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segunda-feira, junho 05, 2017

Tri

O meu artigo desta semana no zerozero.

Este tri não se refere  a nenhum encadeamento de títulos, como comummente se usa (tri, tetra, penta…), mas sim à oportunidade de num único fim de semana já em fim de temporada se poder assistir a rês excelentes jogos de futebol.
Com as seleções de Portugal e o melhor jogador português , e um dos dois melhores do mundo, neles envolvidos.
Comecemos pela selecção A.
Que ainda tem dois compromissos extremamente importantes antes de férias e que passam por um jogo na Letónia que é essencial vencer para manter intactas as hipóteses de apuramento directo para o mundial 2018 e pela participação na taça das confederações para a qual se apurou enquanto campeão europeu.
Portugal defrontou em jogo de preparação o Chipre, uma selecção de terceiro plano europeu (como a Letónia) mas que já nos causou amargos de boca como aquele empate a quatro golos em Guimarães no arranque para o apuramento do Euro 2012, e venceu com tranquilidade por um 4-0 que deixou boas perspectivas para o embate com os letões.
Até porque a selecção nacional alinhou com uma equipa em que faltavam potenciais titulares e faltava, essencialmente, Cristiano Ronaldo que é uma ausência cujo peso ninguém ignorará face ao que tem sido o seu contributo para a selecção e à categoria que o mundo lhe reconhece.
Foi oportunidade para algumas experiências, para dar oportunidades a alguns jogadores menos utilizados, e para confirmar o bom momento de alguns deles como foi o caso de João Moutinho , André Silva e Pizzi que pese embora terem uma cumprido uma época extremamente exigente chegam a Junho ainda com bastante “pulmão”.
Aguarda-se um triunfo na Letónia e uma participação ambiciosa na taça das confederações que poderá muito bem representar o adeus à selecção de alguns dos convocados de Fernando Santos.
Ainda nas selecções uma palavra para o muito aceitável campeonato do mundo de sub-20 feito por Portugal.
A selecção não começou bem este torneio na Coreia do Sul, e num escalão em que temos excelentes pergaminhos, com uma derrota face à Zâmbia e um empate com a Costa Rica a antecederem um sofrido triunfo frente ao Irão que lhe permitiu o segundo lugar no seu grupo e o apuramento para os oitavos de final da competição.
Ai chegada venceu categoricamente a selecção anfitriã, com a sua melhor exibição até então, apurando-se para os quartos de final e lembrando pelo percurso (e pela melhoria exibicional com a prova a decorrer) a selecção A no europeu de França.
Infelizmente nos quartos de final baqueou nas grandes penalidades perante o Uruguai, grande candidato ao triunfo final, e terminou assim um percurso em que chegou a ser possível acalentar sonhos bem dourados.
Deixando duas notas para ponderar.
Uma é que Portugal tem nesse escalão jogadores que prometem largo futuro.
Diogo Gonçalves, Dalot, Pêpê, Xadas e Alexandre Silva por exemplo.
Mas  há mais como o “repescado” Hélder Ferreira que fez um golo e deixou boas indicações para o futuro.
A outra nota é para as grande penalidades.
Que não são nenhuma lotaria, como às vezes gostam de lhes chamar, mas sim uma questão de competência de quem as marca. E nesse capítulo alguns portugueses não foram competentes.
O terceiro jogo deste fim de semana, mas o mais importante a nível de clubes em termos mundiais, foi a final da Liga dos Campeões disputada em Cardiff entre Real Madrid e Juventus e que centrou a atenção de muitos milhões de telespectadores em todo o mundo.
De um lado o maior “papa taças” da Champions com onze no palmarés e do outro uma equipa que já venceu a prova por duas vezes mas também a tinha perdido em seis ocasiões o que lhe dá o triste recorde negativo de ser a equipa que mais finais tinha perdido logo seguida por Benfica e Bayern com cinco cada qual.
E se o jogo prometia a verdade é que não desiludiu.
Uma boa primeira parte com grande equilíbrio mas ligeira supremacia da Juventus que bem podia ter chegado ao intervalo a vencer caso tivesse sido mais eficaz na concretização das oportunidades de que dispôs após Mandzukic ter respondido de forma espectacular ao golo inicial de Ronaldo.
A verdade é que o intervalo fez bem a espanhóis e muito mal a italianos.
E numa segunda parte completamente dominada pelos madridistas o Real construiu um resultado dilatado mas justo que a ninguém terá deixado duvidas quanto à justiça no vencedor da presente edição da Liga dos Campeões.
Décima segunda taça para o Real Madrid e mais alguns recordes para o espantoso jogador que Ronaldo é.
Melhor marcador desta edição da Liga dos Campeões, melhor marcador da Champions pela sexta vez (quinta consecutiva), melhor marcador de sempre da prova, primeiro jogador a marcar em três finais e com os dois golos desta final atingiu a espantosa marca de 600 golos em 855 jogos oficiais.
Definitivamente um jogador com lugar assegurado nas grandes lendas do futebol.
E com a selecção A em bom plano frente a Chipre e Ronaldo em momento de forma esplendoroso aumentam as possibilidades de Portugal fazer uma taça das confederações de grande nível e até ambicionar vencê-la pese embora as previsíveis dificuldades que lhe vão ser postas nomeadamente frente ao anfitrião Rússia.
Sem esquecer que primeiro é preciso derrotar a Letónia...

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