Trinta e seis anos depois do 25 de Abril de 1974, e da conquista de uma liberdade por longos anos perdida, já votarão em próximas eleições os filhos de cidadãos nascidos depois dessa data.
São os verdadeiros "netos" de Abril.
Pessoas para quem essa data relembra uma passagem importante da História de Portugal mas não mais do que isso.
Uma data e um acontecimento emoldurados por muitas outras e datas e acontecimentos de uma História quase milenar e riquissima em efémerides.
Por isso tenho cada vez maiores duvidas se estas comemorações,repetidas ano após ano em modelos pouco diferenciados, servem para algo mais do que para...gastar dinheiro!
Porque comemorar Abril devia ser cumprir as muitas promessas que a revolução trouxe.
Dos três D de Abril( descolonizar,democratizar,desenvolver) que balanço podemos fazer ?
Descolonizamos mal e porcamente.
Democratizamos bem mas ainda há um caminho a percorrer.
Desenvolvemos,apesar de tudo,muito aquém do que o país necessitava e os portugueses mereciam.
Por isso me parecem fazer cada ves menos sentido estas comemorações.
Porque cada vez se tem mais a sensação de que se comemoram a Liberdade,é certo,mas para lá disso apenas um conjunto de intenções.
Muitas delas por cumprir.
Por isso,para mim, a figura emblemática da Revolução será sempre o capitão Salgueiro Maia.
Pela coragem,pelo exemplo,pelo desinteresse material nos proventos da Revolução.
Foi-lhe atribuida uma missão e cumpriu-a exemplarmente.
Uma vez terminada voltou ao seu quartel e á sua carreira militar.
Não se meteu onde não era chamado,não desempenhou funções para que não estava preparado,não enganou ninguém.
Morreu muito novo.
Mas deixou uma imagem de respeitabilidade que o tempo não apagará.
Depois Falamos
Salgueiro Maia é dos poucos que merece respeito naquela tropa do MFA.
ResponderEliminarPrecisamente pelas razões que aduze.
Muitos dos outros quiseram foi "poleiro" e "milho"
Caro Ricardo:
ResponderEliminarEstamos de acordo