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segunda-feira, maio 08, 2017

Em Ritmo Jamor

Uma vez garantido o quarto lugar, de forma indiscutível e por mérito próprio, acredito que um dos maiores obstáculos que Pedro Martins tinha para este jogo com o Arouca era tirar da cabeça dos seus jogadores a final do Jamor.
Um jogo onde todos querem estar, como é evidente, pelo que naturalmente tentarão evitar lesões que o impeçam.
A verdade é que o treinador vitoriano, a avaliar pelos 90 minutos, não o terá conseguido totalmente.
Especialmente na primeira parte, muito mal jogadinha em abono da verdade, em que o Vitória produziu uma exibição abaixo do que lhe é normal com um futebol lento, pastoso, abusando ora dos passes para trás ora dos lançamentos longos mal feitos e sem conseguir chegar com um mínimo de perigo à baliza do Arouca.
Fruto de uma tarde desinspirada de Hernâni e Marega, de um primeiro tempo modesto de Bruno Gaspar, de um Hurtado em permanente "apagão" restou ao Vitória o bom futebol de Zungu e Rafael Miranda(com a ajuda de Konan) para tentar levar a equipa para a frente onde um desapoiado Texeira tentava fazer pela vida mas sem lhe chegarem bolas de golo.
Na segunda parte a equipa melhorou.
Especialmente com a entrada de Raphinha que joga para a frente, em velocidade, procura o 1x1e cruza da linha de fundo fazendo uma grande diferença em relação ao que se vinha vendo até então.
Também uma excelente segunda parte de Bruno Gaspar, ao nível a que nos habituou, deu ao Vitória uma segunda linha de flanqueamento pelo lado direito (Raphinha e Konan asseguravam a do flanco esquerdo) que foi criando sucessivos problemas ao último reduto de um Arouca que ofensivamente também não criava especiais problemas à defensiva vitoriana pese embora algumas jogadas bem ligadas quase sempre orquestradas por Crivellaro e Artur.
O golo acabou por aparecer numa jogada em Marega apareceu no sítio certo para finalizar e percebeu-se que a partir daí o resultado estaria feito,mais golo menos golo, porque o Vitória tinha o jogo controlado e a reacção do Arouca era demasiado débil para ter sucesso .
Em suma mais três pontos, sétima vitória consecutiva, perante um estádio cheio de vitorianos que quiseram mostrar à sua equipa a satisfação pela época feita e por um regresso ao "seu" quarto lugar.
O árbitro Gonçalo Martins não teve nenhuma influência no resultado mas aqui e ali complicou um jogo simples de arbitrar.
Inaceitável a sua tolerância perante 76 minutos (depois deu-lhe a pressa...) de anti jogo do guarda redes do Arouca fazendo com que nas bancadas todos nos lembrássemos de um "amarelo" mostrado a Douglas por um colega apitador ao 18 minutos de jogo em Chaves.

P.S. Foi justo, e muito bonito, o enorme aplauso dos vitorianos aquando da substituição de Rafael Crivellaro. Traduziu a gratidão a um jogador que sempre mostrou enorme profissionalismo quando envergava a nossa camisola. Profissionalismo e uma qualidade futebolística que mantém intacta.
Para nós será sempre o homem do genial passe para o golo de Soudani na final do Jamor de 2013.

2 comentários:

  1. Nos próximos, e últimos 2 jogos,espero que o treinador faça alinhar os habituais suplentes no lugar de alguns jogadores nucleares, que quase de certeza já estarão marcados para eliminar do jogo do Jamor.
    Especialmente evitar utilizar Hernâni, e o Marega - As pernas de um vão estar na mira do adversário directo da final, que vai aproveitar o próximo jogo para lhe encostar os caceteiros, que farão de tudo para o lesionar gravemente, e o feitio de outro propicio a perder a cabeça à minima provocação, que tentarão aproveitar para o enervar de forma a que seja expulso.

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  2. Caro Black Socker:
    Penso que Pedro Martins estará atento a isso e poupará os jogadores que podem ser as nossas mais valias no Jamor.
    Até porque o jogo de sábado para nós é para cumprir calendário

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