Publiquei ,hoje, este artigo no Correio do Minho
É costume dizer-se que o futebol actual é uma indústria.
Que movimenta milhares e gera milhões.
Será!
Mas em Portugal, com este magnifico hábito de sermos diferentes em tudo, o futebol é uma industria verdadeiramente sui generis.
Como costuma dizer o meu amigo Ribeiro Cristóvão, um homem que sabe mais de futebol a dormir que muitos acordados, a industria futebol são a única em que os seus agentes ao invés de valorizarem o produto que querem vender passam o tempo a desvalorizá-lo.
Os exemplos são mais que muitos.
Veja-se só o que aconteceu nos últimos dias sem preocupação cronológica.
Estaremos todos de acordo que uma das formas de valorizar o futebol é ter os estádios cheios, não só pela receita gerada como também pela animação que transmite ao jogo.
No Porto-Benfica os adeptos visitantes só foram autorizados a entrar no estádio com quase meia parte decorrida!
É uma aberração.
Porque até em termos de segurança é muito mais fácil lidar com adeptos, sejam de que clube forem, que estão no estádio a assistir ao jogo do que tê-los na rua com o bilhete no bolso sabendo que o jogo esta a decorrer.
Isso gera ansiedade, indignação, revolta e leva a problemas.
É uma situação que se vem repetindo.
E que lesa o futebol.
Depois assistimos a outra aberração.
A Liga Sagres deve ser o campeonato europeu que em cada jornada tem os jogos espalhados por maior número de dias.
De sexta a segunda regra geral.
Faz algum sentido realizar o Porto-Benfica e o Sporting- Braga no mesmo dia e quase á mesma hora ?
É assim que se defendem os espectadores, os patrocinadores, em suma o próprio futebol?
Por outro lado atentemos na taça da Liga.
Criada para suprir o vazio competitivo originado pela redução, errada do meu ponto de vista, de dezoito para dezasseis clubes.
Que sucesso pode ter uma competição cujos complexos regulamentos não só originam trapalhadas na respectiva interpretação como, ainda, favorecem claramente os chamados grandes.
Mas os outros vinte e nove participantes são o quê?
Figurantes?
“Sparring partners”, como no boxe, para ajudarem a apurar a forma dos senhores feudais?
Se a isto somarmos as continuas quezílias entre dirigentes (não haverá ninguém que consiga calar Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa?) a propósito de tudo e, quase sempre, a propósito de nada percebemos que a imagem que o futebol dá de si próprio é muito má.
Que não fideliza os actuais compradores e não atrai novos clientes.
Porque se o atrás descrito já não fosse pouco ainda resta o problema que mais desvaloriza o futebol.
A falta de verdade desportiva.
Com árbitros sem categoria, arbitragens miseráveis em alguns casos, um presidente dos árbitros com uma arrogância inaceitável a dizer que se as pessoas não acreditam no futebol mais vale não irem.
Ou seja, numa indústria que vive do público aparece um responsável (???) por um sector tão delicado a escorraçar positivamente as pessoas do futebol.
Quando precisamente o sector por ele dirigido está a ter a prestação mais fraca dos últimos anos.
Admirem-se, pois, de a sporttv cada vez ter mais clientes.
Entre ir ao estádio (alguns sabe Deus e os espectadores com que falta de condições), arriscar-se a ver um mau jogo, mal arbitrado e no fim ainda ouvir declarações patéticas de treinadores/dirigentes ou ficar em casa tranquilo, sem gastar dinheiro nem ter o incómodo da deslocação, a ver grandes jogos de Inglaterra, Espanha ou Itália a escolha é cada vez mais óbvia.
O futebol vive muito da paixão dos adeptos.
Mas os dirigentes estão lenta, mas inexoravelmente, a matar esta “galinha dos ovos de ouro”.
Não sei se por incompetência, inépcia, falta de preparação para os lugares.
Pouco importa.
O resultado é o mesmo!
BOLA CHEIA
Sporting Braga
Grande exibição e justíssima vitória em Alvalade.
A vitória que o “sistema” lhe tinha negado na Luz e em casa com o Porto.
Como já disse noutras ocasiões o Braga com verdade desportiva era fortíssimo candidato ao título.
Em nada é inferior, bem pelo contrário, aos três do costume.
BOLA VAZIA
Arbitragem
Pode parecer implicação mas não é.
Este ano, como já não via á alguns anos, os árbitros estão a errar de uma forma sistemática e inaceitável.
Desta vez a vitima foi o Benfica.
No Dragão.
Dir-me-ão que de outras vezes é beneficiado. Pois é.
Mas a contabilidade que me interessa não é a dos erros arbitrais nos jogos entre os chamados grandes.
Porque equivalem-se entre eles.
O problema é o fosso entre erros a favor e contra nos jogos com os outros treze.
Que movimenta milhares e gera milhões.
Será!
Mas em Portugal, com este magnifico hábito de sermos diferentes em tudo, o futebol é uma industria verdadeiramente sui generis.
Como costuma dizer o meu amigo Ribeiro Cristóvão, um homem que sabe mais de futebol a dormir que muitos acordados, a industria futebol são a única em que os seus agentes ao invés de valorizarem o produto que querem vender passam o tempo a desvalorizá-lo.
Os exemplos são mais que muitos.
Veja-se só o que aconteceu nos últimos dias sem preocupação cronológica.
Estaremos todos de acordo que uma das formas de valorizar o futebol é ter os estádios cheios, não só pela receita gerada como também pela animação que transmite ao jogo.
No Porto-Benfica os adeptos visitantes só foram autorizados a entrar no estádio com quase meia parte decorrida!
É uma aberração.
Porque até em termos de segurança é muito mais fácil lidar com adeptos, sejam de que clube forem, que estão no estádio a assistir ao jogo do que tê-los na rua com o bilhete no bolso sabendo que o jogo esta a decorrer.
Isso gera ansiedade, indignação, revolta e leva a problemas.
É uma situação que se vem repetindo.
E que lesa o futebol.
Depois assistimos a outra aberração.
A Liga Sagres deve ser o campeonato europeu que em cada jornada tem os jogos espalhados por maior número de dias.
De sexta a segunda regra geral.
Faz algum sentido realizar o Porto-Benfica e o Sporting- Braga no mesmo dia e quase á mesma hora ?
É assim que se defendem os espectadores, os patrocinadores, em suma o próprio futebol?
Por outro lado atentemos na taça da Liga.
Criada para suprir o vazio competitivo originado pela redução, errada do meu ponto de vista, de dezoito para dezasseis clubes.
Que sucesso pode ter uma competição cujos complexos regulamentos não só originam trapalhadas na respectiva interpretação como, ainda, favorecem claramente os chamados grandes.
Mas os outros vinte e nove participantes são o quê?
Figurantes?
“Sparring partners”, como no boxe, para ajudarem a apurar a forma dos senhores feudais?
Se a isto somarmos as continuas quezílias entre dirigentes (não haverá ninguém que consiga calar Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa?) a propósito de tudo e, quase sempre, a propósito de nada percebemos que a imagem que o futebol dá de si próprio é muito má.
Que não fideliza os actuais compradores e não atrai novos clientes.
Porque se o atrás descrito já não fosse pouco ainda resta o problema que mais desvaloriza o futebol.
A falta de verdade desportiva.
Com árbitros sem categoria, arbitragens miseráveis em alguns casos, um presidente dos árbitros com uma arrogância inaceitável a dizer que se as pessoas não acreditam no futebol mais vale não irem.
Ou seja, numa indústria que vive do público aparece um responsável (???) por um sector tão delicado a escorraçar positivamente as pessoas do futebol.
Quando precisamente o sector por ele dirigido está a ter a prestação mais fraca dos últimos anos.
Admirem-se, pois, de a sporttv cada vez ter mais clientes.
Entre ir ao estádio (alguns sabe Deus e os espectadores com que falta de condições), arriscar-se a ver um mau jogo, mal arbitrado e no fim ainda ouvir declarações patéticas de treinadores/dirigentes ou ficar em casa tranquilo, sem gastar dinheiro nem ter o incómodo da deslocação, a ver grandes jogos de Inglaterra, Espanha ou Itália a escolha é cada vez mais óbvia.
O futebol vive muito da paixão dos adeptos.
Mas os dirigentes estão lenta, mas inexoravelmente, a matar esta “galinha dos ovos de ouro”.
Não sei se por incompetência, inépcia, falta de preparação para os lugares.
Pouco importa.
O resultado é o mesmo!
BOLA CHEIA
Sporting Braga
Grande exibição e justíssima vitória em Alvalade.
A vitória que o “sistema” lhe tinha negado na Luz e em casa com o Porto.
Como já disse noutras ocasiões o Braga com verdade desportiva era fortíssimo candidato ao título.
Em nada é inferior, bem pelo contrário, aos três do costume.
BOLA VAZIA
Arbitragem
Pode parecer implicação mas não é.
Este ano, como já não via á alguns anos, os árbitros estão a errar de uma forma sistemática e inaceitável.
Desta vez a vitima foi o Benfica.
No Dragão.
Dir-me-ão que de outras vezes é beneficiado. Pois é.
Mas a contabilidade que me interessa não é a dos erros arbitrais nos jogos entre os chamados grandes.
Porque equivalem-se entre eles.
O problema é o fosso entre erros a favor e contra nos jogos com os outros treze.
caro Sr. Luis Cirilo, parabéns pelo texto e posso-lhe dizer que concordo plenamente com tudo o que escreveu, é bem verdade.
ResponderEliminarquanto afirmação que o SC Braga poderia ser um sério candidato ao titulo nacional se houvesse verdade desportiva, gostaria era de ver não o nome do SC Braga mas sim o nosso GRANDIOSO Vitoria S.C. neste seu texto...
Efectivamente só não gostei desta Bola Cheia.
ResponderEliminarSei que os três tarolas e seus apaniguados jornaleiros são o nosso inimigo numero 1,2 e 3,mas não consigo deixar de sentir uma certa náusea quando se fala dos nossos queridos vizinhos da cidade dos três pês.
Deve ser de outras vidas que eventualmente tenha já vivido,não sei,o que sei é que a tal nausea continua,motivo pela qual vou acabar aqui o comentário.
Vitória,sempre.
Já agora,caro Luis Cirilo,se for possivel legende a foto.
ResponderEliminarObrigado.
Não gosto do braga, nunca gostei e provávelmente jamais irei gostar...mas tenho que reconhecer que tem uma excelente equipa, mas cuidado. kraks em demasia por vezes dão muitos problemas.Falta saber se Jesus os consegue segurar.Quanto ao texto, está como sempre...*****
ResponderEliminarEssa história de entrar tarde no Dragão já é antiga, a mim já me aconteceu muitas vezes. Não sei que tipo de relação terá o Porto com o comando distrital da PSP, e ao contrário da nossa direcção, a dos Lampiões agiu muito bem, olhou pelos seus adeptos.
ResponderEliminarQuanto ao Braga, custa dizer,mas têm uma bela equipa e se não fosse roubado, aonde estaria agora. Mas também digo, quando este Presidente sair, vão ver aonde vai parar o Braga, está a viver acima das suas possibilidades... dou-lhes o exemplo do Boavista...
Quanto aos dirigentes do nosso futebol, aplica se tudo o que disse, incompetência, inépcia e falta de preparação para os lugares.
Caro Dr. Luis Cirilo, entre textos bem escritos, e a boa capacidade de isenção, realço o seguinte;
ResponderEliminarConcordo que o Braga tem uma excelente equipa, mas a questão ROUBADOS, tem mais que se lhe diga, realça mais um jogo entre um clube insignificante como o braga quando joga com os 3 grandes, é preciso ver que esse mesmo clube que reclama essas más arbitragens, foi VERGOLHOSAMENTE FAVORECIDO, com o Paços na 1ª volta e com o Trofense, e porque não vi os outros jogos.
Li hoje uma entrevista a Jorge Jesus no Jornal o JOGO, onde diz textualmente que para o braga ser campeão, tambem tem de ter entre 15 a 20 mil pessoas no estadio, toda a gente sabe o que ele quer dizer com isso, treinador que já passou por cá e nada mais fez que lutar para não descer (como o custume).
E já agora, para os mais distraidos, já ultrapassamos as 20.000 cadeiras vendidas.
Bem Haja
APL
VITORIA SEMPRE
Caro Diogo Ferreira:
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
Também eu gostava de ver o Vitória onde vi,por exemplo,no ano passado.
Caro José Alves:
Eu também não gosto do Braga.Mas não é ele o nosso adversário maior.São os outros três.
Quanto á foto vou ver o que posso fazer.
Caro Tony:
É verdade que nem sempre grandes jogadores fazem grandes equipas.
Mas sempre é mais fácil construi-las partindo de uma boa base.
Caro Pantic:
Estou ge´néricamente de acordo consigo. Muito em especial quanto á viabilidade económica deste Braga.
O futuro o dirá...
Caro Anónimo:
Também tenho duvidas sobre este crescimento do Braga. Bem como sobre a capacidade de gerar receitas ordinárias para sustentar este plantel.
Agora claro que o J.Jesus sabe bem que com um clube como o nosso seria bem menos dificil dar o salto para o esclão de candidatos ao titulo.Rectifico: com um clube com sócios coo os nossos.