O Nosso 14

A equipa vinha de apanhar ,em Chaves, um grande susto que quase lhe custara a ansiada final do Jamor.

Muito por força de uma exibição abaixo do que lhe é normal e em que só a uma defesa de Douglas e um golo de Marega impediram a sua eliminação frente a um Chaves que acreditou até ao fim e quase conseguiu o seu objectivo.

E por isso face a um Tondela que já o surpreendera na primeira volta esperava-se um Vitória a todo o gas para espantar fantasmas e reentrar no caminho dos triunfos que é indispensável à conquista do quarto lugar.

E esse foi o Vitória da primeira parte. Ofensivo, a jogar bem, a marcar e a ficar a dever a si próprio vários golos.

Na segunda parte foi o contrário e quase deitou tudo a perder.

Sendo certo que as poupanças de Pedro Martins (Josué, Rafael Martins e João Aurélio) me pareceram adequadas e não foi por elas que o Vitória venceu à tangente. Foi mesmo o desperdício de golos na primeira parte e a má exibição na segunda.

Individualmente.

Douglas:Exibição tranquila sem problemas de maior.

Bruno Gaspar: Até começou bem com um remate ao poste aos três minutos e depois algumas boas iniciativas atacantes. Na segunda parte muitas dificuldades para travar os adversários e várias vezes batido em velocidade.

Prince: Bem na antecipação e no desarme, usando o seu poderio atlético, mas mal a entregar a bola.

Pedro Henrique: Foi, especialmente na segunda parte, um autêntico bombeiro acorrendo a dobrar os colegas imensas vezes. Uma bela exibição de um central em grande forma.

Konan: Muito precipitado nalgumas ocasiões teve perdas de bola nas saídas para o ataque que com outro adversário podiam ter dado problemas.

Rafael Miranda: Não parece em forma. Lento e pouco esclarecido a distribuir jogo.

Zungu: Na primeira parte esteve bem a levar a equipa para a frente. Na segunda denotou falta de poder de recuperação e abriu espaços que desequilibraram a equipa.

Hurtado: Boa exibição a comandar as iniciativas atacantes e a abrir a defesa com passes bem medidos. Quando saiu deu-se pela sua falta.

Hernâni: O jogo não lhe saiu bem. Falhou duas ou três boas oportunidades e revelou algum egoísmo na hora de decidir as jogadas. De positivo a excelente assistência para o golo de Hurtado e uma entrega sem mácula-

Texeira: Boa exibição. Um golo, quase outro, e uma notável capacidade de jogar simples,ao primeiro toque, sem complicar nem perder a bola. Se melhor assistido teria feito mais golos. Um jogador que o Vitória deve segurar.

Marega: Muito esforço mas pouco discernimento. Alguns remates sem direcção.

Foram suplentes utilizados:

Raphinha: Algumas correrias inconsequentes.

Tozé: Pouco se viu a atacar mas em termos defensivos ajudou a evitar o pior.

Célis: Tal como Tozé entrou para ajudar a estabilizar a intermediária. O que contra o Tondela diz bem das dificuldades da segunda parte.

Não foram utilizados:

Georgemy, Rúben Ferreira, Josué e Sturgeon

Melhor em campo: Hurtado

Não foi pelas poupanças de Pedro Martins, poucas e adequadas neste jogo, que o Vitória teve tantas dificuldades em vencer o Tondela depois de uma primeira parte em que podia ter feito quatro ou cinco golos.

Creio que faltou atitude e houve algum excesso de confiança a contribuir para isso.

Do mal o menos que se conquistaram os três pontos e se segurou o quarto lugar que é o grande objectivo da época.

Mas ficou o alerta, que aliás já vinha de Chaves e não terá sido totalmente assimilado, que é preciso mais concentração e menos confiança em excesso.

E o regresso a Chaves, no próximo sábado, para defrontar uma equipa ferida e que quererá demonstrar que era ela que merecia o Jamor será um grande teste ao Vitória candidato ao quarto lugar.

Depois Falamos