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sexta-feira, agosto 25, 2017

Bandeiras e Afins

Um partido político, já o sabemos, não pode ser visto e vivido com a paixão que muitos de nós dedicam aos seus clubes desportivos e a tudo que os envolve.
São realidades diferentes.
Mas na militância política, e dela levo quarenta e dois anos bem contados, para lá dos valores iedológicos, das afinidades programátivas, da identificação como modelo de sociedade preconizado há também espaço à emoção e aos valores não escritos.
Da admiração pelos lideres que a mereceram, às memórias dos grandes momentos e das grandes vitória passando pelo hino, pela bandeira, pela cor do partido.
Que são as "âncoras" afectivas que permitem superar os maus momentos, as derrotas, os tempos em que com dificuldades nos revemos nalgumas políticas, nalgumas opções e nalguns protagonistas.
Ao longo destes 42 anos de PSD/JSD já fiz, já participei, já assisti a largas dezenas de campanhas eleitorais .
Como mero espectador/eleitor, como candidato a diversos orgãos, como responsável a vários níveis-do concelhio ao nacional- dessas campanhas.
E por isso já estive em campanhas com o PSD sozinho e com o PSD em coligação.
Numas com a nossa "cara"  e noutras com uma "cara" comum" às outras forças políticas com que o PSD concorria coligado como é normal acontecer nessas ocasiões.
Sendo certo que o que importa é a qualidade do que se propõe aos eleitores ,e a qualidade dos que se propões levar esses programas a cabo , sendo muito menos importante a cor das bandeiras, os hinos que tocam ou a cor dos materiais de propaganda não deixo de dizer que é sempre um grato prazer estar numa campanha em que as bandeiras laranja marcam presença (para lá das próprias da candidatura) e em que as sessões começam e acabam com o "Paz,Pão,Povo e Liberdade" de tão gratas memórias.
É, de alguma forma, um reencontrar com o PSD "profundo" que ainda existe em muitos lados mas que está "desaparecido" noutros por força da ditadura da aritmética que obriga a juntar forças que sem esse contexto provavelmente não se juntariam.
Mas é ,também, um tónico revigorante ver tanta gente com a nossa bandeira e o nosso hino, unida pelos nossos valores, num tempo em que alguns por conveniências meramente pessoais renegam o que defenderam toda a vida.
Depois Falamos

6 comentários:

  1. Caro Cirilo:
    As bandeiras laranja e o nosso hino ainda entusiasmam os 'velhotes', como nós, que se lembram de Sá Carneiro e do quão difícil foi implantar um partido, no meio do terror dos comunistas e do desdém dos socialistas.
    Temo, no entanto, que, quando os votantes de Sá Carneiro, mais meia dúzia de militantes morra, o partido se vá. E aquilo que é a matriz do PPD -liberdade e justiça social se vá. Assisto, neste momento, e em todo o mundo, ao crescimento da intolerância, da violência e da mentira -tenho de andar de site em site estrangeiros, na maior parte, para saber o que se passou. As agendas socio-políticas de algumas organizações que ninguém escrutina, ou elegeu, são tenebrosas.

    Quanto a Portugal, e depois da geringonça -uma união radical das esquerdas- em que se veem tiques de intolerância, de perseguições histéricas, numa total falta de racionalidade-, o PPD faz falta e de que maneira. Mas o nosso 'tecido' foi apanhado por tontos, controlados por, ou boys do PS.

    Quanto à campanha PSD de Lisboa, o Cirilo é que tinha razão quando me disse que ela iria começar no dia 2/10. Estamos sentados, e o Cirilo bem em Portugal, a ver

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  2. Cara il:
    De facto a situação é cada vez mais preocupante.
    E no PSD os que são do tempo do PPD e de Sá Carneiro, como é o nosso caso,tem cada vez mais dificuldade em reconhecer-se em muitas das coisas que se vão passando no partido.
    Acredito que precisamos de uma quase refundação, ideológica e não só (por exemplo não permitindo que se seja militante com a facilidade com que sé hoje)mas não vejo gente para isso. Hoje o partido está cada vez mais entregue a "funcionários" politicos que se limitam a fazer aquilo que for necessário para manterem os seus lugares. Há cada vez menos debate, menos discussão interna,menos critérios de exigência. Tenho várias ideias de como seria possível inverter isto mas ficam para mim porque não vale a pena querer ser "D-Quixote". Digo-lhe apenas que uma boa reforma estatutária ajudaria. Por exemplo proibindo a acumulação de cargos no partido e no Estado fosse no Parlamento, nas autarquias ou no Parlamento Europeu. Acha que alguma vez isso seria aprovado?
    Eu acho que não.

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  3. Caro Cirilo:

    Nem pense!
    Já agora um outra 'maluquice': retirar durante 5 anos os direitos de eleger e ser eleito todos que não cumpram os estatutos. Os responsáveis por listas feitas, não sei onde, nem por quem e aprovadas por ninguém.
    Ou ainda que sejam eleitos militantes sem as quotas pagas...e todos os que fingiram não ver. Em Lisboa isto tudo é como fogos no Verão -bué da.

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  4. Cara il:
    E porque não?
    Bem como aqueles que são expulsos ser vedada a reinscrição no partido durante dez anos.
    Actualmente é uma pouca vergonha.
    Alguns são expulsos numa secção por integrarem listas adversárias e no dia seguinte vão filiar-se na secção ao lado

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  5. Caro Cirilo:
    Fazemos uma copy paste disto e mandamos ao Pedro. Ná, era retirada de circulação antes de lá chegar -entra a 'portaria' e o gabinete. Afinal há desnível e subir custa...

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  6. Cara il:
    E ele bem precisa de ouvir o povo

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