Foi um dia de poupanças.
Pedro Martins, com o Jamor no horizonte, alinhou com uma equipa de 1 a 11 dos menos utilizados poupando os habitualmente titulares para a final mas também "dizendo" a Rui Vitória com quem e como vai jogar no próximo domingo.
Embora em boa verdade no futebol de hoje, e ainda por cima em Portugal, já não existam segredos!
Do lado do Feirense, que desde a chegada ao comando técnico de Nuno Manta fez um belo campeonato, nada estava em jogo e o clube pela primeira vez no seu historial vai fazer duas épocas consecutivas no escalão maior o que justificaria que neste encerramento de campeonato tivesse uma atitude perante o jogo (e perante o público) completamente diferente da que resolveu adoptar e que passou por um vergonhoso anti jogo durante os noventa minutos.
Creio não me lembrar de nesta época, e em várias anteriores, a equipa médica do clube visitante ter entrado tantas vezes em campo para assistir jogadores que umas (poucas)vezes estavam lesionados e outras(muitas) a fingir lesões.
Em suma o Feirense "poupou" no respeito ao público que não vai ao futebol para assistir a palhaçadas daquelas
O Vitória por seu turno jogou como lhe é habitual, e nisso não se notaram diferenças em relação a alinhações anteriores, procurando jogadas pelos flancos e cruzamentos que permitissem situações de golo.
Não teve muita sorte, as coisa raramente saíram bem aos extremos embora Raphinha tenha sido mais produtivo que Sturgeon e por isso não foi excessiva surpresa o golo do Feirense ter sentenciado o jogo perante uma equipa vitoriana em que poucos olharam este jogo como uma forma de tentarem fazer parte das opções iniciais de Pedro Martins no Jamor.
Creio que sendo o Jamor a preocupação primeira, e isso justificando poupanças de jogadores, havia também um prestigio a defender (e já nem falo de recordes de pontos porque isso apenas tem valor estatístico) que passava também por um resultado moralizador e que atenuasse a memória do jogo da Luz que ainda "pesa" nos sub inconscientes.
Não foi assim,paciência, mas acredito que todos gostaríamos de a despedida em casa desta época tivesse outro "sabor" e o agradecimento ao espantoso apoio dos adeptos tivesse a cor de um triunfo e não de uma derrota frente ao Feirense.
Acredito que domingo à noite, no regresso do Jamor, a festa será a dobrar.
O árbitro Tiago Antunes fez um trabalho sem qualidade.
Aos 22 minutos perdoou ao Feirense claro penálti sobre Sturgeon e ao longo do jogo foi demasiado permissivo perante o anti jogo dos visitantes.
Deu apenas seis minutos de compensação quando o dobre seria bem adequado ao que se passou.
E assim terminou o campeonato com o Vitória a cumprir o objectivo de conquistar o "seu" quarto lugar.
Domingo é dia de por a cereja em cima do bolo e depois começar a preparar cuidadosamente uma época em que a equipa disputará cinco competições.
Depois Falamos.
Inadmissível o o árbitro ter deixado passar o pénalti sobre Sturgeon. Uma cotovelada, daquelas mesmo feias, que em alguns jogos até dá vermelho direto. Os comentadores da SporTv, com o seu gosto habitual de desdenhar do Vitória, nas repetições ficaram calados. Depois de terminadas as repetições lá disse um deles envergonhado: '...não me parece que tenha havido agressão...' Se fosse um jogador de vermelho, a sofrer aquela falta, o escândalo que não seria esta semana. Este campeonato está mesmo bem descrito no seu artigo desta semana no ZeroZero.
ResponderEliminarMiguel Leite
Caro Miguel Leite:
ResponderEliminarDe facto é um lance tão evidente que é incrível que não tenha sido marcado o respectivo penalti. Quanto aos comentadores também não me admira porque em regra, excepto quando se trata dos três estarolas, também tem muita dificuldade em darem opiniões firmes mesmo contra as decisões dos árbitros.