Justa Homenagem.

Não conheci pessoalmente Carlos Mota Pinto.

Mas acompanhei a sua carreira política no PPD, depois no PSD, e conheço o prestigio académico que granjeou numa carreira que o destino quis,infelizmente,curta.

No partido foi dos da primeira hora.

Na Constituinte e depois no Parlamento foi uma das vozes mais autorizadas do partido em combates políticos bem dificeis.

Depois saiu.

Numa cisão em ruptura com Francisco Sá Carneiro.

Voltaria mais tarde a uma casa que era a sua.

Sempre foi sua apesar da "zanga" conjuntural.

Estive no congresso de Albufeira (Montechoro) em 1983 da qual saiu uma originalissima solução de liderança.

Na qual votei.

O Presidente do partido era Nuno Rodrigues dos Santos e tinha três vice presidentes:

Mota Pinto,Eurico de Melo e Nascimento Rodrigues.

Sendo que o primeiro era o líder de facto.

Só viria a ser eleito lider de pleno direito em 1984 no congresso do Teatro Circo em Braga.
Pelo caminho disputara eleições antecipadas com o PS de Mário Soares e perdendo viria a levar o partido para o primeiro (e unico até á data) governo de Bloco Central.

Onde foi vice primeiro ministro e deu, mais uma vez, provas de uma enorme competência e de um patriotismo a toda a prova.

Morreu novo.

Muito novo.

Dias antes do congresso da Figueira da Foz que consagraria Cavaco Silva e daria inicio a uma fase de progresso e desenvolvimento do nosso país.

A que ele bem merecia ter assistido e,quem sabe, sido participante activo.

O destino foi muito ingrato e não o permitiu.

Carlos Mota Pinto foi uma das grandes figuras do PSD e da democracia portuguesa.

Bem anda a distrital de Viana do Castelo ao prestar-lhe esta homenagem.

Porque só seremos dignos dos que nos antecederam se formos gratos e soubermos respeitar-lhes a memória e os ensinamentos.

Depois Falamos