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domingo, março 31, 2013

O Drama de Descer

Já neste blogue muito escrevi sobre  a equipa B do Vitória e a importância que tem para o nosso projecto desportivo.
Não me vou estar a repetir, porque já não vale a pena, mas quero precisar as razões pelas quais me parece um "drama" se ela não se mantiver na II liga para a qual foi projectada e onde melhor pode servir os interesses globais do clube.
Sem precisar de pensar muito, de tão óbvio que é, adiantarei uma dúzia de razões pelas quais seria melhor que esse "drama" não se verificasse:
1) A II B é uma divisão menos profissional. Estádios,árbitros,balneários são piores que na II liga. Atrasa a integração dos jovens nas divisões profissionais.
2) O futebol da II B é diferente da II liga e muitisisimo diferente do praticado na divisão principal. Em bom rigor torna muito mais difícil a ascensão de um jovem á equipa principal.
3)É muito mais difícil subir da II B á II liga do que manter-se. Para ficar basta classificar-se nos primeiros 19 lugares. Para subir tem de ser o primeiro na série e depois ficar nos dois primeiros do play off.
4)Para jogar com sucesso na II B são precisos jogadores experientes, matreiros com hábitos dessa divisão. Prejudica o projecto desportivo conforme idealizado e roubam espaço aos jovens talentos da nossa formação.
5)Uma equipa a jogar na II B é muito menos atractiva do que na II liga. E isso pode dificultar a captação de jovens talentos para o clube que actualmente vêem na nossa equipa B uma porta aberta para a A. Ou pensam que o Hernâni, por exemplo, preferiu o Vitória ao Braga por qualquer outra razão?
6) A descida de divisão vai significar um enorme passo atrás para muitos dos nossos actuais jogadores que ainda não subirão na próxima época á equipa A. De estarem á porta do topo passarão para o "inferno" de uma II B.
7) Com a equipa B na II B não vai ser nada fácil convencer jogadores da A a irem lá jogar quando for preciso. Nem que seja para adquirirem a melhor forma. É ,aí sim, uma despromoção tremenda.
8) A II B tem muito menos visibilidade que a II Liga. Não há hipótese de negociar qualquer receita de televisão e torna-se muito mais difícil a obtenção de patrocínios para a equipa.
9) A jogar na II B é muito difícil que um jovem esteja preparado para a qualquer momento jogar pela A como aconteceu esta época,até agora, a uma dúzia deles. Ou seja, a A perde o "air bag" que lhe pode ter salvo a vida este ano.
10)Jogando na II B os jovens terão menos visibilidade e por isso terão menos oportunidades de jogarem nas selecções nacionais e consequentemente valorizarem-se e valorizarem os activos do clube.
11) Num clube com as dificuldades financeiras do nosso uma descida de divisão tornará os jovens talentos mais permeáveis aos "cantos de sereia" que já hoje os perseguem por todo o lado. O argumento será sempre que eles são demasiado bons para jogarem numa II B. E são!
12) Com a equipa B na II B o clube perde dimensão competitiva face aos outros clubes que possuem equipas B na II liga o que significa que alguns "fossos" se vão alargar.
Creio que são razões suficientes, embora haja mais, para que se faça tudo o que seja possível para evitar a descida de divisão.
E esse esforço não só ainda é possível como depende apenas da gestão desportiva que se faça do grupo de jogadores ao serviço do Vitória Sport Clube.
Nunca como agora foi tão decisivo afirmar a importância da "floresta" como um todo em detrimento da valia individual de cada "árvore".
Depois Falamos

P.S. Há uma outra razão, (quase) só sentimental, para desejar que se faça tudo pela manutenção da B.
É que é uma vergonha uma equipa do Vitória descer!
Seja em futebol, basquetebol,voleibol,pólo aquático, ténis de mesa, natação, kickboxing, atletismo,ciclismo, judo, boxe ou futebol de praia.

Um Bebé Adulto

Confesso que poucos jogadores me impressionaram tanto á primeira vista como este Bebé chegado a Guimarães na pré temporada de 2010-2011.
Vi-o fazer três jogos de preparação(oficialmente nunca jogou pelo Vitória) com Benfica, Varzim e Tirsense e fiquei desde logo convencido não só da excelência da contratação como também da qualidade que iria dar á equipa dado que Manuel Machado parecia (e muito bem) apostar nele de caras.
Depois foi a transferência para o Manchester United ,por valores nunca vistos no clube ,e que para além de nos privar de um excelente jogador criou "optimismos" financeiros que nos saíram caríssimos como se sabe.
De Bebé no MU sabe-se de uma primeira época interessante, com várias aparições na primeira equipa e golos marcados (um na champions), mas no inicio da época 2011-2012 uma grave lesão ao serviço da selecção de sub 21 prejudicou-lhe a afirmação no clube inglês e acabou a época no Besiktas sem qualquer saliência.
Esta época o clube inglês entendeu emprestá-lo ao Rio Ave (nem vale a pena dizer por influência de quem) e Bebé está a confirmar tudo que se sabia mas chegou a temer-se perdido por razões que para aqui não são chamadas.
Um jogador rápido, explosivo até, de excelente técnica e tão bom a finalizar quanto a assistir os colegas para finalizações destes.
Ontem, na Luz, mais uma excelente exibição em que por várias vezes fez "gato sapato" da defensiva benfiquista nomeadamente naquele genial lance da segunda parte em que arrancando do seu meio campo passou por toda a gente que lhe apareceu e apenas Artur Morais conseguiu evitar "in extremis" um golo que seria fabuloso.
Ao nível, sem exagero, de Ronaldo ou Messi.
Aos 22 anos, fisicamente mais forte(em Inglaterra e especialmente no MU,veja-se Ronaldo, não brincam ), e com as qualidades técnicas que possui Bebé pode ter o mundo do futebol aos seus pés.
Basta querer.
E até para chegar á selecção nacional, que já justifica, não terá problemas.
Afinal o seu empresário chama-se Jorge Mendes!
Depois Falamos

sábado, março 30, 2013

Tristeza!

Foi com tristeza, e uma decepção que não sei medir neste momento, que tomei conhecimento da lista de convocados de Luiz Felipe para o jogo de amanha com a Naval 1º de Maio que é absolutamente decisivo para a nossa permanência na II Liga.
Como é sabido, de há muito tempo e pela ordem natural das coisas, Rui Vitória pode escolher os seus convocados dentro dos 45 ou 46 jogadores profissionais do clube e Luiz Felipe pode escolher entre os que sobram.
Para amanha "sobraram" estes:
Guarda-redes: Assis e Palha
Defesas: Freire, Amorim, Lemos, Gonçalo e Touré
Médios: Siaka Bamba, Josué, Bruno Alves, Zazá e João Pedro
Avançados: Marco Matias, Indio, Tiago Almeida,Diogo Lamelas, Areias e Hernâni .
Ou seja para um jogo em que o triunfo é vital apenas um jogador normalmente utilizado na primeira equipa (Marco Matias) ,e nem sempre como titular ,foi "reforçar" a equipa B.
Não entendo este critério.
Não entendo que com a equipa A tendo o seu campeonato feito e estando com pé e meio no Jamor (o que lhe garante a Liga Europa) não tivesse existido uma aposta séria em ajudar a B a somar três pontos e continuar a lutar por uma permanência que é vital para o projecto desportivo do clube.
Porque quem disser que é igual a equipa B estar na II liga ou na II B está muito,mas mesmo muito, enganado.
Mais: Se não fora o essencial contributo da B quando a A "tremia" por falta de opções (o JN de hoje traz uma excelente reportagem sobre os 14 jogadores trabalhados por Luiz Felipe na B e já lançados por Rui Vitória na A) e nem haveria Jamor nem a posição tranquila e nos lugares cimeiros da I liga.
Mas com esses jogadores em permanência na B esta hoje estaria nos lugares tranquilos da classificação que a sua carreira fazia antever antes de ser o pronto socorro da equipa A.
Essa é a verdade dos factos.
Sou mais claro ainda:
Se tivesse de fazer essa opção preferia a manutenção da B do que o apuramento europeu da A.
Pela simples razão de que o projecto desportivo em curso (???) foi pensado para um médio prazo em que é vital que a equipa B seja o eixo da formação e projecção de jogadores para a equipa A de forma continuada para que o modelo de clube formador/utilizador/vendedor seja um sucesso.
Só depois valerá a pena pensar de forma consistente noutros patamares competitivos.
Por isso não entendo que podendo a A ajudar de forma significativa a B não o tenha feito.
É irrelevante, para o Vitória, o lugar em que a equipa A se classifica porque os objectivos estão atingidos e superados com brilho indiscutivel.
Mas não é irrelevante o destino da B.
Pelo menos para mim não é.
E  para Luiz Felipe(e respectiva equipa técnica) e os jogadores que aguentaram a B quando outros partiram para a A também não é de certeza absoluta.
Nem para os jogadores que subiram mas começaram a época na B e por ela deram muito do seu esforço de forma profissional e empenhada.
Gostava é de saber, sem ironia nem segundos sentidos para as  frases, é para quem dentro da estrutura Vitória Sport Clube é irrelevante o destino da equipa B.
Não sei.
Mas sei que como vitoriano estou triste e desapontado.
Depois Falamos.

P.S. Até face ás rescisões de três jogadores era preciso dar uma resposta diferente nesta convocatória.
Mostrar uma vez mais que há um grupo e duas equipas.
Ou havia?

quinta-feira, março 28, 2013

Equipa B

Esta imagem de entrada no site do Vitória tem uma particularidade muito feliz.
Traduz a realidade do que tem sido o Vitória nesta época de 2012/2013 e a sua bem sucedida aposta na juventude( e no futebolista português) através das equipas A e B.
Nela se podem ver sete jogadores do Vitória.
Seis portugueses (Baldé, Tiago Rodrigues, Ricardo, Luis Rocha, Paulo Oliveira e André mais ao fundo) e o brasileiro Crivellaro.
E todos eles com idade para jogarem na equipa B (de onde,aliás, quatro vieram) sem neessidade de recurso á excepção criada para jogadores com mais de 23 anos.
E este é agora o cerne da questão.
Conquistada(salvo cataclismo) a final do Jamor face ao Benfica(salvo cataclismo) está por consequência conquistado o acesso á Liga Europa.
O que significa em termos objectivos que é irrelevante a posição no campeonato da equipa A.
Pode ser o quinto, o sexto ou o sétimo pouco interessa porque o acesso ás competições europeias está garantido.
É tempo, pois, de sem hesitações nem reservas (em mais que um sentido) dar o tudo por tudo para salvar a equipa B da descida e assim salvaguardar o futuro do projecto desportivo do futebol vitoriano.
Porque é esse o interesse do Vitória e porque a equipa B já deu um contributo extraordinário á carreira da equipa A ao longo desta temporada e é justo, até para aqueles que nunca jogaram pela A mas deram sempre o "litro" pela B, que agora seja feito um esforço a sério para evitar a descida.
Quero com isto dizer que já não basta fazer jogar pela B os menos utilizados na A mas que é preciso por ao serviço da B os melhores jogadores disponíveis no plantel profissional do Vitória.
E dou já exemplos.
Trocando Douglas por Assis, Alex por Kanu , Barrientos por Bruno Alves a equipa que vai jogar sábado contra a Naval pode muito bem ser a que ontem no Restelo conseguiu por pé e meio no Jamor.
Eventualmente reforçada com Soudani que não jogou ontem e poupando Baldé.
Porque enquanto vitoriano, que teve alguma responsabilidade na definição do actual projecto desportivo do clube e olhou sempre para as equipas A e B como um todo, digo isto com toda a clareza:
Quero lá saber do resultado do jogo com o Nacional.
Quero é ganhar á Naval 1º de Maio.
É por esse jogo, e pela manutenção da equipa B, que passa neste momento o interesse primordial do Vitória.
Depois Falamos.

P.S. Repito o que já disse noutras ocasiões.
A equipa A será sempre a primeira prioridade do clube mas a B é a de maior importância estratégica num projecto desportivo que aponta para a formação e para o futebolista português como grandes objectivos.
Quem quiser percebe. Quem não quiser...

Esteios

Foto: www.vitoriasc.pt  / João Santos

É dos livros que uma equipa se constroi de trás para a frente, ou seja, parte-se da segurança defensiva para dar corpo a uma equipa ganhadora e ambiciosa.
Neste feliz fotografia do João Santos aparecem-nos dois jogadores basilares na tal segurança a defender que depois permite criar ambições a atacar.
Douglas e Paulo Oliveira.
Cada um com uma história diferente.
Douglas substituiu esta época, depois de dois anos a vê-lo jogar, Nilson como primeiro guardião das redes vitorianas e sabia-se que a herança era pesada porque o seu antecessor esteve sete anos no clube e foi um dos grandes guarda redes da nossa História.
De Douglas sabia-se ser bom, especialmente pelo que se lhe via nos treinos porque competição tinha pouca, mas veio a revelar-se...muito bom!
Fruto da qualidade que tem ,e do excelente trabalho que Luís Esteves (lá está quando não há dinheiro para contratar jogadores de topo mais vale contratar técnicos cuja qualidade transforme bons jogadores em jogadores de...topo)vem fazendo com ele, Douglas é hoje um dos melhores guarda redes da Liga senão mesmo o melhor.
Basta ver o rendimento que tem e a forma imperturbável como tem lidado com a tremenda rotação da defesa que joga diante dele ao ponto de entre laterais e centrais já por lá terem passado uma dúzia de jogadores!
Paulo Oliveira é outro caso.
"Feito" no clube esteve o ano passado em Penafiel (titularissimo no primeiro ano de sénior)e depressa se lhe vaticinou largo futuro no Vitória e no futebol português.
Regressou para integrar a equipa B e foi desde logo um sólido pilar numa defesa que foi durante muito tempo das menos batidas da liga de honra.
Trabalhou com profissionalismo, serenidade e seriedade e foi-se impondo no grupo ao ponto de Rui Vitória o ir chamando á equipa principal nalgumas convocatórias sem que se lhe visse má cara ou contrariedade quando regressava á B.
Em Dezembro, com a saída de Defendi e a CAN, agarrou a oportunidade e fixou-se como titular da equipa A e creio que só de lá sairá quando deixar o Vitória espero que a caminho de um clube estrangeiro.
Mais cedo ou mais tarde, especialmente se as convocatórias de compadrio da selecção acabarem, creio que chegará com naturalidade á selecção A e por lá ficará uns bons anos porque a sua qualidade é das que não engana.
Dois jogadores, Douglas e Paulo Oliveira, essenciais ao Vitória dos próximos anos.
Depois Falamos

Mais do Mesmo

Não vi a entrevista de Sócrates à RTP.
Por duas razões:
A primeira é que no mesmo horário estava a ser transmitido na sporttv o Belenenses-Vitória e a opção era tão óbvia que me dispenso de a explicar.
A segunda é que tal como todos os portugueses já "dei" para aquele peditório e pouco me interessam as manobras de branqueamento do passado.
Mas vi na sic noticias um bom programa de comentário á entrevista.
Com Miguel Sousa Tavares,José Gomes Ferreira, Ricardo Costa e José Miguel Júdice.
Durante o qual passaram excertos da mesma.
E lá estava o Sócrates do "costume".
Arrogante, convencido da sua verdade, mesquinho ,vingativo e absolutamente incapaz de reconhecer os seus erros e mostrar um arrependimento,ainda que mínimo, por eles.
Em suma mais do mesmo.
Que se já não deu bom resultado da primeira vez também não daria da segunda se os portugueses caíssem na asneira de lha permitir.
Depois Falamos

P.S: Gostei do ênfase com que negou uma eventual candidatura a Belém. Lembrou-me irresistivelmente Mário Soares, no jantar dos seus 80 anos, a gritar "nunca mais". Todos sabemos o que fez escassos dias depois...

O "Patinho Feio"

Rafael Crivellaro chegou ao Vitória no tempo de Manuel Machado juntamente com mais um lote de jogadores cuja maioria, por esta ou aquela razão, acabou por não se impor.
Depois de umas esporádicas aparições na equipa acabou por desaparecer das convocatórias e mergulhou numa obscuridade que parecia não ter fim.
A época passada esteve emprestado ao Trofense onde também não atingiu um plano de grande destaque alternando a titularidade com o banco.
No inicio desta época foi, com alguma naturalidade, integrado na equipa B dado que Rui Vitória não encontrava espaço para ele no plantel principal.
Não tanto pelas suas qualidades técnicas mas mais, ao que suponho, pelo facto de ter muito pouca intensidade nas suas acções e "desaparecer" do jogo com alguma frequência.
Na equipa B não teve vida fácil.
Quer pela concorrência de um lote de jovens talentos com "sangue na guelra",como costuma dizer-se, quer pela elevada exigência de Luiz Felipe que notoriamente não estava habituado a encontrar no passado.
Alternou a titularidade com o banco( e ás vezes a bancada!), as boas exibições com os tais períodos de penumbra que tanto prejudicavam a sua definitiva afirmação.
Uma coisa é certa: nunca desistiu de trabalhar e aceitou sempre de forma disciplinada as decisões do treinador.
Um conjunto benéfico(para ele ) de circunstâncias, desde a CAN a lesões e saídas passando pelo próprio trabalho diário do jogador, abriram a porta a que Rui Vitória lhe desse uma segunda oportunidade em termos de equipa A.
Desde Dezembro que é presença em todas as convocatórias e tem sido chamado em praticamente todos os jogos(ainda não foi titular ) muitas das vezes como primeira opção.
E Crivellaro tem sabido corresponder á confiança dos seus treinadores.
Desde o sensacional golo á Naval 1º de Maio para a taça da liga, passando por várias assistências para golo (hoje mais uma), a qualidade do seu futebol tem vindo a impor-se e regra geral a sua entrada em campo tem reflexos positivos na equipa.
Porque mantendo a qualidade técnica que já se lhe reconhecia a ela juntou a tal intensidade que durante tanto tempo lhe faltou.
Ainda é cedo para sabermos se o "patinho feio" se vai transformar definitivamente num belo cisne.
Mas que ele tem feito muito por isso...lá isso tem.
E todos, jogador e clube, tem muito a ganhar se continuar neste caminho de afirmação.
Depois Falamos.

P. S. E importa dizer de forma muito geral que Rafael Crivellaro para além das qualidades futebolisticas tem também boas qualidades pessoais e humanas. Ai do Vitória se não as tivesse...

quarta-feira, março 27, 2013

Um Passo!

Foto: www.vitoriasc.pt  / João Santos

O Vitória deu hoje o primeiro dos dois passos que o levarão á final do Jamor a 26 de Maio de 2013.
No Restelo, face ao líder isoladissimo da II Liga, a jovem equipa vitoriana fez uma exibição tranquila e personalizada sabendo controlar o jogo e desferir dois golpes fatais nas aspirações do seu adversário.
Apoiado por uma notável falange de mais de 1000 adeptos (num dia de semana, noite de inverno, a centenas de quilómetros de Guimarães) o Vitória deixou claro que é de longe a melhor equipa e que só uma daquelas surpresas que de quando em vez o futebol proporciona o poderá impedir de chegar á final.
Mas, sinceramente, acho que já estamos lá!
Notas de destaque do jogo de hoje para além do já referido apoio dos vitorianos ?
Essencialmente o termos iniciado o jogo com sete portugueses dos quais cinco oriundos da formação e desses cinco há a salientar que dois (Ricardo e Luís Rocha) eram juniores na época passada.
As boas exibições individuais de Douglas, Baldé,Olimpio,Tiago Rodrigues (mas ninguém jogou mal) e a qualidade de jogo proporcionada pela entrada de Crivellaro.
A sensatez e qualidade das declarações no final do jogo de Rui Vitória, Ricardo e André respeitando o adversário e valorizando o extraordinário apoio dos vitorianos.
E,claro, os dois golos de Ricardo uma "estrela" que cintila cada vez mais no firmamento do nosso futebol.
Hoje os "pasteis de Belém" souberam muito bem.
A 17 de Abril vamos por, com humildade e classe, o ultimo carimbo no passaporte para o Jamor.
Depois Falamos

As Rescisões

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Aqueles que tiverem a paciência de ler este post deixo um aviso inicial: escrevo apenas o que entendo neste momento escrever sobre o assunto e não tudo o que sei sobre ele.
Fiquei surpreendido, mas não muito, com as rescisões do sub capitão (o capitão é, e muito bem, o Diogo Lamelas) da equipa B Vítor Bastos e do Káká e muito surpreendido,admito-o, com a do Rafa.
E o ponto inicial desta análise, por muito que nos custe (e custa), é que legalmente os jogadores tiveram razão para rescindirem os contratos.
Trabalharam e não receberam pelo que a lei é clara nesse aspecto.
Mas é a única questão em que tem razão.
As "razões" desportivas aduzidas pelo Káká são completamente ridículas (por este andar prevejo-lhe uma vida profissional plena de rescisões...) e o Vítor Bastos embora possa sentir que devia ter tido uma oportunidade na equipa A (e não me custa nada admitir que...podia) tem nesse aspecto de aceitar as decisões dos treinadores.
Como as aceitaram de cara alegre outros que com toda a legitimidade se podiam sentir preparados para jogar na primeira equipa.
E há uma coisa que nenhum pode negar: no inicio da época sabiam que o seu destino era a equipa B e que a ascensão á A dependeria do seu trabalho e do critério dos técnicos.
E que tanto podia acontecer esta época como não.
Porque as rescisões agora?
Obviamente que tendo deixado o convívio diário com o grupo de trabalho (duas equipas) em inicio de Dezembro não sei o que se passou de lá para cá em relação a estes jogadores.
Sei isso sim que ainda a época mal tinha começado já eu e o Flávio Meireles andávamos a aturar o empresário Lucidio Ribeiro com propostas e mais propostas para o Vitória libertar o Vítor Bastos porque tinha não sei quantos clubes interessados nele.
Na altura, e por várias vezes, eu e o Flávio reiteramos-lhe que o Vítor fazia parte do nosso projecto desportivo e que não estávamos minimamente dispostos sequer a emprestá-lo em Janeiro como o empresário pretendia.
Mais estranho ainda é o facto de Rafa e Káká acabando os seus contratos com o clube daqui a dois meses e pouco e, sabendo que não podem ser inscritos em lado nenhum nesta altura , terem abandonado o grupo de trabalho e prescindido de estarem em competição(eram regularmente utilizados) a troco de supostamente ...nada.
Tal como Vítor Bastos que em idênticas circunstâncias ás dos outros dois bem podia ter esperado o fim da época para rescindir o ano que lhe restava de contrato.
Acontece que com as rescisões por incumprimento salarial o clube perde o direito aos direitos de formação (e foram os três formados no Vitória) o que torna a sua contratação muito mais atractiva para o(s) seu(s) futuro(s) clube(s)que nada terá a pagar ao contrário do que aconteceria em circunstâncias normais.
E foi aqui que a má influência do empresário Lucidio Ribeiro terá sido decisiva.
Porque a ele o que lhe interessava, obviamente, era poder negociar os três jogadores a custo zero e não com os encargos inerentes á formação.
Não duvido que neste momento os jogadores já estejam a receber por conta do futuro contrato.
Seja do clube(s) seja do empresário.
Mas de uma coisa podem, infelizmente para eles ,estar certos: Não há dinheiro que lave a péssima imagem que deixaram junto dos vitorianos e até dos colegas de equipa e técnicos com esta atitude profundamente egoista e nada solidária com quem trabalhava com eles todos os dias.
Tenho sinceramente pena.
Porque no fundo são três bons rapazes enganados por um "vampiro" que vive do trabalho deles e que os deixará cair se vir que não "rendem".
E os três, mas muito em especial o Vítor Bastos,tinham lugar no projecto desportivo do Vitória!
Não quiseram...outros ocuparão as vagas.
Depois Falamos

P.S: Há uma coisa que me intriga: se as rescisões entraram na Liga, Federação, Sindicato, etc na segunda feira (e supõe-se que por carta registada com aviso de recepção)isso significa que os três jogaram em Tondela já com as cartas de rescisão no correio.
Se foi assim não haverá aqui nada com que o departamento juridico do Vitória se possa "entreter" ?
É que no mínimo há uma situação de má fé perante a entidade patronal.

segunda-feira, março 25, 2013

Muito Juízo!

Neste estádio, à beira mar plantado, roubaram-nos há poucos anos o segundo lugar do campeonato e o apuramento directo para a liga dos campeões.
"Artista" maior foi o cada vez mais célebre árbitro do Porto de nome Jorge Sousa.
Quarta feira lá jogaremos a primeira mão da meia final da taça de Portugal face a um Belenenses que comanda destacadissimo a segunda liga (a três ou quatro pontos de garantir matematicamente a subida) e pode concentrar todos os esforços em tentar chegar ao Jamor para a tão desejada final entre clubes de Lisboa.
Para um jogo desta responsabilidade o homem sem vergonha  que manda nos árbitros (o ex árbitro Vítor Pereira) não encontrou melhor escolha do que outro árbitro do Porto e que poucas semanas atrás prejudicou gravemente o Vitória Sport Clube no famigerado jogo entre a nossa equipa B e a equipa B do Braga.
O sujeito de nome Hugo Pacheco aproveitou incidentes na bancada (mas que não punham em risco os intervenientes no jogo) para interromper a partida e mesmo com todas as garantias de segurança recusou-se a reatá-la.
Veio a Guimarães com a deliberada intenção de prejudicar o Vitória.
E fê-lo.
Como se sabe o Vitória foi brutalmente multado e sofreu uma sanção de dois jogos à porta fechada de que o clube, e muito bem, recorreu estando o assunto em apreciação nos orgãos disciplinares.
Pois sabendo de tudo isto o desavergonhado que manda nos árbitros nomeia o sujeito para um jogo desta responsabilidade e que ajuda a decidir um dos finalistas da taça de Portugal.
Só não vê quem não quer.
E por isso creio que todos os cuidados são poucos.
Quer dentro quer fora do terreno de jogo.
Dentro certamente que Rui Vitória e a sua equipa técnica instruirão os jogadores sobre a melhor forma de evitarem lances passíveis de o "artista" inclinar o terreno de jogo ou desbaratar a nossa equipa com cartões de duas cores.
Por isso a minha grande preocupação é com o que pode passar-se nas bancadas se os muitos vitorianos presentes constatarem que há "habilidades" à vista.
Temos de ter todos a consciência de que um petardo, uma tocha, o arremessar de cadeiras ou qualquer acto do género será aproveitado para mais uma punição exemplar com o Vitória como alvo e outra interdição do nosso estádio como objectivo.
E esses actos tem de ser evitados pelos próprios adeptos.
Sob pena de a segunda mão ser jogada à porta fechada.
Entusiasmo ? Sim!
Paixão? Sim!
Apoio do primeiro ao ultimo minuto ? Como sempre!
Mas com mais juízo que nunca.
Depois Falamos.

P.S.  Venho olhando para este jogo com crescente preocupação. Não só pela excelente carreira do Belenenses na II Liga mas também por conhecer o perfil e o "modus operandi" do seu actual homem forte.
Bem conhecido pela habilidade em usar expedientes.

Explicação Precisa-se!


Este é daqueles textos que preferia não ter de escrever.
Mas não ficaria bem comigo próprio se fizesse de conta que nada se tinha passado e pactuasse com algo de que discordo profundamente.
A história é simples de contar.
Algo mais difícil de perceber.
Para a final da taça de Portugal de voleibol disputada sábado em Coimbra, entre Vitória e Fonte Bastardo, a Federação Portuguesa de Voleibol disponibilizou a cada clube seis convites VIP e mais 60 para as bancadas.
Quanto a estes últimos não são para aqui chamados.
Mas os outros seis são.
Porque como a fotografia documenta os seis convites foram utilizados pelo presidente do clube(indiscutivel), pelo presidente da assembleia geral(indiscutivel), pelo director geral das modalidades(indiscutivel) por um responsável do voleibol(critério em que não me meto mas aceito) e por dois vereadores socialistas da câmara municipal de Guimarães!
E aqui é que a "porca torce o rabo".
Porque se Amadeu Portilha, vereador do desporto e principal responsável pela organização da "cidade europeia do desporto(e vitoriano de sempre embora isso não interesse para esta análise), me parece perfeitamente aceitável já a do seu colega de vereação é profundamente discutível.
O dr. Domingos Bragança, pessoa estimável e com quem simpatizo, não é sócio do Vitória (dizem-me que foi em tempos mas deixou de pagar quotas), nunca foi visto no pavilhão nos jogos das nossas modalidades e no camarote presidencial do estádio raramente é visto excepto nos jogos chamados grandes.
Ou seja o dia a dia do Vitória passa-lhe ao longe.
Então perguntar-se-à o que foi fazer a Coimbra alguém que não atravessa a rua para ver jogos no nosso pavilhão?
Infelizmente foi em campanha eleitoral.
Porque como todos sabemos o dr Domingos Bragança é o candidato do PS ás próximas eleições autárquicas e não quis perder uma grande mobilização vitoriana ainda por cima com transmissão televisiva e grande cobertura mediática.
Este aproveitamento é lamentável.
Com o PS como seria com o PSD, o CDS, o PCP ou o BE.
Devo dizer que acredito que a direcção do Vitória está isenta de responsabilidades na matéria e terá ficado tão surpreendida como eu e qualquer outro vitoriano que assistiu ao jogo.
Mas faço um apelo para que cenas destas não se repitam.
Deixem o Vitória Sport Clube fora de campanhas eleitorais, longe das lutas politico-partidárias, como um património de todos os vimaranenses independentemente da sua cor política.
Acho que o clube merece essa consideração.
Depois Falamos

P.S. Sim, é verdade, já estou a pensar no Jamor!

domingo, março 24, 2013

De Tondela a Coimbra

Não foi um dia bom para as cores vitorianas.
Em Tondela a equipa B repetiu pela enésima vez um enredo já visto.
Reforçada (?) com alguns jogadores da equipa A, cujo esforço não está em causa mas sem o entrosamento necessário , o Vitória B entrou bem no jogo e fez uma primeira parte de bom nível com todos os lances perigosos a serem da sua autoria.
Logo no primeiro minuto Ricardo rematou á barra e poucos minutos depois foi Tiago Almeida a fazer a bola esbarrar num poste.
Depois...o costume.
Na segunda parte o Tondela "cresceu", chegou ao golo na sequência de um pontapé de canto, e conseguiu vencer um jogo que esteve ao nosso alcance.
Vida cada vez mais difícil para uma equipa e um treinador que não mereciam estar a passar por isto.
Em Coimbra, na final da taça de Portugal de voleibol, percebeu-se(em boa verdade já se sabia) desde os primeiros momentos que era um jogo para lá das nossas possibilidades face ao poderio do adversário.
O Fonte Bastardo tem hoje argumentos, plantel, valores individuais que só poderiam ser contrariados num dia em que a nós corresse tudo bem e a eles quase tudo mal.
Não foi o caso.
E por isso uma derrota em três sets com resultados apesar de tudo honrosos para a formação vitoriana.
Estar lá, numa final, foi excelente face a todos os condicionalismos que se conhecem.
Allan Cocato e os seus rapazes podem estar de consciência tranquila porque fizeram tudo que lhes era possível para darem ao Vitória a segunda taça no voleibol e também a segunda taça esta época para o clube.
Uma palavra final de aplauso e satisfação para o grande espectáculo dado pelas centenas de adeptos vitorianos que andaram 400 km(ida e volta) para apoiarem a sua equipa de voleibol.
Um apoio entusiástico, antes,durante e depois do jogo ao ponto de no final até parecer pela festa nas bancadas que tínhamos ganho tal a animação dos vitorianos que souberam apreciar e aplaudir a carreira da sua equipa nesta edição da taça de Portugal.
Excelente!
Pensando bem nem tudo foi mau neste sábado.
Depois Falamos.

P.S. Entre as muitas presenças no pavilhão de Coimbra, algumas verdadeiramente surpreendentes pelo inusitado da sua presença, merece particular destaque a de Leonel Olimpio.
O vice capitão da equipa profissional de futebol A lá esteve com a sua família a apoiar a equipa de voleibol.
È com gente desta, solidária e vitoriana, que compreende o Vitória como um todo que se vai construindo o futuro.

sexta-feira, março 22, 2013

A Raposa e as Galinhas

Analisemos friamente o regresso à politica portuguesa de José Sócrates.
Deixando de lado, porque irrelevante para este caso, o óbvio direito que qualquer cidadão tem a expressar livremente a sua opinião.
Comecemos pelo próprio.
Dois anos depois de ter deixado o governo, na sequência do chumbo de mais um PEC, o auto exilado estudante de filosofia em Paris (será que acabou "esses" estudos?) resolve regressar á politica activa em Portugal através de um espaço de comentário.
Pela lógica demasiado cedo para quem saiu tão mal das funções governativas.
Mas isso é não conhecer Sócrates, outrora auto nomeado como "animal feroz" ,e o seu tradicional mau feitio tão comentado no passado.
Para além da idade lhe permitir manter algumas ambições politicas, desde que deixasse passar o tempo sobre o seu mau governo, Sócrates deve arder no desejo de um ajuste de contas com aqueles que o apearam do poder e o derrotaram em eleições.
Apareceu esta oportunidade e ele não aguentou mais.
Aceitou.
A partir de Abril começa a "vingança" no seu entender.
Mas o fenómeno vai, por mais que ele faça por fazer de conta que o ignora, muito para além dele e envolve outras personagens e instituições.
Por exemplo o PS.
Em que existe inequivocamente uma ala saudosista de Sócrates, que nunca se reviu em Seguro nem lhe perdoou a pouca solidariedade com o anterior governo, e que agora passará a ter um "farol" semanal para lhe alumiar o caminho.
Naturalmente que entre a oposição feita por Seguro e a feita por Sócrates há uma morte anunciada: a da unidade interna do partido.
E aqui entra o governo que, não por acaso, tutela a RTP.
E sem a "bênção" do qual não acredito que algum conselho de administração alguma vez ousasse convidar Sócrates para um programa semanal de televisão.
Ao Governo naturalmente que interessa, e muito, a presença semanal de Sócrates na RTP.
Por um lado divide o PS.
Por outro recorda permanentemente aos portugueses quem levou o país à ruína e chamou a troica.
E, se se confirmar que o programa de Sócrates será ao domingo á noite, "esvazia" um pouco o comentário semanal de Marcelo Rebelo de Sousa tão temido por todos os governos.
Visto desta forma parece uma jogada genial do Governo e Sócrates aparece a fazer o papel de "idiota útil".
Pois.
Mas Sócrates tem seguramente muitos defeitos, entre os quais um excesso de impulsividade que até poderá explicar a aceitação do convite, mas de idiota não tem nada.
E por isso esta jogada aparentemente brilhante pode resultar numa trágica opção por meter a raposa no galinheiro se a situação politico-económica se degradar e Sócrates for convincente nos seus comentários semanais.
Isto de brincar com o fogo tem muito que se lhe diga...
Depois Falamos

Memória Futura.


Andam por aí uns arautos de grandezas imaginárias a glosarem com o triunfo batoteiro do SLB em Guimarães no passado domingo.
Estas duas imagens mostram bem como o "sistema" constroi em Portugal resultados mentirosos.
Numa vê-se o o penalti de Jardel sobre Soudani que o árbitro não quis marcar.
Se fosse golo era o 1-1.
Na outra vê-se,pese embora a imagem não ser tão nítida, a limpeza do desarme de Kanu sobre o jogador do SLB que lhe valeu o (2ª) amarelo e a expulsão.
Em dois minutos se transformou um empate mais que provável (e depois logo se veria) numa desvantagem numérica que viria a ser fatal para os vitorianos.
A batota , no futebol português, também vale como argumento que ajuda a construir triunfos.
Para alguns.
Os de sempre.
Depois Falamos

Deus nos Valha

Ter-lhe-ão contado do regresso de Sócrates via RTP?
Ou será que viu o jogo de hoje da selecção portuguesa?
Terá sabido dos castigos que o Vitória leva e a que os outros escapam?
Será que se apercebeu dos critérios dos árbitros nos jogos dos candidatos ao titulo?
Saberá dos orçamentos de algumas campanhas autárquicas que já por aí andam?
Não sei.
Mas sei que até os animaizinhos se viram para Deus perante tanta aberração...
Depois Falamos

Pois é...

A culpa maior não é dele.
Quatro anos a treinar os juniores do Sporting a que se seguiram outros quatro a treinar a equipa principal foi considerado currículo suficiente para treinar a selecção nacional portuguesa que é uma das dez melhores do mundo.
E na qual joga um dos dois melhores jogadores mundiais da actualidade.
O resto já se sabe.
Um bom europeu 2012, muito á boleia do que já vinha de trás, a que se seguiu a debandada de alguns jogadores ainda em muito boa idade de servirem a selecção (Tiago e Simão por exemplo)e as conhecidas birras com Ricardo Carvalho e Bosingwa para além das embirrações com Hugo Viana e Eliseu entre outros.
O resultado está mais que à vista.
Cinco jogos seguidos sem ganhar e hoje um empate miraculoso, em Israel terra aliás propensa a milagres como se sabe, que ainda nos mantém na ténue rota do mundial do Brasil mas com as mais sérias reservas sobre se lá chegaremos.
Uma equipa deprimente e a precisar de "vassoura" se ainda queremos ter esperança num futuro idêntico ao passado recente.
Manter os que merecem (Ronaldo, Moutinho, Rui Patrício, Nani e mais um ou outro), dispensar os que andam lá a mais (Raul Meireles, Carlos Martins e  João Pereira á cabeça) e fazer aquilo que Vitória primeiro e Sporting agora estão a fazer nas suas equipas; chamar jovens com talento, qualidade e vontade.
Hoje no pouco tempo que jogou Vieirinha,por exemplo, "deu" bem mais á selecção do que Varela durante quase uma hora.
Mantendo meia dúzia de jogadores experientes e de grande qualidade estou certo que a geração que vem a seguir saberá dar conta do recado e apurar Portugal para os próximos mundial e europeu jogando um futebol de bem melhor qualidade do que aquele que esta penosa equipa tem exibido.
E hoje, com todos os meios tecnológicos existentes que permitem observar continuamente os jogadores, passamos bem sem um seleccionador a tempo inteiro mais a respectiva equipa técnica.
Como os campeonatos param para a realização dos jogos das selecções basta convidarem José Mourinho para treinar Portugal nas fases de apuramento e nas fases finais.
Ficaremos seguramente muito melhor servidos.
Depois Falamos

P.S: Para Paulo Bento, até como agradecimento pelos serviços prestados, poderá sempre ser encontrado um lugarzinho na Gestifute.

quinta-feira, março 21, 2013

Descaramento

As redes sociais , e não só, tem dado conta da indignação de muitos portugueses pela ameaça/certeza de o serviço publico de televisão (vulgo RTP) lhes passar a enfiar pela casa dentro o grande culpado da situação em que o país está.
Pese embora o facto positivo de vendo-o semanalmente isso avivar em permanência a memória dos portugueses sobre quem os trouxe até este estado, sobre quem chamou a troica, sobre quem liderou um governo que errou todas as previsões sobre a situação económica e deixou como herança uma série de negócios ruinosos e um país quase na bancarrota.
É...não é só o Vítor Gaspar que se engana.
Antes houve outros.
Por mim, enquanto os comandos das televisões funcionarem, não há problema nenhum.
Perderei tanto tempo a ver Sócrates comentar a situação politica como perderia a ver Vale e Azevedo a falar de transparência no futebol, a ver José Oliveira e Costa a analisar o sistema bancário ,o Bibi a falar de politicas de juventude ou Vítor Constâncio da eficiência da supervisão bancária.
Entre outros.
A cada comentador dedico o tempo que a respectiva credibilidade me merece.
Nos casos citados nenhum!
Mas registo dois descaramentos.
O de Sócrates, licenciado a um domingo entre muitas outras proezas, já não me admira nada.
O do conselho de administração da RTP, ao permitir esta aberração, é que me admira mais um bocadinho embora não muito.
Deve ser uma nova estratégia rumo á privatização.
É que nenhum canal privado, vivendo de publicidade e audiências, arriscaria semelhante provocação aos portugueses.
Lá iam os shares...
Depois Falamos

Depenados

Texto e cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt

Fernando Sá é um excepcional treinador de basquetebol.
Miguel Salazar um excepcional criador de cartoons.
O Vitória obteve um excepcional triunfo sobre o Benfica na final da taça de Portugal.
"Só" podia dar neste excepcional cartoon.
E num divertido texto de José Rialto.
Depois Falamos

quarta-feira, março 20, 2013

Silêncio é Ouro...

Já todos sabemos que no passado domingo, e em oportunidades anteriores, alguns adeptos (?) do Vitória tiveram um comportamento reprovável nas bancadas do nosso estádio nomeadamente no arremesso de petardos.
Há meios de os identificar e formas de os dissuadir de voltarem a assumir comportamentos desses.
Mas vamos tentar, de uma vez por todas, deixarmos de ser masoquistas e querermos expiar sozinhos todos os males do futebol português.
Até porque sendo muito louvável o assumir das nossas responsabilidades é de uma trágica inocência não o fazer acompanhar da denuncia de comportamentos alheios que para isso contribuíram.
Desde as provocações de adeptos adversários aos trios de arbitragem que vem para Guimarães com a "missão" bem estudada.
Um interrompendo um jogo e não o reatando sem qualquer motivo que o justificasse a não ser a evidente má fé e o desejo de provocar problemas ao nosso clube.
Outro fazendo uma arbitragem de tal modo facciosa que motivou a indignação dos vitorianos e provocou reacções que se condenam e lamentam mas estão na razão directa da "encomenda" que até um cego via.
E por isso acho que nesta fase critica, com um castigo de dois jogos á porta fechada ainda pendente de recursos, é preciso ter imenso cuidado com o que se diz e com as imagens que se passam para a opinião pública acerca dos vitorianos em geral.
Porque depois pagam, em termos de má fama, uma imensa maioria de justos por um pequeníssimo número de pecadores.
E nessa matéria de comentários já vi excessos que em nada nos ajudam.
Depois Falamos

P.S. Confesso que me apetecia dizer mais qualquer coisa sobre algumas declarações que tenho lido.
E sobre os seus autores.
Que devem andar muito esquecidos do que defendiam há uns meses atrás.
Mas lá virá o tempo...

terça-feira, março 19, 2013

Serenidade e Sensatez

A "nação" vitoriana tomou hoje conhecimento de um durissimo castigo que  foi imposto ao Vitória pelo conselho de disciplina da federação portuguesa de futebol e que,basicamente, é constituído por um jogo á porta fechada e 15.000 euros de multa devido aos petardos do jogo com o clube do regime.
O primeiro sentimento é de pura revolta.
Pelo jogo á porta fechada e pelo montante brutal da multa.
É excessivo, prepotente e injusto.
Porque infelizmente estamos todos fartos de ver rebentarem petardos em vários estádios deste país, especialmente em jogos do Porto e do Benfica e nunca se viu castigo semelhante nem nada que se pareça.
Vimos bancadas a arder, jogos interrompidos por mau comportamento dos adeptos, policias e stewards agredidos, autocarros apedrejados, membros das equipas de arbitragem agredidos e/ou atingidos por objectos e nunca se viu semelhante punição.
Os senhores do conselho de disciplina são, como qualquer cobarde, fortes com os fracos e fracos com os fortes.
Não significa isto que o Vitória seja fraco porque não o é.
Significa isso sim que como a cobardia e o "sistema" os impedem de tomar posições exemplares com quem mais as merece aproveitam um incidente infelizmente banal  nos nossos estádios para se armarem em justiceiros e darem pseudo exemplos de disciplina e moralidade.
Os senhores do conselho de disciplina da FPF fazem parte da "porcaria" que urge varrer do nosso futebol.
Não se leia nas linhas atrás escritas qualquer branqueamento dos actos de indisciplina ocorridos no nosso estádio porque não são nada disso.
Condeno sem reservas quem vai para estádios de futebol atirar petardos.
Mas não me calo perante esta justiça de filhos e enteados em que uns são duramente punidos e outros passam incólumes incidente após incidente como foi o caso do passado domingo em que os adeptos do SLB também atiraram petardos e nada aconteceu ao clube.
Agora o que se exige a todos (TODOS) os vitorianos é muita serenidade.
Porque ainda estamos com o processo dos incidentes no Vitória B- Braga B ás costas, em que fomos provocados mas pagamos como se fossemos os provocadores, e este acumular de situações pode tornar-se dramático se houver reincidência.
Mais do que o campeonato há um acesso ao Jamor que pode ser colocado em causa por todos estes problemas.
Mas também temos de ser sensatos.
Não darmos tiros nos pés, não confundir duas ou três árvores podres com uma imensa floresta viçosa, não usar terminologias que se viram contra nós.
E, acima de tudo, com serenidade e sensatez termos a coragem de de uma vez por todas restringirmos o acesso ás nossas bancadas a quem paga as suas quotas ou compra bilhetes.
Depois Falamos

segunda-feira, março 18, 2013

Petardos

O Vitória-Benfica de ontem ficou marcado, entre outros actos de delinquência perpetrados dentro das quatro linhas, pelo arremesso de petardos por parte de adeptos de ambos os clubes.
Mais visíveis, porque em maior quantidade, os arremessados pelos adeptos vitorianos com efeitos lamentáveis na integridade de um jovem apanha bolas.
Mas do outro lado também existiram.
Bem como o arrancar de cadeiras para atirar á equipa de basquetebol do Vitória que dava,ao intervalo, a volta de honra com a taça de Portugal acabada de conquistar.
Nesta matéria não pode haver duas opiniões consoante quem arremessa os petardos.
É um acto condenável em termos cívicos, desportivos e clubisticos e deve ser erradicado dos nossos estádios custe o que custar.
Quem vai a um estádio para assistir a um espectáculo de futebol não pode ter a sua integridade em risco por força da inconsciência e irresponsabilidade de quem confunde espaços desportivos com guerras e conflitos.
O desportivismo e respeito pelos adversários tem de ser a linha mestra do comportamento dos adeptos e nisso se inclui,obviamente, o não atentar contra a integridade física de adversários e equipas de arbitragem por mais condenáveis que sejam os comportamentos(tipo Cardozo!) de quem anda no relvado.
Finalmente, e de forma muito especifica para os vitorianos, é totalmente inaceitável que com o clube a viver os problemas financeiros que se conhecem (e que põe em causa muita coisa) continue semana após semana a ter de pagar pesadas multas porque alguns irresponsáveis persistem em fazer aquilo que sabem que não podem.
Ser do Vitória, gostar do Vitória, apoiar o Vitória tem de começar por não prejudicar o Vitória seja em que circunstância for.
E o arremesso de petardos, para além de cívica e desportivamente completamente condenável, prejudica gravemente o clube em termos financeiros.
E isso nada tem de vitoriano.
Por isso se apela ao fim deste estado de coisas.
Que nos envergonha e prejudica.
Se "Somos Únicos" em muita coisa vamos sê-lo também nisto e fazer do D. Afonso Henriques um espaço de fair play e desportivismo.
Depois Falamos

P.S. Naturalmente que nesta matéria não aceitamos lições de moral de quem tem um historial tão vasto quanto triste na matéria. Venham da Luz, do Dragão ou do clube que joga em dois estádios municipais e todas as semanas, num e noutro, tem registo de incidentes provocados pelos seus adeptos.

Fernando Sá

Há um lote reduzido de treinadores que ficarão para sempre na História e no coração dos vitorianos.
Falarei apenas daqueles que são do "meu" tempo.
No futebol o lote é mais vasto.
Jorge Vieira, Mário Wilson(que infelizmente saiu mal mas foi um técnico de referência durante anos), José Maria Pedroto, Marinho Peres, Quinito, Manuel Cajuda e agora Rui Vitória.
No voleibol dois nomes: Luis Lucas, no tempo do voleibol feminino e Marco Queiroga o treinador do apogeu vitoriano na modalidade.
Agora Alan Cocatto vai a caminho.
No basquetebol apenas um estrela cintila no firmamento vitoriano.
Fernando Sá.
Õ homem que em cinco anos nos "deu" duas taças de Portugal batendo em 2008 o F.C.Porto (estava o Vitória na II Liga!!!) e hoje o Benfica da forma arrasadora que se conhece.
Escrevi ontem depois do jogo com a Ovarense que para hoje face ao todo poderoso Benfica o Vitória tinha as suas armas.
E que orçamentos ganham campeonatos mas não ganham jogos.
Especialmente quando do outro lado está um excepcional treinador e condutor de homens como Fernando Sá.
Que tem feito ano após ano, razia após razia no plantel, equipas competitivas e que lutam ponto a ponto, jogo a jogo pelo melhor resultado e pela melhor classificação.
Duas taças de Portugal em cinco anos é obra.
Ainda para mais derrotando nas finais as duas melhores equipas portuguesas de cada uma das épocas.
Espero que Fernando Sá fique muitos anos como treinador da nossa equipa de basquetebol.
Porque na nossa memória vitoriana e na forma como sabemos ser gratos a quem tanto honra o nosso clube isso ficará para sempre.
Obrigado Fernando Sá por mais esta enorme alegria.
Depois Falamos

domingo, março 17, 2013

O Clube do Regime

O clube do regime, versão 2012-2013, passou pelo estádio D. Afonso Henriques com as condicionantes habituais de há muitos anos a esta parte.
Uma equipa que joga pouco mas simula muito, um grupo de jogadores ciente da sua impunidade que se permite aplaudir aquela coisa a que chamam árbitro e provocar os adeptos adversários, um trio de apitadores cuja principal função é inclinar descaradamente o campo a favor do clube do regime.
A enquadrar esta pouca vergonha lá estavam uns resíduos dos propalados mas nunca vistos seis milhões de adeptos que basicamente se dividiam em duas espécies.
Os que vieram da Damaia, do Casal Ventoso ou da Pedreira dos Húngaros e que quase encheram um autocarro e os saloios dos povoados vizinhos que são adeptos das vitórias e não de um clube e que esta semana nos cafés e tascos vão ser os "maiores" porque o clube do regime lá ganhou mais um jogo.
Para além disso houve uma equipa que tentou jogar futebol,e jogou quando a deixaram, mas que foi impotente face ao "Calabote ressuscitado" que em lances iguais teve critérios diferentes(no penalti que marcou a favor do clube do regime mas já não marcou contra o dito cujo)e que na expulsão inacreditável de Kanu traçou o destino de um jogo que o clube do regime já tinha ganho antes de começar.
De facto assim é fácil ganhar campeonatos e taças.
Com penaltis a pedido, com critérios disciplinares completamente distintos, com uma supremacia territorial esplêndida a partir do momento(habitual) em que o adversário fica a menos um e com a interpretação generosa que os apitadores fazem da lei do fora de jogo nos seus lances de ataque.
Podem limpar as mãos á parede alguns seguidores das vitórias de um clube que sempre foi o favorito dos regimes.
Da ditadura e da democracia.
Porque as suas vitórias ,como a de hoje ,tresandam a vigarice, a compadrio, a pouca vergonha e a falta total de verdade desportiva.
E,claro, com o encobrimento cúmplice por uma plêiade de jornalistas e comentadores que vestem a camisolinha vermelha por baixo dos seus fatos de trabalho.
Nós vitorianos ganhamos menos vezes.
Mas as nossas vitórias tem outro sabor.
Assentam no mérito, no esforço, no trabalho.
E temos a certeza que quando,aqui ou ali, somos beneficiados por uma ou outra decisão de um árbitro é mesmo por mero acaso.
Os filhos do regime não somos nós!
Depois Falamos.

P.S: É bom que se saiba que quando a equipa de basquetebol do Vitória, ao intervalo, deu a volta de honra mostrando a taça de Portugal ganha ao clube do regime na tarde de hoje os seguidores do dito cujo arrancaram cadeiras e atiraram-nas aos vitorianos numa soberba demonstração de falta de desportivismo e da ordinarice que os caracteriza.

Uma !

Foto:www.vitoriasc.pt  / João Santos 
Estou naturalmente muito feliz.
Como qualquer vitoriano quando vê o seu clube ganhar um titulo nacional.
Hoje, em Fafe, frente ao Benfica o tal clube que tem um orçamento obsceno para a modalidade(mais de dez vezes superior ao do Vitória) os homens de Fernando Sá fizeram um jogo perfeito e comandaram o marcador de principio a fim vencendo com total justiça.
E por um resultado, 100-81 , perfeitamente esmagador e invulgar em jogos desta natureza.
Estão de parabéns os jogadores que aqui saúdo através do capitão Paulo Cunha e do espectacular Ivan Almeida que foi o MVP deste jogo e é um dos melhores jogadores da Liga portuguesa.
Está de parabéns o melhor treinador português, o "Mourinho" do basquetebol como lhe chamo há muito tempo, Fernando Sá que com a sua equipa técnica ganha pela segunda vez a taça de Portugal para o Vitória.
E estão de parabéns um grupo de dirigentes da secção de que me permito destacar António Lourenço,Pedro Guerreiro e Fernando Monteiro que tem sabido contra ventos e marés aguentar o basquetebol vitoriano em patamares competitivos que nos permitem alegrias como estas.
O Vitória ganhou hoje a sua segunda taça de Portugal de Basquetebol.
Naquela que é a modalidade de alta competição mais recente do clube considerando a antiguidade do futebol e do voleibol.
É uma prova extraordinária da importância do ecletismo como imagem de marca do clube e uma resposta definitiva aqueles que entendem que o Vitória só devia ter futebol.
Depois Falamos

P.S Os adeptos foram extraordinários no apoio e fundamentais na galvanização da equipa.
Também eles estão com o ecletismo e com um Vitória que constroi palmarés em várias modalidades.

sábado, março 16, 2013

Desafio Duplo

Quer o destino que amanhã Vitória e Benfica se encontrem por duas vezes , em modalidades diferentes, num espaço de poucas horas.
Primeiro disputando a final da Taça de Portugal de basquetebol.
Onde a equipa de Fernando Sá, composta por bons valores mas constituída dentro da realidade financeira do clube, vai defrontar um adversário com um orçamento obsceno para a realidade do basquetebol português  e da saúde financeira dos clubes.
Mas orçamentos ganham campeonatos não ganham jogos.
E por isso o Vitória com as as suas armas que são a valia do seu treinador, a qualidade e humildade dos seus jogadores e o apoio fervoroso dos seus adeptos(assim se espera) vai entrar em campo para jogar o jogo pelo jogo, disputar ponto a ponto e ganhar a segunda taça de Portugal do basquetebol vitoriano.
Eu acredito que é possível.
Depois no nosso estádio, o tal onde o SLB joga sempre fora(palavras verdadeiras de Rui Vitória), o jogo é outro.
Para a Liga de futebol.
Onde o Benfica quer manter a liderança e o Vitória consolidar o quinto lugar e manter os olhos postos no quarto.
Nas duas ultimas épocas, bom presságio, o Vitória ganhou. Mas isso é História.
Amanhã é outro jogo e outra história que no final se conhecerá.
São duas equipas em bom momento e moralizadas pelos últimos resultados conseguidos fora e casa; o Vitória vem de um  triunfo em Setúbal e o Benfica de um apuramento europeu depois de uma vitória em Bordéus.
Deseja-se estádio cheio, um bom jogo de futebol em que o árbitro passe despercebido e que termine com um triunfo do Vitória que considero estar plenamente ao nosso alcance.
Sejamos nós mesmos e joguemos 90 minutos onze contra onze...
Também aqui acredito que é possível vencer.
Depois Falamos

P.S. Sendo certo que quando jogamos contra o clube do "regime" (independentemente do "regime") ,seja em que modalidade for, estou sempre de pé atrás quanto aos factores alheios à verdade desportiva das competições.

Segundo Passo

Foto: www.vitoriasc.pt  / João Santos

Como se previa face ao valor do adversário o jogo de hoje, autênticas meias finais, foi muito mais difícil para o Vitória.
Que fortemente apoiado pelos muitos vitorianos que se deslocaram a Fafe teve de fazer um jogo intenso, com alternâncias no marcador e enorme pressão nervosa face ao desejado apuramento para a final.
Terminou o primeiro período empatado, o segundo a perder por um ponto, o terceiro a ganhar por nove e o quarto e ultimo com uma vitória arrancada a ferros por 73-71 que lhe deu o acesso à tão desejada final.
Com todo o mérito diga-se de passagem.
A equipa teve qualidade, teve empenho, soube sofrer quando foi preciso e no momento decisivo (os últimos dez segundos) soube fazer os dois pontos que lhe deram o triunfo e impedir que o adversário repusesse a igualdade ou até vencesse.
Grande mérito para os jogadores, como é evidente, mas também para esse fabuloso treinador(hoje um espectáculo dentro do espectáculo tal a intensidade com que viveu as peripécias do jogo)que é Fernando Sá e para a sua equipa técnica que tem sabido fazer "milagres" face ás dificuldades conhecidas do clube.
A verdade é que o Vitória está na final da Taça de Portugal de Basquetebol.
Como está também na de Voleibol e espera estar na de Futebol.
Num ano de tantas dificuldades é um feito absolutamente extraordinário e que confirmando o ecletismo como a nossa imagem de marca confirma também o excelente trabalho que se vem fazendo no futebol e nas modalidades.
É um orgulho ser adepto deste clube.
Depois Falamos

Dez Finais

Começo já por manifestar a minha total solidariedade pessoal e vitoriana com Luiz Felipe, a equipa técnica e os jogadores que tem servido a equipa B.
E muitos tem sido.
Quer nos que jogam quer nos que apenas treinam ou quase.
Acredito, como no primeiro dia, na qualidade e capacidade dos técnicos e jogadores e na forma dedicada como tem servido esta equipa vitoriana.
Não sou, portanto, daqueles que trilham o mais fácil dos caminhos que é responsabilizar o treinador pelos insucessos e preconizam chicotadas psicológicas por dá cá aquela palha.
Tivesse a direcção do clube ido por aí, logo no inicio da época, em relação a Rui Vitória e bem arrependidos estaríamos todos hoje por semelhante asneira.
Agora há coisas impossíveis de ignorar se quisermos ser sérios na análise.
Esta equipa B pouco tem a ver com a equipa B do primeiro terço do campeonato em que vinha fazendo uma prova tranquila e que não previa sobressaltos.
Porque o superior interesse da equipa A falou mais alto e alguns dos titulares indiscutiveis da B subiram á equipa principal e com os bons resultados com que todos nos congratulamos.
Agora não podemos ter sol na eira (gostar da prestação dos jovens na A) e chuva no nabal( ignorar a falta que fazem na B) como se o futebol fosse uma mera equação matemática em que se tiram uns e põe outros sem perda de qualidade ou de nível competitivo.
A equipa B começou a época com um bloco sólido de jogadores (e técnicos) que se conheciam muito bem e tinham entre eles uma relação de profunda solidariedade e até amizade fruto de muitos anos em comum na formação vitoriana.
Os estrangeiros (Kanu,Indio, Assis,Crivellaro) e os portugueses(Tiago Almeida e Fábio Fortes)que a vieram reforçar integraram-se perfeitamente no espírito e foi possível construir uma verdadeira equipa em toda a acepção da palavra.
Até porque desses seis havia três(Assis,Crivellaro e Fortes) que já pertenciam ao clube e apenas Kanu,Indio e Tiago Almeida vieram realmente de fora.
Era esse o projecto para a equipa B.
Depois foi o que se sabe.
Lesões, CAN, saídas de jogadores e a B foi o verdadeiro pronto socorro da A ao ponto de Luiz Felipe ter dias em que nem dez jogadores tinha para treinar.
E isso em alta competição paga-se.
Em Janeiro chegaram vários jogadores para o grupo mas em bom rigor apenas Hernâni trouxe ( e trará) uma mais valia de qualidade porque quanto aos outros tenho as maiores duvidas.
Admito, em teoria, que Touré ainda se venha a tornar um jogador interessante para a equipa B e daqui a uns anos talvez para a A.
Daí que um bloco sólido assente essencialmente em jogadores portugueses(esmagadoramente  formados no Vitória)e reforçado por quatro brasileiros que já jogavam em Portugal deu lugar a uma quase manta de retalhos com quatro árabes, um senegalês, um venezuelano, um burkinafasense e ás vezes um espanhol.
Que pode fazer um treinador perante isto?
Quando até em termos de linguagem se passa de um balneario em que apenas se falava português para um balneário em que se falam meia duzia de linguas?
Apenas tentar minorar os estragos, "inventar" todas as semanas uma nova equipa em função do que as necessidades da A lhe deixam e tentar desesperadamente fazer os pontos necessários á manutenção.
Com a dificuldade suplementar de os pontas de lança(e a equipa mas especialmente eles) não marcarem golos. Tendo até a maioria deles, por razões que desconheço, desaparecido da equipa e até das convocatórias.
O que,sinceramente, me surpreende porque esperava de Tiago Almeida , Índio e Tomané (Areias está no primeiro ano de sénior e precisa de tempo) uma produção goleadora bem superior.
MAs agora o que importa é fazer das dez finais o caminho para a salvação.
Tarefa bem difícil agora.
Mas não impossível ainda.
Depois Falamos

P.S. Do jogo com o Feirense nem falo porque não vale a pena. Foi apenas mais uma demonstração prática dos problemas que esta equipa vive há meses.
Saliento apenas a bela exibição de André Matos.
Sem culpa nos golos e com algumas defesas de grande qualidade que evitaram uma derrota penosa.
Mais um jovem com quem o Vitória pode contar.

Primeiro Passo

Foto: www.vitoriasc.pt  / João Santos
O primeiro passo está dado.
Ontem, frente ao Maia, o Vitória obteve um triunfo tranquilo (91-79) e passou á fase seguinte da taça de Portugal em basquetebol a disputar-se a oito clubes em Fafe.
Hoje, nas meias finais, defronta a Ovarense que é um adversário mais forte, mais experiente e portanto mais difícil de ultrapassar.
Nada que não esteja ao alcance da nossa equipa que ainda recentemente, na Liga, foi a Ovar vencer este adversário.
Mas é mais uma razão para os vitorianos acorrerem ao multiusos de Fafe para com o seu apoio darem um ânimo extra à equipa e a ajudarem a chegar á final de amanha.
Temos uma taça de Portugal (a segunda no nosso basquetebol) ao nosso alcance.
Se todos ajudarmos é possível.
Depois Falamos