Manuela Ferreira Leite proferiu ontem, no Parlamento, uma intervenção durissima para com as altas instâncias da Justiça (leia-se Procurador Geral da República e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça) e para com o primeiro ministro.
Fê-lo no lugar certo, na forma adequada e com um conteúdo exacto.
E cheia de razão o que também ajuda.
Porque o que se passa entre PGR e STJ é inaceitável num estado de direito.
A irresponsabilidade, o jogo do empurra, a recusa em assumir decisões.
Mas pior do que isso, e aí MFL esteve particularmente bem, é este permanente estado de suspeita em relação a José Sócrates.
A quem constantemente estouram castanhas debaixo dos pés.
A licenciatura, a casa, a casa da mãe,os projectos que assinou sem ter feito,o aterro sanitário,a sociedade de que não se lembrou ter sido sócio, o Freeport,agora a "Face Oculta".
Entre casos menores.
É demais.
E a líder do principal partido de oposição,que tem feito questão em não misturar politica com justiça,neste caso não podia ficar calada.
Porque este acumular de casos mal explicados põe em causa a Justiça sem sombra de dúvida.
Mas pior do que isso abala,seriamente,os alicerces do regime democrático.
Porque nenhum país democrático aguenta ser governado por um primeiro ministro sobre o qual não param de cair suspeições,casos mal explicados,suspeitas várias.
E nenhum politico responsável pode ficar calado perante isso.
Aliás para quem vir a cara de vários deputados socialistas durante a intervenção da líder do PSD (http://www.psd.pt/) perceberá o profundo incómodo que o assunto lhes causa.
Daí o aplauso,neste espaço onde noutras vezes tem sido criticada, a Manuela Ferreira Leite.
Porque fez,no tempo certo,aquilo que se espera do líder de uma oposição responsável.
Depois Falamos
Saldanha Sanches pediu a demisão do Primeiro-Ministro. Se calhar tem alguma razão, são já muitos os casos em que sr. Sócrates está envolvido. Começa a ser dificil aceitar e defender a teoria da cabala.....Este sr. é o reflexo do país.
ResponderEliminarCaro Pedro:
ResponderEliminarÉ. De facto começam a ser casos a mais