Permito-me deixar aqui uma reflexão pessoal ,genuína, longe da luta politica que se adivinha por detrás da eleição do próximo líder do PSD.
De Francisco Sá Carneiro a Manuela Ferreira Leite o partido já teve muitos lideres,demasiados digo eu, cada qual com as suas caracteristicas muito próprias.
Uns tiveram sucesso,ganharam eleições,foram primeiros ministros de Portugal.
Outros ,ou por falta de tempo,ou por recusa do eleitorado,ou por circunstâncias próprias da vida e da morte não tiveram essa possibilidade.
Mas todos,repito todos,fizeram seguramente o seu melhor,deram ao PSD o que podiam dar,merecem o respeito de todos os militantes.
Apoiei uns,não apoiei outros,participei activamente em muitos processos eleitorais.
Fosse em congresso(desde 1983) fosse em directas.
Apoiei Mota Pinto, apoiei Cavaco,com Durão Barroso perdi e depois ganhei,com Luís Filipe Menezes também perdi e depois também ganhei,com Pedro Santana Lopes perdi.
Tudo isto para dizer que é normal,em termos de vida interna, ganhar e perder eleições.
Anormal é esta situação que actualmente se vive.
Um partido paralizado, uma liderança que não percebeu que devia ter saído há muito, um jogo de sombras e luzes que está a dar cabo do PSD.
E o adiar das directas,da eleição do novo líder,daquilo que pode tirar o partido deste estado comatoso que ameaça a sua existência como grande partido de Portugal.
Hoje as directas são essenciais e, mais do que isso, urgentíssimas.
Porque só com a sua marcação será possível perceber quem são os candidatos,quais os seus projectos,quem os apoia e para quê.
E acabar com esta situação de existir um candidato que se assume e vários pseudo candidatos que se entretém a atacar o assumido mas sem terem a coragem,até agora,de darem o passo em frente e dizerem o que querem.
Ainda que,nalguns casos,dispondo de oportunidades diárias de o fazerem.
Por mim são todos bem vindos.
Dois,três,quatro,os que forem.
Debatam,confrontem projectos,apresentem soluções para o partido e para Portugal.
Os militantes saberão escolher.
E depois o escolhido terá como tarefa primeira, e absolutamente essencial, unir o PSD.
A seu tempo direi com clareza quem apoiarei.
De uma coisa tenho a certeza .
O regime de Fidel Castro,a direcção politica do partido comunista de Cuba, não souberam resolver muitos dos problemas do país.
A par de terem criado outros sem qualquer necessidade.
Alguém acredita que vai ser Raúl Castro a resolvê-los ?
Quando fez parte activa da direcção e foi o braço direito de quem o antecedeu.
Nem com muito boa vontade se pode acreditar em tão peregrina evolução..
Depois Falamos
Não posso estar mais de acordo...Grande Cirilo!
ResponderEliminarCaro JML:
ResponderEliminarAcredita que já me vai faltando a paciência para algumas coisas que vejo no nosso partido.
Uma delas é esta continua vontade de alguns sobreporem o interesse pessoal alimentado a uma vaidade despropositada aquilo que são os reais interesses do PSD.
Já não há pachorra.
Como militante deste partido, também a mim me preocupa o estado do partido... ouvi o Albert João a defender um congresso a portas fechadas, hoje o Couto dos Santos a defender directas já, mas sem congresso antes... não sei qual a melhor, mas acho que ouvir as bases não seria a pior opção num partido que anda há muito a tentar encontrar o melhor caminho... espero bem que a próxima liderança seja capaz de trabalhar para unir, e acabar com esta dormência...
ResponderEliminarCaro Filipe:
ResponderEliminarEsse é um dos problemas do PSD actual. Toda a gente fala sózinha,mesmo alguns cuja irrelavância aconselharia o silêncio,mas ninguém parece disposto a uma convergência efectiva para decidir o rumo a tomar.
Um partido que tem manuela ferreira leite,luis filipe menezes,luis marques mendes,pedro santana lopes,marcelo rebelo de sousa (para citar apenas os 5 ultimos lideres que estao na politica nacional)tem boas razões para acreditar em si próprio.
Contudo se entre eles,e outros, não for possivel uma convergência minima então hã razões para temer um futuro pouco radioso.
Caro Cirilo,
ResponderEliminarGostava que um dia o senhor pudesse escrever algo sobre a situação actual do PSD Guimarães.
Cumprimentos,
PJM
O que é preciso é renovar opções politicas com coerência ideológica e com caras novas...mesmo,mesmo novas,frescas.
ResponderEliminarSe velhas caras...o povo já não acredita ...está farto delas!
Se novas mas com receitas antigas defendendo os mesmos...também não vão lá.
Congresso à porta fechada?Só na madeira e em caa do A.J.,à sua moda,fala ele e os compinchas maderenses aplaudem...Haja paciência...
No fundo todos querem, mas nomeados de preferência...essa coisa das bases dá trabalho e são chatos.
Juízo e coragem.Vão a votos quanto antes.
Ai Cirilo... não costumo comentar posts sequer, mas não só as tuas ideias merecem ser comentadas e amadurecidas por todos nós, como este tema a par de outros que escreves - tocou-me.
ResponderEliminarDa minha parte o que te digo é simples: BASTA!
Queremos ser um partido em fim de ciclo?
Queremos estar perto ou longe das preocupações dos portugueses?
Queremos ou não um(a) líder a sério que não fique refém de vices-presidentes?
Queremos ou não sentir, que gritar PPD/PSD é de novo uma marca nacional que nos orgulha e que significa mudança, preocupação social, evolução e o tal humanismo e tantos outros valores que tão poucas vezes se aplicam quando pensamos nele?
Eu quero voltar a sentir que me identifico com o PPD/PSD e com o seu rumo e com as suas bandeiras.
Quero voltar a ter orgulho em dizer que o meu PSD afinal é mesmo um Partido Social Democrata.
Senão até eu, ex-conselheiro nacional e etc, e etc e o que tu conheces e desconheces: serei consequente.
Porque acredito que a política pode mudar a vida das pessoas e construir, acrescentar, trazer desenvolvimento.
Não tenho dúvidas da social democracia. Não encontro é o Partido no qual um dia me filiei.
Conheço um que usa a mesma sigla e as mesmas cores. Mas... ou mudou ele, ou mudei eu.
Depois falamos.
Para quem por idade ou outras razões nunca foi a um congresso do PSD à porta fechada não sabe o que era a democracia interna.
ResponderEliminarCada um falava na sua vez; não sendo necessário a mesa fazer coincidir irregularmente os discursos dos "BIP's" com os telejornais; e falava-se à vontade, porque não havia perigo de qualquer crítica aparecer nos media e 'prejudicar' o partido.
Cavaco percebeu isso e abriu os congressos a jornalistas -nunca mais se pôde falar à vontade; e agora as mesas combinam com os jornalistas a hora a que os 'barões' falam. Resultado: os outros são bicharada, não valem os mesmo enquanto militantes?
AJJ tem razão nesse ponto -só se consegue lavar a 'roupa suja' à porta fechada; gritar, berrar dizermos na cara uns dos outros o que esteve mal e seguir. Quem queiser repeteir os mesmos erros -que venham a ser encontrados- terá a porta aberta.
O problemas de alguns 'elitos' é que não se querem responsabilizar. Como os putos pequenos, que apanhados todos lambuzados, dizem que quem foi ao doce foi o gato...
Caro PJM:
ResponderEliminarUm destes dias fá-lo-ei certamente.
Caro Anónimo:
A questão é mesmo essa.
Votos e depressa.
Caro Armando:
Como te compreendo.
E estou,como imaginarás,completamente de acordo contigo.
Sendo que a diferença de idades ainda acentua mais a minha estranheza perante este partido.
Porque o PPD no qual me filiei e o PSD em que milito há mais de trinta anos são uma coisa.
Este PSD dos ultimos anos é algo bem diferente.
Para muito pior.
Vamos ver o que nos trazem os próximos tempos,na certeza de que outro erro de escolha pode ser o fim.
Caro Anónimo:
Não me choca nada um congresso á porta fechada.
Sem comunicação social lá dentro.
Mais do que dar espectáculo ao país este congresso de que se fala tem de significar o reencontro do partido consigo próprio.
Pessoalmente sempre me chocou os arranjos feitos por sucessivas mesas para os VIP falarem quando lhes dá jeito e o resto quando calha.
Defendo até que,no limite,as inscrições deviam ser feitas por senhas numeradas e cada um falava na ordem sequencial.
Como no atendimento ao público em tantos sitios.
Luis Cirilo faz falta a Guimarães.
ResponderEliminarNão basta dormir no berço, é preciso embala-lo...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarO berço "Guimarães" é muito pesado.
Ninguém o pode embalar sózinho
Caro Cirilo
ResponderEliminarcomeçamos a ver gente, mais nova que nós, a pensar o PSD com sentido de responsabilidade. o armando é um jovem, que eu conheço bem, e que também decidiu dar um grito de alma. decidam-se rápido, se é que lhes interessa, e deixem que os militantes escolham. é importante mudar, mesmo que nos enganemos, temos o direito de errar.
falaremos depois
Cara Teresa:
ResponderEliminarDe facto é urgente decidir.
Até para que o partido possa definir um rumo e deixar-se de posturas erráticas como as que ameaça ter em volta do Orçamento de Estado.
Confesso que dia após dia vaou tendo a noção de como a crise interna está a debilitar o PSD.
MAs quando quem tem o poder de decidir parece que gosta deste aprodrecimento...
Espectacular.
ResponderEliminarEstou totalmente de acordo com a forma como abordou o problema.
O aguiar branco tem tantas ou mais culpas do que a manela no estado em que isto está.
Escusa de vir agora armar-se em santinho com aquele ar pedante que irrita porque não serve para lider do psd.
Não serve mesmo.
Cara Lara:
ResponderEliminarÉ também essa a minha opinião como se depreende do post.
Mas os militantes decidirão.