A tentativa de provocar um "eclipse" na próxima edição do jornal Sol é mais uma acha para a fogueira em que arde a quase desaparecida credibilidade do primeiro ministro José Sócrates.
Tentativa oriunda do administrador da PT, nomeado pelo governo,Rui Pedro Soares com base na possível divulgação de escutas em que está envolvido.
Quem teve oportunidade de ler a anterior edição do referido semanário não terá ficado com dúvidas sobre o papel que esse "boy" de 2ª geração teve no plano de controle da comunicação social por parte do governo.
Ao vir agora,dentro de um direito legal que lhe assiste mas cujo uso denota a má consciência de que está possuído,interpor esta providência cautelar mais não faz do que entrar para a notável galeria de amigos do primeiro ministro cujas acções tanto ajudaram á sua completa descredibilização.
E contribuiu para a desagradável sensação de que estamos cada vez mais parecidos com a Venezuela...
E infelizmente não é por termos poços de petróleo!
Depois Falamos
Caro Luis Cirilo
ResponderEliminarComparar situação portuguesa com a venezuelana é absurdo.
Um regime que suspendeu canais de televisão por não transmitirem os discursos do presidente.
O que se passa no nosso país é que um juiz decretou a proibição daquilo que já de si é proibido e que é a divulgação de escutas.
Portanto, meter aqui o Sócrates é, como disse, um absurdo.
Caro cm:
ResponderEliminarRespeito a sua opinião.
Mas olhe que entre um regime que proibe canais de televisão e outro que usa dinheiro de empresas públicas para influenciar a linha editorial de orgãos de comunicação não vai assim uma diferença tão grande.
E se a divulgação das escutas é crime não o é menos o conteudo das mesmas.
Bem pior até.
Infelizmente no sistema "avenezuelado" em que vivemos o topo do sistema de justiça parece ser cego ,surdo e mudo.
Perante tal falta de pudor, só posso dizer: e depois o meu primo António de Stª Comba é que era fascista!
ResponderEliminarRealmente polvo, ou teia, são as palavras que mais caracterizam esta 3ª república. E neste momento uma decisão judicial não tem qualquer credibilidade, dada a desconfiança pública perante mais um possível tentáculo.
Como se dizia 'manda quem pode e obedece quem deve', mas os que devem obediência, não têm qualquer respeito pelas ordens e ordenantes. Isto é o princípio do fim de qualquer sistema político e social.
Bem ao menos na Venezuela as coisas são feitas às claras.......aqui é mais no "oculto".
ResponderEliminarE que pensar da entrevista de ontem do Presidente do Supremo?
ResponderEliminarA figura já de si é ridícula, com aquele metro e meio de altura a dar ares de importante e com uma vozinha de quem parece que acabou de engolir uma garrafa de hélio...
E depois a tentar explicar o inexplicável...
Caro il.
ResponderEliminarIsto de facto esta a bater no fundo.Porque ninguem pode acreditar neste sistema de justica.
Caro Pedro.
Tal e qual.
Oculto e Oculta.
Caro Saganowski.
esse ja devia ter apresentado a demissao. Porque o encobrimento e indisfarcavel
Caro Sr. Luis Cirilo
ResponderEliminarMuito se tem falado sobre a separação de poderes dos orgãos de soberania mas, como é possível isso suceder, se muitos dos juizes, estão em alguns desses mesmos orgãos nomeados pelos próprios partidos ....
Caro Luis Cirilo
ResponderEliminarNão pretendo defender tudo o que Chavez fez nestes últimos anos.
Que a classe média e burguesa não estejam satisfeitas, é possível. Mas a imensa maioria da classe desfavorecida vêm as necessidade vitais asseguradas ou em vias de melhorar.
Aliás isso explica as vitorias nas eleições democráticas.
Interessante seria a questão seguinte : Porque é que os Estados Unidos se opõem a Chavez? Por causa do petróleo ? Sem duvida. Mas, pergunto eu, só ?
As guerras do petróleo, os EUA estao habituados a ganhà-las. Mas na Venezuela, alguém resiste. O que se diz na Venezuela é que é possível utilizar o dinheiro do petróleo de maneira inteligente. E útil. Não como em Dubai onde se construem hotéis a 20.000 euros por noite no meio do deserto e no meio de um mundo arabe subdesenvolvido. Não como na Nigéria onde a fome mata apesar do pais ser um dos maiores exportadores mundiais.
Na Venezuela um homem afirma que é possível resistir às multinacionais e vencer a pobreza.
Acusam-no de todos os pecados : populista, ditador, anti-semita..
O petróleo é um objectivo importante no mundo actual. Basta ver como agem a Exxon, Shell ou Total. Mas a questão vai mais longe que o petróleo. Qual tipo de economia pode vencer a pobreza?
Uma verdadeira democracia é possível ou não ?Porque quando há miséria e que esta avança, não há mais democracia!
Estes objectivos dizem respeito a toda a América Latina, mas também ao Médio Oriente, à África e mesmo à Europa.
O que vale a nossa informação, aquela que temos ? A América Latina nos media é muito simples: O carnaval no Rio, o tango em Buenos Aires e a droga na Colômbia! Ah, e Chavez o populista!
Em vez desta imagem estereotipada, não seria mais conveniente constatar a verdadeira vida dos Latinos?
Mais ou menos um sobre dois vive abaixo do patamar de pobreza. Porquê?
Mas em contrapartida, sete ou oito são multibilionarios em alguns anos. Como ?
44% de pobres na América Latina.
Em vez de olharmos para estes números como uma estatística, pergunto: Que se pode dar a comer a uma criança. Como pagar-lhe a escola? E se estiver doente, como verá ele um médico? Quando se dispõe de um ou dois dollars por dia, é se obrigado a escolher entre estas necessidades vitais.
Esta angustia é o quotidiano duma pessoa sobre duas neste grande continente. No Médio Oriente e na África, a mesma coisa ou pior.
A experiência da Venezuela representa sim ou não uma alternativa valida? Se a resposta é sim, isso diz-nos respeito a todos.
Importante é de nos informarmos de maneira independente. Os media mentira não foram e não são somente para o Iraque. O fosso entre ricos e pobres alarga-se dramaticamente. O direito à alternativa existe ou não ?
Caro Anónimo:
ResponderEliminarTem razão.
É preciso aperfeiçoar o regime.
Caro Freitas Pereira:
Nem sequer discuto a relevância dos dados que fornece ou a necessidade de encontrar novas vias politicas longe das tradicionais.
A minha coparação limita-se á forma como Chavez encerra orgãos de comunicação que não lhe são favoráveis.
Por cá Sócrates ensaia procedientos idênticos para calar jornalistas que o incomodam.
Por outro lado não gosto do estilo de "hoem providencial" que o presidente venezuelano gosta de encarnar.
Por cá tivemos quase meio século disso e ainda hoje estamos a pagar a factura do atraso (desnecessário)em que nos encontramos.