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domingo, julho 18, 2010

Faróis

Foto: Farol do Cabo Carvoeiro

Sempre tive um particular interesse pelos faróis.
Talvez pela imponência de muitos deles,talvez pela orgulhosa solidão que ostentam,talvez pela vista deslumbrante que do seu cimo se alcança.
Talvez,também,pelo enorme poder que representavam e representam.
Poder no sentido de poderem significar a diferença entre vida e morte,entre salvação e naufrágio.
Mas certamente pelo seu poder simbólico.
O de serem uma luz na escuridão, o de mostrarem o caminho no meio das trevas, o de serem sempre um sinal de esperança.
Simbolicamente quem é que nunca precisou de um farol na vida ?
Creio que todos precisam.
Com mais ou menos luz,com maior ou menor alcance,com a importância que cada um lhe quiser dar.
É...eu gosto de faróis.
E sei dar-lhes a importância devida.
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Caro Amigo Cirilo

    Tem piada : Eu também sou um admirador dos faróis. Visito-os sempre ,onde quer que esteja, se tenho tempo ...

    O mais impressionante visitei-o na Tasmânia,nao longe de Hobart,onde uma tabuleta indica : Antárctica 2000 km !

    Mas na costa francesa, o de Cordouan, no estuário da Gironda, e o de Ouessant, que regula o trafego marítimo no canal da Mancha, o famoso rail de Ouessant, são também impressionantes.

    O de Cordouan , foi o primeiro farol a receber um aparelho a lentilhas, giratório ,de Fresnel o inventor Francês, em 1823, que equipa agora quase todos os faróis.

    Estamos portanto longe das fogueiras e das lamparinas a azeite !

    Notei que para o meu Amigo, os faróis conservam todo o seu valor simbólico ! Hoje, seriam precisos muitos, muitos, por toda a parte!

    Visitei o do Carvoeiro. Sabe que é ele que , alinhado com o de Sagres, permite o funcionamento do GPS que cobre todo o território português ?

    O ano passado tive a oportunidade de visitar a ilha que deu o nome ao farol : a ilha de Pharos .próximo de Alexandria.

    E curiosamente, o nome deste tipo de construção – phare- é o mesmo que o do aparelho ou sistema de protecção dos marinheiros. Ficou para a historia.

    Gosto tanto dos faróis que “alinhei” , há muito tempo, uns versos! Sofra que partilhe consigo e os seus leitores esta obra !

    Uma luz na noite profunda
    O mar leva ao longe o clamor
    Das altas vagas e do vento
    Dos gritos agudos das gaivotas
    E dum coração que bate aos pulos
    Do seu amor cantando a alvorada.

    Uma luz na noite profunda
    O mar leva ao longe o clamor
    Das proas sulcando as ondas
    Nas águas sombrias sem auréolas
    Das lágrimas das mulheres do ocidente
    Que velam até ao dia nascente

    Uma luz na noite profunda
    O mar leva ao longe o clamor
    Do bater das asas das velas
    No silêncio das estrelas
    Dos contadores de legendas
    E das canções extraordinárias

    Uma luz na noite profunda
    O mar leva ao longe o clamor
    Do apelo traiçoeiro das sereias
    Que dos marinheiros gela as veias
    O solavanco surdo das grandes rodas
    Da carreta da grande ursa

    Uma luz na noite profunda
    O mar leva ao longe o clamor
    Das pesadas nuvens negras que rolam
    Dum sol de esperança que se levanta
    Do céu sombrio quase medonho
    Do rir alegre dum belo sonho

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  2. Nesta momento precisamos não de um farol -detesto sebastianismos- mas de muitos faróis. Assim os maus... não tinham hipóteses -é que eles estão estão muuuuito organizados e conseguem partir todos os faróis solitários que pensem aparecer e iluminar sozinhos.

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  3. Também gosto de faróis...
    Talvez este site lhe interesse.
    http://www.unc.edu/~rowlett/lighthouse/

    Cumprimentos

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  4. Caro Freitas Pereira:
    O meu Amigo tem o dom de fazer uns comentários que enriquecem extraordináriamente este blog.
    Fico muito satisfeito por partilharmos mais este gosto.
    Tenho pena é de não ter do mundo o conhecimento que o meu Amigo tem.
    Mas onde vou, e sempre que possivel,também procuro visitar os faróis.
    E a Tasmânia é um território (bem como a Austrália e Nova Zelândia)que tenho a esperança de ainda um dia visitar.
    Caro Anónimo:
    Como bem exemplificou o Joaquim Freitas Pereira os faróis funcionam em rede e não em solitário.
    Mas ainda assim acho que no plano simbólico a cada um o seu farol...
    Caro LUis Carvalho:
    Muito obrigado pela indicação do site.
    É muito interessante.

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