Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
É um tema que já aqui foi aflorado noutras oportunidades mas não me parece inoportuno voltar agora a ele.
Com dezanove jornadas disputadas, faltando onze para o final, estaremos a assistir provavelmente á Liga de mais baixa qualidade competitiva dos últimos anos.
Confirmando aliás uma tendência que já vem de alguns anos atrás.
Repare-se que com o FCP a começar a ganhar distância dos directos perseguidores, os habituais aliás, confirmando-se o que é normal nos últimos vinte anos não parece que esta época de 2008/2009 vá trazer grandes surpresas.
É certo que não fora o Leixões ter como passatempo preferido empatar em casa e estaria, quem sabe, a liderar o campeonato.
E, isso sim, seria novidade.
Uma equipa construída para lutar pela permanência a disputar o acesso á Liga dos Campeões e candidata a vencedora da Liga doméstica.
Sem contar com as ajudas que outra equipa do distrito do Porto teve, num passado recente, para ganhar a prova.
Mas com todo o respeito pela meritória carreira dos matosinhenses a sua classificação actual, a dois pontos de SCP e SLB, é uma prova da falta de qualidade do nosso campeonato.
No qual o Sporting de Braga, senhor de excelente equipa, tem visto o “sistema” roubar-lhe (é mesmo esse o termo) preciosos pontos que lhe dariam, com justiça, a liderança da prova neste momento.
Basta fazer contas aos jogos com FCP e SLB se correctamente arbitrados.
Por outro lado a pobre carreira do Vitória, que em circunstâncias normais estaria nos primeiros lugares, também não veio ajudar á competitividade da prova que bem precisaria de mais clubes a intrometerem-se numa disputa por lugares europeus que nunca terá estado tão aberta como agora.
Precisamente porque o nivelamento se faz por baixo.
Razões para isso?
São tantas que num artigo como este se torna quase impossível enumerá-las a todas.
As principais serão, do meu ponto de vista, as seguintes:
Emigração para campeonatos mais competitivos dos nossos principais jogadores em número cada vez mais significativo.
Basta olhar para a selecção nacional para perceber isso com toda a clareza.
Redução do nível qualitativo dos jogadores contratados face ás conhecidas dificuldades financeiras dos clubes portugueses.
E se descontarmos um “jackpot” como Hulk, que tal como todos os jackpots acontece de muito longe a muito longe, vemos que até os nosso principais clubes tem dificuldades em competir na contratação de jogadores de valor reconhecido.
É certo que este ano vieram para o nosso campeonato jogadores como Aimar, Suazo ou Rochemback.
De cuja qualidade não se duvida.
Mas de cuja falta de regularidade exibicional se tem a certeza.
Porque se o talento que se lhes reconhece fosse acompanhado por uma estabilidade exibicional…nunca eles teriam vindo cá parar.
Por outro lado e não perdendo tempo a falar dos dirigentes, que na sua maioria são os responsáveis pelo estado a que isto chegou, importa reconhecer que a nível de treinadores o panorama também não é particularmente famoso.
Existem três ou quatro de boa valia, é inegável, mas os restantes são muito na base do empirismo e da tradição.
Fazem como viram fazer, copiam o que acham de copiar,e a vida vai andando.
Pelo caminho ainda se perdem em polémicas perfeitamente disparatadas.
Se a tudo isto juntarmos os árbitros fraquinhos que temos, a imprensa desportiva facciosa e os estádios com cada vez menos público era difícil, muito difícil, ter uma Liga melhor.
E pior do que tudo isto é vermos que ninguém parece interessado em mudar este estado de coisas.
Paciência.
O futebol em Malta também não é grande coisa e nem por isso deixa de ser um excelente sítio para viver.
BOLA CHEIA
Liga Vitalis
A onze jornadas do fim ainda existem oito equipas, ou seja metade das que participam na competição, a lutarem pelo título e pela subida de divisão.
Com constantes alternâncias entre elas.
Esta sim é uma Liga competitiva e excelente exemplo para a Liga Sagres.
BOLA VAZIA
Liga Vitalis
É muito competitiva mas infelizmente quase clandestina!
Porque a sua média de assistências é inaceitável até para um campeonato regional.
Não percebo como é possível (será que é?) a sustentabilidade financeira dos clubes que nela participam.
Com dezanove jornadas disputadas, faltando onze para o final, estaremos a assistir provavelmente á Liga de mais baixa qualidade competitiva dos últimos anos.
Confirmando aliás uma tendência que já vem de alguns anos atrás.
Repare-se que com o FCP a começar a ganhar distância dos directos perseguidores, os habituais aliás, confirmando-se o que é normal nos últimos vinte anos não parece que esta época de 2008/2009 vá trazer grandes surpresas.
É certo que não fora o Leixões ter como passatempo preferido empatar em casa e estaria, quem sabe, a liderar o campeonato.
E, isso sim, seria novidade.
Uma equipa construída para lutar pela permanência a disputar o acesso á Liga dos Campeões e candidata a vencedora da Liga doméstica.
Sem contar com as ajudas que outra equipa do distrito do Porto teve, num passado recente, para ganhar a prova.
Mas com todo o respeito pela meritória carreira dos matosinhenses a sua classificação actual, a dois pontos de SCP e SLB, é uma prova da falta de qualidade do nosso campeonato.
No qual o Sporting de Braga, senhor de excelente equipa, tem visto o “sistema” roubar-lhe (é mesmo esse o termo) preciosos pontos que lhe dariam, com justiça, a liderança da prova neste momento.
Basta fazer contas aos jogos com FCP e SLB se correctamente arbitrados.
Por outro lado a pobre carreira do Vitória, que em circunstâncias normais estaria nos primeiros lugares, também não veio ajudar á competitividade da prova que bem precisaria de mais clubes a intrometerem-se numa disputa por lugares europeus que nunca terá estado tão aberta como agora.
Precisamente porque o nivelamento se faz por baixo.
Razões para isso?
São tantas que num artigo como este se torna quase impossível enumerá-las a todas.
As principais serão, do meu ponto de vista, as seguintes:
Emigração para campeonatos mais competitivos dos nossos principais jogadores em número cada vez mais significativo.
Basta olhar para a selecção nacional para perceber isso com toda a clareza.
Redução do nível qualitativo dos jogadores contratados face ás conhecidas dificuldades financeiras dos clubes portugueses.
E se descontarmos um “jackpot” como Hulk, que tal como todos os jackpots acontece de muito longe a muito longe, vemos que até os nosso principais clubes tem dificuldades em competir na contratação de jogadores de valor reconhecido.
É certo que este ano vieram para o nosso campeonato jogadores como Aimar, Suazo ou Rochemback.
De cuja qualidade não se duvida.
Mas de cuja falta de regularidade exibicional se tem a certeza.
Porque se o talento que se lhes reconhece fosse acompanhado por uma estabilidade exibicional…nunca eles teriam vindo cá parar.
Por outro lado e não perdendo tempo a falar dos dirigentes, que na sua maioria são os responsáveis pelo estado a que isto chegou, importa reconhecer que a nível de treinadores o panorama também não é particularmente famoso.
Existem três ou quatro de boa valia, é inegável, mas os restantes são muito na base do empirismo e da tradição.
Fazem como viram fazer, copiam o que acham de copiar,e a vida vai andando.
Pelo caminho ainda se perdem em polémicas perfeitamente disparatadas.
Se a tudo isto juntarmos os árbitros fraquinhos que temos, a imprensa desportiva facciosa e os estádios com cada vez menos público era difícil, muito difícil, ter uma Liga melhor.
E pior do que tudo isto é vermos que ninguém parece interessado em mudar este estado de coisas.
Paciência.
O futebol em Malta também não é grande coisa e nem por isso deixa de ser um excelente sítio para viver.
BOLA CHEIA
Liga Vitalis
A onze jornadas do fim ainda existem oito equipas, ou seja metade das que participam na competição, a lutarem pelo título e pela subida de divisão.
Com constantes alternâncias entre elas.
Esta sim é uma Liga competitiva e excelente exemplo para a Liga Sagres.
BOLA VAZIA
Liga Vitalis
É muito competitiva mas infelizmente quase clandestina!
Porque a sua média de assistências é inaceitável até para um campeonato regional.
Não percebo como é possível (será que é?) a sustentabilidade financeira dos clubes que nela participam.
O maior problema está nos dirigentes.
ResponderEliminarSão muito fracos.
O melhor é Pinto da costa porque é o que percebe mais de futebol e foi o unico que soube montar o tal sistema de controle de arbitros e outras coisas.
o do sporting é patético e o do benfica pateta.
o do braga é um trolha reconvertido e o do guimarães mais ou menos a mesma coisa.
e ainda queria um bom futebol?não ser pior já é sorte.
Não acho sinceramente que o campeonato este ano não esteja a ser competitivo, basta olhar a classificação actual e compara-la com a do ano passado!
ResponderEliminarRelativamente aos roubos de igreja, é o normal, ainda hoje no jogo SLB - Leixões o arbitro Lucilio Batista marcou faltas contra o Leixões que é de elevar as mãos ao CEU e dizer, MEU DEUS...
Quanto ao pouco publico nos estádios, as porcarias são tantas que os adeptos fojem a sete pés..falta de verdade desportiva nos resultados finais dos jogos, jogos que até dá para adormecer, horários improprios para quem trabalha, como é que o publico haverá de ir para os estádios ver os jogos das suas equipas?
Outro factor que não joga a favor dos clubes é que os grandes jogadores não ficam muito tempo em Portugal, procuram sempre jogar em grandes ligas onde o dinheiro não falta (Espanha, Itália ou Inglaterra) e contra este argumento (dinheiro) nada podemos fazer, somos um pais muito pequenino..
Caro Anónimo:
ResponderEliminarEm poucas palavras disse tudo.
P.C é de facto o melhor.
Porque percebe muito de futebol e porque soube montar um sistema que lhe complementa os conhecimentos.É uma mistura dificil de contrariar.
Caro Diogo Ferreira:
A competitividade deste campeonato mede-se,do meu ponto de vista,pelas fracas prestações de vários clubes de topo (FCP/SLB/SCP/Vitória) que permitiram a Leixões,Nacional e Maritimo andarem por onde andam sem terem equipas que á partida o justifiquem.
Agora tudo o resto que diz é verdade.
A industria futebol é a unica em que os industriais passam o tempo a desvalorizar o produto em vez de o tronarem mais vendável