Publiquei,hoje,este artigo no site da Associação Vitória Sempre
Semana de visita a Guimarães do Porto, quase crónico campeão nacional nos últimos vinte anos, é boa altura para recordar que o confronto é entre duas equipas que só estarão em plano de igualdade no número de jogadores que entram no campo.
Porque os que saem logo se vê…
Muita coisa nos separa do Porto nos mais variados planos.
Do palmarés á forma de estar no futebol, na arbitragem, nos poderes que regem tudo isto.
Também no acesso á Champions.
Onde eles foram, apesar de tudo, e onde não nos deixaram ir da forma que se sabe.
Mas hoje gostava de deixar aqui um protesto.
Que não servirá para mais do que, através deste site e de vários blogues vitorianos que ao assunto se tem dedicado, mostrar a quem manda que podem prejudicar-nos, ostracizar-nos, passarem o ano a fazer de conta que não existimos, mas não nos calam.
Nunca nos calarão.
Refiro-me á forma como as televisões, muito em especial o serviço público (RTP) tratam o fenómeno futebol de forma acentuarem clivagens, agravarem diferenças, fazerem dos chamado grandes cada vez maiores e dos outros (com a nossa honrosa excepção) cada vez menores.
Já nem vou falar aqui do ridículo, aliás já denunciado pela ERC, dos constantes directos dos treinos dos slb/fcp/scp, das reportagens por tudo e por nada, da promoção feita a jogadores, técnicos e dirigentes desses clubes.
Um destes dias o Rui Costa foi visitar uma escola e lá iam as televisões atrás como se fosse um membro do governo ou coisa semelhante.
A situação é de tal forma vergonhosa que até já alguns jornalistas se começam a sentir incomodados.
Refiro-me aqui, especialmente, aos programas de debate desportivo com os conhecidos “paineleiros” que há quase vinte anos nos enxofram o juízo, mais o “paineleiro” que actua a solo nas noites de domingo na sic noticias.
Por semana, repartidos pelas três televisões, são horas de propaganda desenfreada ao Porto, Benfica e Sporting com discussões sobre tudo e geralmente sobre nada entre figuras que parecem entender o Portugal futebolístico apenas a três cores.
Com óbvios benefícios para os clubes que tem tempo de antena e muito em especial para os respectivos patrocinadores que levam horas de publicidade de borla.
Enquanto os outros, coitados, apenas são citados pelos “paineleiros” quando lhes dá jeito.
Em especial quando os seus clubes não ganham.
Mas, não sejamos inocentes, o pior não está aí.
Está no facto de os árbitros saberem que se num qualquer jogo prejudicarem involuntariamente (sim por que a esses só prejudicam involuntariamente entenda-se) um dos desses três já sabem que vão ter “missa” cantada no domingo á noite pelo “paineleiro” da sic noticias, na segunda pelos da tvi e sic noticias outra vez e na quarta ainda tem de aturar os “paineleiro” da rtp/n.
Convenhamos, pensará o pobre do árbitro, que mais vale ajudar o “grande” porque assim ganha o silêncio dos “paineleiros” (a não ser que o frete seja demasiado grande e os paineleiros restantes se insurjam) e as reclamações dos prejudicados não tem mais alcance do que os jornais do dia seguinte.
Sim, porque o prejudicado for o Vitória (ou Braga, Setúbal, Académica, Marítimo, etc) no dia seguinte deixa de ser noticia.
Agora se for um dos três, veja-se o Benfica-Nacional por exemplo, já temos notícias para a semana toda como é habitual.
É tempo de dizer basta.
A esta paineleirice e a estes paineleiros.
E o Vitória, quarto grande do nosso futebol, tem especiais responsabilidades na matéria.
Porque mesmo nos anos em que ficou em terceiro lugar nunca teve assento nesses programas.
E não me venham dizer que aquela “paineleirice” do João Reis, na final da época passada era representativa do Vitória porque não era.
Com todo o respeito era apenas mais um lisboeta a quem arranjaram tempo de antena á boleia circunstancial do Vitória com a grata colaboração do Sr. José Marinho naquele número vergonhoso da atribuição do número de sócio 30.000 ao filho dele e da famosa Catarina Furtado.
Alguém voltou a ouvir falar do João Reis e do seu vitorianismo?
Repito; é preciso dizer basta.
E uma bela forma de o começar a fazer seria dirigentes, técnicos, jogadores e adeptos recusarem-se a prestar declarações ás televisões nas semanas que antecedem os jogos com os chamados grandes.
Pagar-lhes com desprezo o facto de só aparecerem para fazerem de nós adorno de uma festa que é sempre dos outros.
Podia ser que começassem a apreender…
Não se pode discordar desta mensagem, incluindo a cena do João Reis.
ResponderEliminarClaro que João Reis não é representativo da massa adepta do Vitória.
Mas o certo é que se lá esteve foi a representar o nosso clube, e tentou, da maneira que soube.
Por isso considero que apesar de tudo foi um episódio positivo para o Vitória SC
Na Antena 1 também tem três paineleiros ás segundas.Quanto ao João Reis, foi apenas dar uma má imagem do verdadeiro Vitória. não falta por cá gente capaz de fazer melhor que o tal JReis-por exemplo LCirilo-basta apenas mexer alguns cordelinhos. Sobre o texto, é bom começar a pensar em (repito) escreve-lo em jornais de GMR.
ResponderEliminarMeus amigos, para representar o Vitoria, basta um que sinta o clube, não é preciso ser doutor engenheiro, ou professor.
ResponderEliminarQuanto ao teor do post do Dr. Luis Cirilo, só tenho a dizer que já em tempos, não á muitos anos fizemos bloqueio no complexo nos jogos com os três estarolas, mais pela TVI na altura, e não adiantou nada.
Confesso que estou um bocado preocupado, com o que se possa passar este fim de semana, por causa dos excessos de ambas as partes, os adeptos do fcp querem fezar uma deslocação em grande para nos calar, nós queremos mostrar que quem manda aqui somos nós (e com razão), vamos voltar ao passado mais precisamente aos meus 18 anos (que saudades).
VITORIA ATÉ MORRER
Um Abraço
APL
Mais i menos i,estamos fartos de saber que estámos de acordo.
ResponderEliminarA questão é termos consciência de que todos somos dirigentes do Vitória e por isso todos temos a responsabilidade de tentarmos fazer alguma coisa para acabar com este estado de coisas,lutar contra este dilacerante "status quo" que impera no futebol,e acessórios, deste país.
Não achará o carissimo Luis Cirilo que é a altura de alguém,muito mais categórico do que José Alberto Reis,levantar a sua voz contra todos estes poderes instituidos?
Certamente,certamente,mas como é nosso apanágio,continuamos á espera que alguém avance.
Nós não temos coragem.
Eu não tenho coragem.
É verdade isso tudo, mas os paineleiros têm o valor que cada um lhes quer dar... Por exemplo, eu mudo de canal quando apanho algum paineleiro, a solo ou em grupo, em actividades painelísticas... Há tantos canais no satélite/cabo... Futebol é na relva, é o jogo das emoções no sábado em Guimarães, são os falhanços dos jogadores, dos árbitros e dos treinadores, são as fintas dos génios da bola, são os cortes durinhos dos centrais e trincos, são os golos dos ponta de lança... O resto é conversa da treta, é paineleirice.
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ResponderEliminarCaro C:
ResponderEliminarEu não critico o João Reis como é evidente.
Fez o que pode dentro do que sabia.
Critico é os critérios.
Caro Anónimo:
Eu faço a minha parte nos meios a que tenho aceso.Agora devia ser o próprio clube a insurgir-se contra este estado de coisas.
Caro APL:
Não defendo acções expontâneas dos sócios porque a indignação ás vezes é má conselheira.
Mas defendo,isso sim, uma acção concertada da direcção junto da imprensa.
Se é que já se preocuparam com este assunto.
Caro Jose Alves:
Acho que sim.
Eu,dentro das minhas possibilidades,faço o que neste momento me é possivel.
Escrevo semanalmente num jornal diário defendendo o que me parece melhor para o Vitória.
Escrevo neste blog.
Participo esporádicamente em programas do Porto Canal.
Não estou a querer imitar recentes declarações de Cristiano Ronaldo mas acho que todos podemos fazer mais.
Todos !
Caro Nuno:
Inteiramente de acordo.
É o que faço sempre que no zapping vou parar a um desses programas.
Porque,de facto,futebol é na relva.
Parabéns pelo tema, mas os Vitorianos estão cansados e já não fazem nada, acomodam-se. Não devia ser assim, devíamos fazer uma vigília nestas alturas e as tvs não entravam no complexo.
ResponderEliminarJá ninguém quer saber e os poucos que estão lá no complexo, só querem aparecer na televisão e lambem as botas ao jornaleiros.
Recordo que temos um pa(i)neleiro na tv que é de Guimarães, mas talvez tenham feito de propósito, por ele ser de Guimarães e por ser representante do Benfica.
Um fanático, que não merecia ter nascido em Guimarães.
Caro Ainti jornaleiros
ResponderEliminarCreio que é melhor não divulgar a ninguém que há um paineleiro nascido em Guimarães, que estudou no liceu, ex-membro da assembleia municipal de Guimarães e que é paineleiro do Lisboa.
Ele próprio nunca disse que é vimaranense. Nada tenho contra o Sílvio, que fora a esfera desportiva, muito considero mas seria uma vergonha para todos nós que fosse público que tinha nascido no Berço.
Sílvio Cervan vive em Gaia há uns 15 anos, mas eu tb vivo em Espinho e sou VITORIA até morrer!
Sugira.
ResponderEliminarJá nos disse o que um doutor pode fazer pelo Vitória,talvez até possa ter possibilidades de fazer mais,mas o que faz sem dúvida já é digno de mérito.
Agora gostava que desse ideias do que poderá fazer um trolha,um óperario fabril,ou um qualquer outro trabalhador anónimo,além de apoiar incondicionalmente o Vitória.
Cada macaco no seu galho.
Não tenho qualidades para ser jogador mas apoio e incentivo todos os jogadores do Vitória.
Não tenho qualidades para ser presidente do Vitória mas isso não me impede de tentar "puxar" por alguma ou algumas pessoas que veja com qualidades para isso.
É preciso mais.
Irreverencia.
De quem tem estatuto.
Quem não tem limita-se a "puxar" por quem o tem.
Caro anti jornaleiros:
ResponderEliminarCompreendo a sua posição mas acho que não devem ser os sócios a manifestar a indignação.
Existe uma direcção eleita e é ela que tem de representar o nosso sentir e a nossa revolta.
Se não o faz...mau sinal !
Quanto ao Silvio Cervan,de quem sou amigo há muitos anos,penso que não nasceu em Guimarães mas sim no Porto.
Mas já lhe disse várias vezes que vivendo os anos que viveu na nossa cidade é uma pena que não tenha "percebido" nada do que o rodeava.
Mas sou-lhe franco: se um dia o Vitória tiver assento nesses programas espero que seja representado por alguém de perfil bem diferente.
Porque o fanatismo é apenas capa para muita falta de razão.
Caro Libertas:
Até lhe digo mais.
estou certo que você,eu, e muitissimos mais seriamos vitorianos nem que vivessemos em Pequim.
E teria mos gosto que toda a gente soubesse.
Por mim falo:
Em todo o lado onde trabalhei e trabalho fora de Guimarães toda a gente sabe que sou do Vitória.
Fosse no Parlamento(onde para não haver duvidas até tinha uma bandeira do Vitória e outra de Guimarães bem visiveis no meu gabinete)seja actualmente na câmara de Gaia.
Agora ser vitoriano é um previlégio que Deus só deu a alguns como se sabe.
Caro José Alves:
Não tenho receitas milagrosas.
Em tempo de eleições naturalmente que todos se devem unir na defesa e promoção de uma candidatura de mudança.
Interna e externa.
Fora desse tempo acho que existem muitas formas de ajudar o clube.
Apoiando as suas equipas,captando novos sócios,divulgando a realidade aos amigos e conhecidos,escrevendo em jornais e blogues,mantendo a "pressão" sobre os dirigentes para uma Vitória melhor.
E,claro,participando nas assembleias gerais e dando a sua opinião.
Outras haverá mas quem fizer algumas destas já está a ajudar o Vit+oria.
"E o Vitória, quarto grande do nosso futebol,"
ResponderEliminarcomo?? ahahahah... um clube que só tem uma tacita no palmarés diz-se um grande quando há equipas pequenas com muito mais palmarés...??ahahahaha... vocês são mesmo uma anedota, ou entãoa influencia que tem dos mouros já se começa a notar atraves do:"uma mentira dita muitas vezes acaba por se tornar verdade...ahahahah
Caro Anónimo:
ResponderEliminarExistem muitas formas de medir a grandeza de um clube.
O palmarés é uma delas sem duvida e muito respeitável.
Outra é a média de assistências,o número de sócios,os lugares anuais vendidos.
Também a assistência aos jogos das modalidades amadoras.
Ou o facto de tendo descido de divisão ao fim de 50 anos ininterruptos na 1ª divisao ter aumentado o número de assistentes,de sócios e ter mantido destacado o quarto lugar em médias de assistência.
Existe grandeza mensurável de forma material.
Os troféus.
Mas existe outra grandeza:a de alma,de paixão,de entrega a uma causa e a um clube.
E aí não somos de factos o quarto clube português tem você toda a razão.
Somos o Primeiro !
Caro Luis Cirilo
ResponderEliminarSó poderá imaginar a amplitude dos seus argumentos quem for vitoriano.
Os outros, os dos troféus,jamais conseguirão imaginar o que é amar com alma um clube que vale pela sua própria alma,não pelos titulos obtidos segundo as leis da trapaça.
De conquistas já estão os vitorianos satisfeitos,desde que D.Afonso Henriques começou desta cidade a conquistar este país.
Somos os conquistadores.
O resto são os conquistados.
Não podem ter alma.