Todos sabemos que o PS é difícil de perceber.
Ás vezes nem parecem todos do mesmo partido tais a clivagens ideológicas,as diferenças de posição sobre os mesmos assuntos, o defenderem uma tese a e sua antítese com a maior das facilidades.
Ainda agora nestes ataques despropositados, e desproporcionados ,a Pedro Passos Coelho e ao PSD se pode aperceber a descoordenação que grassa naquele partido.
Que depois de dizer "cobras e lagartos" sobre o timing da abertura do processo de revisão constitucional lá acabou por admitir que também vai apresentar a sua propostazinha.
É mesmo difícil percebê-los.
Perceber quem fala em nome do partido, o que quer realmente dizer,ou se diz uma coisa para se perceber o contrário.
Depois ainda há os que falam em nome próprio e de mais ninguém.
A candidatura de Manuel Alegre foi exemplar em demonstrar o que vai de confusão pelo largo do Rato.
Por isso me proponho descodificar o quem é quem nas declarações públicas do PS.
Naquilo que é apenas um exercício de boa disposição.
Quem se pode levar a sério:
José Sócrates,porque é o líder e manda no partido,independentemente de se acreditar no que ele diz.
Sem brincadeiras tenho a certeza que ainda há,aqui ou ali,quem acredite.
Almeida Santos e Vera Jardim,dois "senadores",que o PS normalmente usa quando quer falar de coisas sérias.
Por isso falam tão poucas vezes.
António José Seguro que raramente fala em nome do partido mas quando fala é para ser levado a sério.
Até porque será,tudo o indica, o próximo líder.
Jaime Gama, um dos políticos mais experientes e com maior sentido de Estado da casa socialista, que sabe falar para fora e para dentro do partido e do governo.
E que pensa exclusivamente pela sua cabeça.
Talvez por tudo isso nunca tenha chegado a líder...
António Costa, mais pelo peso que tem na estrutura do que pela profundidade do que diz,é outro a que não convém dar grandes "barracas" pelo que deve ser levado minimamente a sério.
E quem não se pode levar muito a sério ?
Pedro Silva Pereira, o clone imperfeito de Sócrates, que aparece a defender posições que o PS já sabe que vai ter de alterar.
Jorge Lacão que só aparece a defender as causas que se sabem antecipadamente perdidas.
Um verdadeiro "pé frio".
É assim desde a revisão constitucional de 1998 em que Marques Mendes o derrotou em toda a linha.
Vitalino Canas é o homem que o PS faz avançar quando está indeciso entre ficar calado ou não dizer nada que se aproveite.
Santos Silva quando a estratégia aponta para "manobras" (não é em vão que é ministro da defesa)com o máximo de ruído e o mínimo de substância.
Ricardo Rodrigues o porta voz em ocasiões em que o mais importante é não ficar qualquer registo para a posteridade do que foi dito.
Vieira da Silva, uma espécie de "Calimero do governo, protagonista quando se torna necessário induzir no eleitorado um sentimento de pena pelo governo.
Do género "...coitadinhos esforçam-se tanto mas não tem sorte nenhuma...".
Francisco Assis especialista em exprimir posições que não se percebem muito bem e que permitem,sem grande dano,mudar de estratégia a qualquer momento.
E depois há outros, "pessoal menor",que lá vão aparecendo ao sabor das conveniências do chefe.
Mas a descodificação do PS passa por estes.
Pelo menos para já...
Depois Falamos
Caro Sr. Luis Cirilo
ResponderEliminarAinda falta Mário Soares!!!
Quando fala, mais valia estar calado.É a consciência negra do partido socialista.
Cps
S. Guimarães
Caro S.GUimarães:
ResponderEliminarCreio que Mário Soares é dos tais que tem um estatuto (justo ou injusto é outra questão) que lhe permite falar longe das lógicas do partido a que pertence.
Creio,até,que nalgumas matérias é uma espécie de consciência do PS.
Género grilo falante...
O PS de agora faz-me lembrar os tempos da Dama de Ferro na lideranca do PSD
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarPara lá caminha não duvido