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sexta-feira, julho 28, 2017

Cães na Praia

Em primeiro lugar devo dizer que gosto de cães.
E que tenho pena de nunca ter vivido numa casa com jardim próprio que me permitisse ter um cão, que seria certamente um pastor alemão ou um labrador, com as condições de conforto e espaço que um animal necessita.
Mas o gostar de cães não significa que goste de os ver em todo o lado e menos ainda aturar os cães dos outros em espaços onde eles legalmente não podem estar.
Como é o caso das praias.
Que sendo concessionadas, com vigilantes e tendo à entrada o aviso bem claro de proibidas a cães são ainda assim frequentadas por cães com donos que se julgam acima da lei e ,pior que isso, acham que todos os frequentadores da praia tem de aturar os cães deles.
A ladrarem, a correrem, a fazerem as suas necessidades, a meterem o focinho onde lhes apetece.
Em suma a incomodarem.
Boa parte deles sem sequer estarem presos por uma trela e alguns, ao contrário do que a lei ordena face às raças consideradas perigosas, sem usarem o açaime.
Uma bandalheira.
E embora a lei preveja coimas bem pesadas, que podem ir até aos 2.500 euros se não estou em erro, a verdade é que ninguém fiscaliza, ninguém impõe autoridade, ninguém quer saber do assunto para coisa rigorosamente nenhuma.
Até ao dia em que aconteça uma desgraça.
O que em praias bastante frequentadas e com muitas crianças a correrem de um lado para o outro,às vezes bem longe da vigilância dos pais, até nem é, infelizmente , muito difícil de acontecer .
E claro, bem à portuguesa, depois da casa roubada tratar-se-à de pôr trancas à porta.
O que seria desnecessário se os possuidores de cães tivessem todos a educação e o civismo necessários ao simples cumprimento das leis.
Depois Falamos

3 comentários:

  1. ... e se fosse só nas praias ... é nas praias, é nos parques, onde uma pessoa não pode correr descansado porque não raras vezes lá vem um cão, ou , se não vemos onde pomos os pes ,lá calcamos o que não seria suposto.
    Alguns donos de cães fazem-me lembrar aqueles fumadores que acham que não incomodam ninguem, ou que não têm culpa que o prazer deles incomode os outros.

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  2. Caro Cirilo:
    Também gosto muito de cães e gatos e da bicharada quase toda.
    O que diz em relação à falta de fiscalização é mais um sintoma da demissão do Estado. Levam-nos 50% do n/ ordenado e não nos defende. Aqui são os cães e os fogos; no resto da Europa são as hordas de migrantes, a marchar de um lado para o outro, a atacar tudo e todos e os estados: nada.

    Vi imagens assustadoras da Suíça. Milhares de pessoas a caminhar por uma rua/estrada local, todas na mesma direção e os nativos a olhar para aquilo. Milhares e milhares em filas, sem polícia, nada. Fiquei impressionada: não era uma fronteira, não era um espaço com senhoras que pudessem atacar -iam, só isso, iam sem destino aparente e claro tenho medo que o descalabro cá e lá descambe na justiça popular.

    Isso, a ausência de Estado, é o fim da civilização

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  3. Caro Anónimo:
    É exactamente isso.
    Pessoas que não percebem que a liberdade delas termina onde começa a dos outros.
    E isto não tem a ver com gostas ou não de animais mas apenas com o respeito pelas pessoas.
    Cara il:
    Quanto aos cães de facto o Estado é fraco a fazer cumprir as próprias leis. E quando assim é...
    A questão que refere dos migrantes é hoje um dos grandes problemas que se põe à Europa e ao qual a Europa parece não saber o que fazer. E dificilmente o problema, por este caminho, deixará de ter nefastas consequências.

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