Ufa...Que sufoco!
Mas comecemos pelo principio que dá mais jeito.
O Vitória, em Chaves, depois do jogo da semana passada para a Taça de Portugal sabia ao que ia, ou seja, sabia que ia encontrar uma boa equipa,aguerrida e ambiciosa, ansiosa por demonstrar que era ela e não o Vitória que devia marcar presença no Jamor.
E também sabia que contra o Tondela, por mais argumentos de "gestão inteligente" que tenham sido esgrimidos, tínhamos feito uma muito má segunda parte em que só por manifesta fortuna o triunfo não nos fugiu.
E a primeira parte do Vitória foi a de quem tinha aprendido a lição e estava avisado para os riscos.
Controle de bola, boas saídas para o ataque, defensivamente a controlar o adversário e uma grande eficácia na finalização que permitiu ir para o descanso com a confortável (pensava-se...) vantagem de três golos no marcador.
Como o Vitória é uma equipa que se dá bem em contra ataque, fruto da velocidade dos seus homens mais avançados, e o Chaves a perder por três golos ia ter de arriscar tudo por tudo era mais provável ser o Vitória a aumentar a vantagem do que o seu adversário a diminui-la.
Cruel ilusão.
Porque o Vitória da primeira parte ficou nas cabines e o que subiu ao relvado foi uma versão ainda pior do Vitória da segunda parte com o Tondela!
Uma equipa nervosa, hesitante, incapaz de manter a bola em três passes consecutivos, sem ligar uma jogada de ataque, a defender pessimamente pelas laterais, sem criar um único lance de perigo em toda a segunda parte, enfim, uma pálida e triste caricatura da equipa que se exibira no primeiro tempo.
Claro que o Chaves percebeu a tão estranha quanto inesperada insegurança vitoriana.
E fez o seu trabalho pressionando alto, atacando alternadamente por um e outro flanco, criando sucessivas situações em que apenas Douglas e a falta de pontaria evitavam o golo flaviense, dominando por completo uma atarantada equipa vitoriana que parecia presa aos piores fantasmas do jogo da taça.
E o golo acabou por aparecer.
Em fora de jogo,é verdade, mas validado pela equipa de arbitragem (o Vitória já sabe que deste "artista" só pode esperar o pior) a que se sucedeu dois minutos depois outro golo face a uma defensiva vitoriana completamente aos papeis e a fazer recear o pior.
Que só não aconteceu porque Douglas fez três ou quatro enormes defesas a segurar os três pontos e assumindo-se como a grande figura da equipa a quem disse "presente" quando a equipa mais precisou dele.
Foram vinte minutos finais, desde o segundo golo flaviense, de enorme sufoco com uma equipa vitoriana encostada às cordas e o terceiro golo adversário a ameaçar aparecer a qualquer momento tal o inexplicável "apagão" dos homens de Pedro Martins que nem mesmo com as alterações que fez na equipa conseguiu inverter a situação.
Vencemos e isso era o objectivo primeiro.
Mas não é só porque se ganha que se pode considerar que tudo está bem, como alguns pretendem fazer crer, porque a regularidade exibicional em padrões compatíveis com uma equipa que luta pelo quarto lugar e pela conquista da Taça de Portugal ficou muito aquém do exigível.
No jogo de taça fizemos uma má exibição e estivemos à beira do KO que só a defesa de Douglas no penalti evitou; com o Tondela depois de uma boa primeira parte foi aquele segundo tempo fraco e hoje mais uma vez fizemos uma boa primeira metade e depois a segunda parte deve ter sido a pior exibição do Vitória em toda a época.
Ganhamos dirão aqueles que não querem ver para lá do resultado.
Pois ganhamos e ainda bem.
Mas numa semana sofremos cinco golos do Chaves, fizemos três exibições de brutal contraste entre altos e baixos e vimos uma equipa sem estabilidade emocional nem capacidade de reacção quando as coisas correm mal.
E isso é muito preocupante.
Em termos de quarto lugar, e face ao empate entre Braga e Porto, estamos no "nosso" lugar com dois pontos de vantagem e a dependermos apenas de nós para a sua conquista com três jogos em casa (Boavista, Arouca e Feirense) e duas saídas ( Setúbal e Benfica) o que em condições normais não se pode considerar como nada de muito difícil.
Mas por condições normais temos de considerar um Vitória como o da primeira parte no jogo todo porque de contrario vamos ter cinco jogos de elevadíssimo grau de dificuldade e resultados completamente imprevisíveis.
Domingo, face ao Boavista, é imperioso que a equipa dê uma resposta positiva às duvidas e ansiedades que ela própria criou nos adeptos.
Depois Falamos.
P.S. Penso que mesmo aqueles que acham que o que interessa é apenas o resultado e os três pontos, alheios e indiferentes a todos os sinais preocupantes que a equipa transmite, terão alguma dificuldade em acreditar que esta equipa das "segundas partes" tenha possibilidade de vencer o Benfica no Jamor.
E esse também é um objectivo importante!
Mas estamos a gerir bem as coisas por fora...aquele amarelo ao Fábio Martins no Funchal....e agora estes 3 que cumpre castigo na mata real no próximo fim de semana dados pelo senhor da macron,o mesmo senhor que à 8 dias não viu aquele penalti ao minuto 25 com o John murillo.
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarGerisse o Vitória por fora e se calhar podia lutar por mais qualquer coisa.
O Vitória não precisa de ajudas de arbitragem, nem de gerir seja o que for por fora. Precisamos é de não ser roubados e que sejam justos connosco, como deveriam ser com todos os clubes. Se assim fosse já teríamos sido campeões
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarÉ também essa a minha opinião