Terminou a taça das confederações.
E sobre ela, em jeito de balanço, farei três comentários.
O primeiro é que se trata de uma prova de pouco interesse, com participantes de valor demasiado desequilibrado para serem apenas oito equipas e que sujeita os jogadores dos grandes campeonatos da Europa e América do Sul a um esforço extra que depois passa facturas pesadas.
Nalguns casos, que não na Alemanha que seguiu outra estratégia e mesmo assim ganhou a prova, os principais jogadores de Portugal e Chile depois de disputarem o Europeu/Copa América o ano passado tiveram agora esta taça e para o ano, desejavelmente, o Mundial.
O que significa três épocas consecutivas de épocas excessivamente grandes e com pouco descanso.
O segundo tem a ver com a participação de Portugal.
Obviamente que depois do Europeu a expectativa era que Portugal fosse um dos candidatos a vencer esta prova.
E foi.
Apenas a derrota nos penáltis face ao Chile a impediu de jogar a final ,e quem sabe vencê-la, mas mesmo sem ter atingido esse objectivo a sua participação foi claramente positiva e a sua presença num pódio ao lado do campeão do mundo e do campeão sul americano prova isso.
De salientar que a equipa portuguesa no capitulo do cansaço foi a mais massacrada porque além de constantes viagens entre cidades para a disputa dos jogos (que raio de organização...)ainda teve de fazer dois jogos consecutivos com prolongamento o que é raríssimo em alta competição.
E dois jogadores, Rui Patrício e Eliseu, fizeram mesmo as quatro horas de jogo em três dias o que é de uma enorme violência especialmente no caso do lateral que é um jogar de campo e portanto sujeito a maior desgaste que o guarda redes.
O terceiro apontamento é sobre a Alemanha.
Que venceu com todo o mérito esta competição e deixou excelentes indicações para o Mundial que aí vem.
Low teve como estratégia não convocar os principais jogadores (apenas três dos habituais foram chamados), para lhes permitir umas férias normais, e chamou alguns jovens e outros jogadores menos ou nunca convocados para lhes dar a oportunidade de se mostrarem .
E ganhou a aposta a dobrar.
Porque ganhou a competição e porque muitos desses jogadores agarraram a oportunidade e certamente que alguns deles estarão nos 23 convocados para o Mundial de 2018 reforçando uma já de si fortíssima selecção.
É este o curto balanço que se me oferece fazer sobre uma competição que, em bom rigor, me parece ter muito poucas razões para existir.
Depois Falamos
A Alemanha, mais uma vez, mostrou como se prepara uma equipa!
ResponderEliminarEm vez de levar jogadores tarimbados no lugar, apostou em novos jogadores de quem se vai falar muito no futuro.
Portugal, em vez de levar jogadores como Miguel Silva, Bruno Gaspar, Andre Andre, Guedes, Ruben Neves, etc, decidiu levar os mesmos do costume, fazendo jus à regra do "E tiro quem?"
Porque jogadores como Beto, Nelson Semedo e Neto dão garantias mais do que suficientes garantias! Bastou ver as "belas" exibições dos dois defesas no jogo de sábado...
Caro Saganowski:
ResponderEliminarÉ verdade o que dizes mas é igualmente verdade que a base de recrutamento deles é muito maior que a nossa e por isso salvo dois ou três jogadores de categoria supeior bem podem fazer duas equipas de valor idêntico. Repara que o Manuel Neuer não foi mas o guarda redes titular foi o guarda redes do Barcelona.
Mesmo assim F.Santos podia e devia ter dado oportunidades a outros jogadores.
E Bruno Gaspar era um deles.
Quanto a Luís Neto acho-o um bom jogador. Foi infeliz no auto golo mas de resto cumpriu bem