Inequivoco

Pedro Passos Coelho é o novo líder do PSD.
Vitória clarissima,incontestável,em todos os distritos do Continente e nos Açores.
Apenas na Madeira,e por razões conhecidas, não saiu vitorioso.
Os mais de 27.000 votos e a percentagem de 61% demonstram por parte dos militantes uma enorme vontade de virar de página e iniciar um novo ciclo na vida do partido passados estes dois anos de lamentável equivoco.
Não deixa de ser curioso que a percentagem de PPC é exactamente a soma da votação dele próprio em 2008 mais os votos de Pedro Santana Lopes enquanto Paulo Rangel e Aguiar Branco somados atingem o score de Manuela Ferreira Leite nas ultimas directas.
Caso para concluir que se perderam dois anos.
E umas legislativas pelo caminho.
Agora importa pensar no futuro.
Unir o partido, conquistar o país, preparar a alternativa a este (des)governo do eng. Pinto de Sousa.
E para isso, na minha modestíssima opinião,o novo líder tem que dar claros sinais do rumo que pretende seguir num espaço de tempo relativamente curto.
Mais propriamente nos próximos 15 dias.
Os que medeiam entre a eleição e o congresso de Carcavelos.
No qual vão ser eleitos os restantes orgãos nacionais.
Escolher muito bem a sua CPN com base em pessoas da sua estrita confiança e que estejam disponíveis, e sem peias,para o combate político.
Utilizar a lista do Conselho Nacional para dar sinais claros de abrangência.
Convidar para presidente do congresso uma personalidade reconhecida pelo partido como estando acima de disputas e querelas.
E,essencialmente,escolher muito bem o secretário geral.
Que é a personalidade mais decisiva em qualquer liderança a seguir ao próprio líder.
Porque é quem faz do partido uma máquina de combate politico ou ,pelo contrário,o transforma num fardo para quem lidera.
Pode um líder ter excepcionais qualidades mas uma má escolha para a secretaria geral pode por tudo em causa como a História do PSD demonstra.
Pedro Passos Coelho tem uma legitimidade extraordinária depois desta vitória arrasadora.
É em nome dela,legitimidade,que deve escolher sem receios ou constrangimentos a sua equipa para os próximos dois anos.
Porque dessas escolhas vai depender o seu futuro político.
E,já agora, a capacidade do PSD se afirmar como alternativa credível aos portugueses.
Depois Falamos