Os grandes jogadores, como os grandes musicos ou os grandes escritores, não deviam acabar nunca.
Porque é deles, do perfume do seu futebol, do génio com que enchem os relvados que se faz a grande magia do desporto mais popular em todo o mundo.
Nos ultimos quinze anos poucos atingiram o estatuto de Luis Figo como jogador de categoria mundial.
No Sporting, no Barcelona (onde terá atingido o seu máximo rendimento) no Real Madrid e agora no Inter ganhou tudo que havia para ganhar.
Nunca foi campeão de Portugal,é verdade, mas foi-o várias vezes de Espanha,é tricampeão de Itália a caminho do tetra,foi campeão europeu,venceu a taça das taças, e em termos individuais ganhou os mais prestigiados prémios do futebol mundial.
Por Portugal foi campeão do mundo de sub 20 e vice campeão europeu a nivel de selecção A.
Ainda hoje quando vou ver a selecção,e faço-o sempre que me é possivel,dou comigo nostalgico a olhar para aquela camisola 7 onde já não está Figo.
Está outro génio,Ronaldo,mas não é bem a mesma coisa...
Mas o tempo não perdoa e Figo,aos 36 anos,estará a fazer a sua ultima temporada.
Jogando menos vezes,também em função de duas lesões graves que teve nestes ultimos tempos,sem o estatuto de titular indiscutivel que ostentou durante quinze anos em todos os clubes,vendo a sua utilização ser gerida criteriosamente por Mourinho.
Ontem vi na televisão o Inter-Chievo.
Os da casa chegaram a 2-0,parecia estar tudo resolvido,mas uma reacção briosa do Chievo igualou a partida e complicou as coisas para o campeão.
A 25 minutos do fim ,com o jogo empatado, Mourinho lançou Figo.
Que foi decisivo na vitória por 4-2.
As arrancadas,os dribles,os cruzamentos teleguiados,a marcação dos ritmos de jogo, a qualidade do passe , tudo aquilo com que nos deliciou durante anos e anos continua lá .
Durante menos tempo, em doses mais comprimidas, mas a genialidade de sempre.
Os grandes jogadores ,por força das leis da vida,também acabam.
Mas que seja assim.
Docemente.
Deliciando-nos até fim com aqueles pedacinhos de futebol que são o verdadeiro sentido do espectáculo.
Depois Falamos
Acho que tive o mesmo sentimento ontem a ver esse jogo. Quem sabe, nunca esquece e Figo provou, como se tal ainda fosse preciso, que apesar da idade podem continuar a contar com ele. Um líder que, para além de o ser, ainda consegue manter a genialidade que fizeram dele o melhor do mundo.
ResponderEliminarNunca perdoei a Figo a forma como saiu de Barcelona e como mentiu a quem muito lhe tinha dado, mas continua a vibrar com cada drible ou com cada cruzamento teleguiado. Que um dia possa utilizar toda a sua experiência ao mais alto nível para reabilitar o dirigismo desportivo português.
Caro Vimaranes:
ResponderEliminarTambém não gostei nada da forma como Figo saiu do Barça.
Ainda por cima para ir jogar para aquela espécie de Benfica espanhol !
Mas isso em nada dimunuiu a minha admiração por tão genial futebolista.
Concordo consigo quanto ao papel que pode ter no futuro dirigismo desportivo.
Melhor,mais sério e mais competente.
Penso que ele,Vitor Baia e Rui Costa (embora este precise urgentemente de arrepiar caminho...)os melhores da sua geração podem ter uma palavra importante a dizer.
Se quiserem é claro.
"Nunca foi campeão de Portugal"
ResponderEliminarPois não.; e o n/Vitória contribui para isso, ganhando um campeonato de júniores contra a equipa do Sporting onde jogava Figo. E no Vitória uma grande promessa de nome Geani que não passou de promessa.
Que saudades de ver Figo na selecção.
ResponderEliminarPelo que jogava e pelo que liderava o balneário.