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sexta-feira, maio 22, 2009

Valha-nos Deus !


As declarações de Manuela Ferreira Leite foram feitas no final de uma sessão sobre a utilização da Internet na comunicação política e na campanha eleitoral do PSD, que decorreu na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa.
Comentando a ideia defendida pelo cabeça-de-lista do PSD, Paulo Rangel, de que as redes sociais da Internet puseram fim à «sociedade de massas» e iniciativas como os comícios perderam importância, Manuela Ferreira Leite declarou-se agradecida por essa mudança.
«Quando comecei a fazer política ainda estávamos na base dos comícios, como disse o Paulo Rangel. Devo dizer que se tivesse que fazer se neste momento algum comício seria a maior das violências que me poderiam pedir. Acho que o jeito que eu tinha para fazer um comício era nulo. Graças a Deus que passou a era dos comícios» , observou.
O cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, interpelou Manuela Ferreira Leite neste ponto para lhe dizer que «ainda há alguns» comícios, e ouviu como resposta: «Ainda há alguns, mas vamos ver se nos escapamos deles».
Ainda sobre a comunicação política, a presidente do PSD disse: «Não tenho pena de não ter assessores do Obama porque tenho aqui pessoas e muito mais valia do que isso. E porque também estou convencida de que não são os assessores que resolvem nada».
«É impossível haver algum grupo de assessores que transforme o Sócrates em Obama» , acrescentou.
A presidente do PSD considerou que actualmente os novos meios de comunicação «são fundamentais», mas defendeu que os políticos não podem por enquanto «deixar de comunicar com a maior parte da população que não tem acesso a eles».
«Eu, por exemplo, estou absolutamente convencida de que os cartazes nunca conseguem um voto, mas provavelmente perder-se-iam milhares de votos se não houvesse os cartazes. Aí todos somos subjugados e lá pomos os cartazes. Daqui a uns anos provavelmente já não haverá cartazes, já não haverá televisões, haverá só estas novas redes sociais» , anteviu.
Segundo Manuela Ferreira Leite, a interactividade «é um aspecto muitíssimo enriquecedor», que aprofunda a democracia.
Lusa / SOL
Estas declarações da lider do PSD deixam-me preocupado.
Mas não admirado.
Porque confirmam uma tendência ,que se vem afirmando no partido de há alguns anos a esta parte, de trocar os grandes espaços pelas salas de hotel, o povo pelas élites, a vitela assda pelo croquete.
Tendência perigosa.
Porque deixa de lado o que há de mais importante na relação entre politicos e eleitores:
A afectividade, o contacto pessoal, os olhos nos olhos.
A televisão, a internet, as redes sociais são importantes.
Sem dúvida.
Mas nada vale um aperto de mão,uma palavra atenciosa,um minuto de sincera atenção.
Portugal não é,nem nunca será,apenas Lisboa.
Há país para além da capital.
Há PSD para além de S.Caetano á Lapa.
Como dizia um velho amigo meu vale tanto o voto do professor universitário como do operário.
Com a nuance de existirem muito mais operários do que professores universitários !
Enquanto o PSD se mantiver alheio a essa realidade não voltará a ganhar eleições.
Por mais que se esforçe por inovar nas formas de contactar eleitores.
Depois Falamos

12 comentários:

  1. Eu se fosse á dra Ferreira Leite ia-me embora.
    Porque alguém que tem como prioridade fugir do povo para se enfiar em hoteis de 5 estrelas a falar para as elites enquanto trincam uns croquetes está enganada no cargo.
    muito enganada mesmo.
    mas enquanto não tiver esse gesto de lucidez não faria mal em deitar o olho a essa espécie de "cavalo de Troia" que lhe puseram ao lado e que da pelo nome de agostinho branquinho.
    porque só alguem com segundas intenções afirma o que ele afirmou sobre as adesões ao facebook.
    mas tambem só ela nao percebe que ele está lá para abrir caminho ao rui rio.

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  2. Luís

    Não tenho partido político,graças a Deus.E longe de mim dar palpites a um militante.Só que não percebo este "malhar" constante na MFL,ainda por cima em vésperas de eleições.
    Li aqui,já lá vão uns tempos,criticas ferozes ao Pacheco Pereira que comentei ,contra a corrente.Isto não faz muito sentido.Não vejo relação entre o que a senhora disse ,e que entendo perfeitamente,com hotéis,croquetes e afins...Mas,como não sou especialista ...

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  3. Sem comentário possível....

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  4. Cara Rita:
    Acredito que o dr Rui Rio e o dr Agostinho Branquinho apoiam sem reservas a lider do partido.
    Embora as declarações sobre adesões ao Facebook fossem evitáveis.
    Cara Maria:
    Votarei PSD nas legislativas e europeias sem qualquer reserva.
    O PSD é um partido de gente livre e com opinião.
    O que escrevi,e reitero,foi a minha preocupação com um conceito de fazer politica que me parece totalmente errado.
    O PSD é um partido de afectividades,de contacto pessoal, de mobilizações.
    A internet,as redes sociais,as conferências e fóruns não substituem isso.
    Porque,nomeadamente ás conferências,só vão os que estão convencidos e apoiam.
    Nos actos publicos,nomeadamente comicios,existem sempre indecisos,mirones,curiosos que se deixam influenciar pelos discursos e pela capacidade de mobilização.
    Muitos portugueses não tem acesso á internet nem o hábito de frequentar hoteis de luxo.
    Um partido desligado do povo é um partido sem votos.
    Cara Dri:
    Pois !

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  5. Luís

    Os indecisos e curiosos também consultam os blogs...E olhe que o Rangel,homem inteligente,com discurso escorreito,pode cativar votos...

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  6. Com um povo de analfabetos de 85%(reais, não falo das estatísticas do xuxas), a senhora quer comunicar via internet! Saberá????

    Bravo! É mesmo uma pessoa que nunca sai do eixo Lapa-Restelo-Cascais, a não ser quando a obrigaram a ir a Arganil, onde já havia uma foto de uma cadeira vazia à espera da Srª presidente da AM local.

    São iguaiszinhos ao meu primo Antº de Stª Comba, que não gostava de ajuntamentos (mais de 3 era perigosos), de eleições, nem de democracia... mas ao menos ele assumia, que o povo era incapaz!

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  7. Caro Luís,correndo o risco de mais não fazer do que a Maria já fez, isto é, chamar a atenção para eventuais más interpretações das palavras de MFL, eu, que não milito em qualquer partido e ano após ano, me vejo cada vez mais tentada ao voto branco (não confundir com abstenção!), ainda assim apelo ao bom senso a que o Luís nos habituou para lembrar que Portugal e os portugueses precisam mais de gente honesta e lúcida que saiba pôr a sua inteligência e trabalho ao serviço de todos nós do que grandes oradores que empolgadamente prometem o que nunca cumprem e usam os palcos dos comícios como depois usam os do poder: para proveito próprio. Não li nas palavras de MFL qualquer menosprezo pelo contacto directo com as pessoas. Não lhe conheço, como figura pública que é há muitos anos, tendências nenhumas para snobeiras de reuniões em hotéis de luxo (acompanhadas ou não seja de croquetes ou lagostas). Reconheço a MFL, como qualquer pessoa minimamente atenta, pouco jeitinho para discursos inflamados em ajuntamentos de militantes e apoiantes, por mais legítimos que sejam os desejos desses militantes e apoiantes em insistir no modelo do comício-espectáculo, que ainda está por provar que tenha grande efeito na hora da verdade à boca das urnas. Por mim, estou em crer que o PSD só tem a agradecer a MFL a serena lucidez dos seus discursos, que vão chegando, pelos jornais, pela rádio, pela televisão, pela internet, aos portugueses já mais que fartos de vendedores da banha da cobra que nos tratam como atrasados mentais sem capacidade para avaliar e escolher em liberdade.

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  8. Cara maria:
    Estou de acordo.
    E até lhe digo mais;Acho que o PSD vai ganhar as europeias.
    Muito por força da campanha que Rangel tem feito.
    Caro Anónimo:
    É evidente que o problea tambem passa por aí.
    Porque uma grande parte dos eleitores não tem por hábito frequentar as redes sociais nem os hoteis de 5 estrelas com ar condicionado e croquetes á discrição onde se fazem conferências e foruns.
    Portugal é muito mais do que esses segmentos residuais onde alguns dirigentes do PSd gostam de se mover.
    cara Mimi:
    Estou de acordo com parte significativa das referências que faz a MFL.
    Pessoa por quem nutro consideração e considero estimável em termos pessoais.
    E que,de facto,faz da simplicidade a sua forma de estar.
    Quanto a isso estamos de acordo.
    Não posso é estar de acordo que por decreto "...Acabou o tempo dos comicios..." se ponha fim a uma tradição profundamente arreigada nos militantes do PSD e que sempre teve peso decisivo na mobilização do partido para os combates eleitorais.
    Acredito que um dia,daqui a uns anos,os comicios possam passar de moda.
    Para já é um tremendo erro abdicar deles.
    E olhe que sei do que falo.
    Já agora: se a dra MFL é tão contra os comicios que vai fazer em Julho ao famoso comicio do "Chão da Lagoa" no Funchal ?

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  9. Caro Luís, até pode parecer que tenho algum interesse especial na defesa de MFL. Pois tenho, sim, senhor: gosto de gente séria e estou farta de bimbos aldrabões. Tirando isso, apenas acrescento ao que disse antes a inevitabilidade das cedências que qualquer pessoa inteligente sabe fazer sem abdicar de princípios ou mudar de ideias quanto ao que gosta e não gosta. Tenho a certeza de que sabe bem do que falo, caro Luís.

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  10. Cara mimi:
    Acho que estamos completamente de acordo.
    E não gostando de algumas atitudes e opções da dra MFL, e muito enos de alguns dos que a rodeeiam,votarei nela se qualquer hesitação.
    Porque sou dos que acredito que num partido tem de ser muito mais o que nos une do que o que nos separa.
    De resto a politica é a arte do copromisso.
    Que só os burros não fazem.

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  11. Sem fanfarronices e com muita humildade não era desfasado que a Rita Oliveira pedisse desculpas. Mas como diz o nosso novo cartaz "nunca baixamos os braços", no PSD.
    Agostinho Branquinho

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  12. Caro Agostinho:
    De facto a Rita Oliveira não foi nada feliz no comentário que fez.
    Nem em relação á dra Manuela,nem a relação a ti e ao Rui Rio.
    Porque podemos discordar de opções, de estratégias,de formas de fazer campanha,não podemos é andar permanentemente a pôr em causa a seriedade das pessoas.
    E não é por termos ganho que digo isto.
    É porque tenho a certeza que da parte da direcção de campanha do partido foi feito um enorme esforço para que tudo corresse pelo melhor.
    Agora, e eu também já por aí estive e sei bem como as coisas são,por vezes surgem imponderáveis que prejudicam o trabalho e a dedicação das pessoas.
    Mas que também trazem contributos e experiências importantes para o futuro.

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