lá regressamos com grandes triunfos mas é igualmente verdade que noutras ocasiões voltamos vergados ao peso de resultados desfavoráveis e que num caso (aquele do auto golo do Dragoner nos instante finais) até contribuiriam para funestos desfechos.
Ontem sabia-se que um Vitória a realizar um péssimo inicio de época iria a Paços defrontar a pior equipa local de que me lembro na última década pelo que existia a legítima expectativa de que o jogo pudesse de alguma forma ser a inversão de uma sucessão de maus resultados.
Pedro Martins mexeu na equipa, em dois casos (Miguel Silva e Zungu) de forma incompreensível, mas o resultado das mexidas foi nenhum porque aquilo a que se assistiu foi à repetição do visto em ocasiões anteriores.
É verdade que defensivamente melhoramos porque não sofremos golos (embora o Paços tenha marcado um invalidado por fora de jogo num lance que deixou algumas duvidas) mas isso é indissociável da fragilidade ofensiva pacense e do facto relevante de os "castores" terem jogado toda a segunda parte em inferioridade numérica.
De resto foi mais do mesmo.
Um meio campo pouco dinâmico, a que a troca de Zungu por Rafael Miranda nada beneficiou, e processos atacantes que pouco incomodaram a defensiva pacense porque idas à linha quase não houve e bolas despejadas para a área foram facilmente anuladas pela defensiva e guarda redes.
Trocando pela terceira vez de ponta de lança titular (desta vez na "roleta" saiu a vez a Rafael Martins)mas continuando sem os municiar de forma adequada o Vitória apenas criou perigo em alguns remates de meia distância (Rafael Martins, Hélder Ferreira, Kiko) porque dentro da área o "autocarro" local impunha regras e os pontas de lança vitorianos (Estupinam juntar-se ia a Rafael no inicio do segundo período) não punham pé em "ramo verde" como costuma dizer-se.
Em boa verdade nada que destoasse do que se tem visto desde a supertaça.
E por isso o Vitória,a precisar de pontos para se manter na longa luta pelo quarto lugar, regressou a Guimarães com o magro pecúlio de apenas um conquistado num jogo que até pelas incidência do mesmo tinha tudo para lhe proporcionar os três.
Faltam quatro dias para encerrar o mercado.
E embora já nada possa ser feito para recuperar uma supertaça ingloriamente perdida e os oito pontos perdidos em quatro jogos ainda pode ser feita alguma coisa para que ao encerramento do mercado não corresponda também o encerramento da nossa época em termos de ambições compatíveis com a nossa grandeza.
Resta falar do árbitro. E do vídeo árbitro.
Neste jogo apenas numa situação,a do "golo" de Hurtado, houve consulta ao VAR.
E embora a falta de Pedro Henrique no inicio da jogada pareça ter existido, e assim sendo o VAR esteve bem na análise, é inaceitável que o árbitro tenha deixado prosseguir a jogada durante tanto tempo quando já havia recebido indicação do assistente sobre a possível falta do defesa vitoriano.
Continuo a ser um defensor das ajudas tecnológicas ao árbitro em lances polémicas.
Mas também continuo completamente convencido de que quem em Portugal de apito na boca ajuda a inclinar os campos a favor de três clubes nunca atrás de um ecran pugnará pela verdade desportiva.
O "Sistema" existe!
Também aí é mais do mesmo.
Depois Falamos.
P.S. Por falar em mais do mesmo há que realçar o espectacular apoio dos adeptos vitorianos à sua equipa. E aí o mais do mesmo é completamente positivo!
Pena é que no Vitória de hoje a excelência se resuma às bancadas.
Os culpados deste estado do vitória tem nome: Direção do VSC. Esta direção chegou ao fim. Venha sangue novo
ResponderEliminarCaro ON:
ResponderEliminarO Vitória, como qualquer instituição, só tem a ganhar com renovações periódicas dos seus orgãos sociais. Haja vontade.